Bayern avança e terá um novo começo na decisão da LC
Dificilmente algum torcedor do Barcelona presente no Camp Nou esperava uma reviravolta diante do Bayern Munique, pelas semifinais da Liga dos Campeões. Afinal, um 4 a 0 acachapante na Allianz Arena na última semana serviu para demolir a moral dos catalães como um todo.
A nova vitória dos alemães, desta vez em Barcelona, abafou o eco dos gritos nas arquibancadas. E como já era de se esperar, uma atuação segura e até certo ponto reprisando o volume de jogo apresentado em Munique. Sem a mínima resistência, o Bayern atropelou novamente e nos minutos finais passou o carro fazendo 3 a 0, se aproveitando da fragilidade emocional e defensiva do Barça.
Durante todo o jogo, os bávaros apenas fizeram o arroz com feijão para manter a vantagem. Não encontraram nos donos da casa uma ameaça tão preocupante à vantagem adquirida. Num dia em que a tão falada posse de bola não foi tão contrastante entre os adversários, ficou fácil para os alemães garantirem seu passaporte para Wembley, com imponência, mostrando a todos quem é que chega para brigar pela taça da Liga dos Campeões.
Assim como fez na caminhada da Bundesliga, o Bayern não desligou em nenhum momento. Conforme o relógio corria, os jogadores com cartões amarelos eram substituídos para não correrem o risco de suspensão na final. Consciente e incisivo como sabe fazer bem, a equipe comandada por Jupp Heynckes viu que poderia fazer muito mais do que apenas segurar o 0 a 0. Apertando um pouquinho mais na segunda etapa, chegou aos seus três gols para aniquilar um Barcelona que esteve longe do exemplo que ele mesmo deu nos anos anteriores.
Não é preciso uma reconstrução
Ficar fora da decisão nunca deve ter doído tanto para os catalães quanto nesta quarta-feira, onde estiveram apáticos e impotentes perante um enorme Bayern e a ainda maior desvantagem no agregado. Eram muitas adversidades para uma equipe abalada e sem seu principal destaque, lesionado e no banco de reservas.
Há quem diga que este é o fim de uma era do Barcelona, o que soa injusto, além de óbvio. Como se fosse possível ter apenas um começo e um encerramento. Messi e seus companheiros ainda têm muito o que mostrar e a iminente conquista em La Liga mostra isso. O ponto é que do lado de lá veio o melhor Bayern em muitos anos, algumas décadas. E que ao contrário dos espanhóis, se cansou de chegar em decisões e sair derrotado.
Importante lembrar que para este começo dos bávaros, houve antes um fim, decretado nas penalidades convertidas pelo Chelsea em 2012. E assim a vida segue, alternando os ciclos.
Formações iniciais
Destaque do jogo
Assim como no jogo da Allianz Arena, Thomas Müller deixou sua marca. O jovem meia era o elo mais forte com o ataque, que nem precisou ser utilizado. Mandzukic mal apareceu, ao contrário dos seus colegas mais recuados, que criaram e concluíram em dois dos gols marcados no Camp Nou. Müller se encarregou de fazer o terceiro, sacramentando mais um banho de bola contra o Barça.
Momento-chave
Piqué fez um gol contra ao desviar a bola em direção ao seu próprio patrimônio. Irritado consigo mesmo, o zagueirão ainda foi lá e tentou sair driblando no meio-campo. Desarmado, só viu o Bayern correndo e levantando uma bola para Müller cabecear e fechar a conta. Que azar…
Os gols
4/2T – GOL DO BAYERN!
Robben recebe na direita e dá o seu drible característico: corta para a perna esquerda e bate n0 ângulo de Valdés.
27/2T – GOL DO BAYERN!
Piqué corta contra as próprias redes um cruzamento da esquerda e marca o segundo gol.
31/2T – GOL DO BAYERN!
Aproveitando o vacilo de Piqué, o Bayern sai em velocidade no ataque e Thomas Müller sobe de cabeça na trave direita para fechar o placar.
Curiosidade
O placar agregado de 7-0 para o Bayern é o maior em uma semifinal de competição europeia desde 1964: Real 8×1 Zürich.