Espanha

Até Simeone defendeu escolha de Valverde de derrubar Morata: “Fez o que todos fariam”

Federico Valverde recebeu críticas de alguns torcedores e fãs de futebol por sua falta em Álvaro Morata no fim da prorrogação da final da Supercopa da Espanha entre Atlético de Madrid e Real Madrid. Mas elas não foram corroboradas pelos técnicos das duas equipes. Notavelmente, Simeone o defendeu e até ofereceu palavras de conforto ao adversário.

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Após a vitória do Real Madrid nos pênaltis, Valverde foi eleito o melhor jogador em campo pela organização oficial do jogo. Um prêmio natural, disse Simeone, exaltando a jogada providencial do meio-campista.

“O prêmio de melhor jogador teve a ver com aquela jogada. O Valverde venceu a final (para o Real Madrid). Aquela foi a jogada mais importante, provavelmente seria um gol. Eu lhe disse que ele fez o que tinha que fazer naquele momento, que todos fariam a mesma coisa e que ele não deveria se preocupar com isso”, revelou Cholo.

Comandante de Valverde, Zidane se disse feliz pelo prêmio individual recebido pelo jogador e também defendeu a decisão do meia. “No fim, ele fez o que tinha que fazer. É uma falta feia, mas precisava ser feita naquele momento. Ele fez bem. No fim, o importante é que ele se desculpou com o Morata, porque eles se conhecem muito bem”, opinou.

Aos dez minutos do segundo tempo da prorrogação, o Atlético de Madrid partiu em contra-ataque, e Morata foi lançado. Frente a frente com Courtois, era perseguido por Valverde, que não o alcançaria. O uruguaio então aplicou um carrinho para vermelho. Foi expulso, mas impediu o tento da vitória do Atleti. Na sequência, o Real venceu o Atlético nos pênaltis, por 4 a 1.

Um dos autores dos gols nas penalidades máximas foi Rodrygo. Em meio aos experientes Sergio Ramos, Luka Modric e Carvajal, foi o caçula da turma a bater – e também o que executou a melhor cobrança, com um chute forte, no ângulo superior esquerdo de Oblak.

Após a partida, Rodrygo revelou os interessantes bastidores da disputa, além de demonstrar a confiança de um líder da equipe em seu futebol.

“Quando eles estavam decidindo quem deveria bater, eu esperei um pouco, já que havia outros com mais experiência. Então, o Kroos disse que eu deveria bater um. Ele insistiu, dizendo: ‘O Rodrygo, o Rodrygo…’. Eu treino os pênaltis daquele jeito, mesmo que tenha subido um pouco mais do que como eu costumo bater. Esse é um dos meus melhores dias, eu sonhei com este momento, de conquistar um título com o Real Madrid”, declarou.

Por mais que a Supercopa da Espanha seja um torneio sem muita importância e que acabou com sua imagem ainda mais danificada ao mudar de regulamento, incluir quatro equipes, passar para janeiro e ter como sede a Arábia Saudita, os jovens Valverde e Rodrygo aproveitaram bem a oportunidade para acrescentar mais um ponto positivo a uma temporada de grande sucesso que cada um, à sua maneira, vive até aqui.

O uruguaio tem sido o gatilho de uma mudança de desempenho de toda a equipe, passando pelo meio de campo renovado por sua presença. O brasileiro, como o garoto de apenas 19 anos que chegou sem respeito excessivo aos adversários experientes, pronto para simplesmente jogar seu futebol – e empilhar gols no caminho.

Foto de Leo Escudeiro

Leo Escudeiro

Apaixonado pela estética em torno do futebol tanto quanto pelo esporte em si. Formado em jornalismo pela Cásper Líbero, com pós-graduação em futebol pela Universidade Trivela (alerta de piada, não temos curso). Respeita o passado do esporte, mas quer é saber do futuro (“interesse eterno pelo futebol moderno!”).
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