Copa do MundoEspanha

Após deixar a seleção espanhola, Luis Enrique diz que seu futuro será no futebol de clubes

O último clube comandado pelo técnico foi o Barcelona, do qual saiu em 2017 após conquistar a Tríplice Coroa

Luis Enrique disse que esperava receber uma proposta para renovar com a seleção espanhola após a Copa do Mundo do Catar, o que acabou não acontecendo, mas está satisfeito com a possibilidade de seguir em frente. Após completar um ciclo com a campeã mundial de 2010, deixou claro que pretende retornar ao futebol de clubes. O ex-jogador comandou Roma, Celta de Vigo e Barcelona, pelo qual ganhou a Tríplice Coroa, antes de sair em 2017.

“Eu quero treinar e me vejo com desejo de trabalhar em um clube e poder desenvolver (o time) com mais requinte e precisão, o que não pude fazer na seleção. A seleção foi um sonho. Esta etapa acabou e seguramente esperarei a próxima temporada. Se vier algo que me interesse, o farei. Não deixarei de estar relacionado com o mundo do futebol”, disse, em entrevista a um canal da Twitch, plataforma que usou também para se comunicar com os torcedores durante a Copa do Mundo do Catar.

Segundo Luis Enrique, eliminado nas oitavas de final por Marrocos, a Federação Espanhola lhe ofereceu uma renovação depois da Eurocopa, mas ele achou melhor esperar o fim da Copa do Mundo porque, caso fosse a decisão de seus chefes, ele poderia ser dispensado sem o pagamento de uma indenização.

“Eles me disseram depois da Eurocopa que eu poderia renovar e eu disse que não. Acredito que faz mais sentido esperar acabar o Mundial. Renovam antes de uma grande competição como um reforço, mas se você vai mal tem que ser indenizado. Aqui simplesmente me disseram que não renovaria e o contrato acabou. Eu achava que teria que tomar uma decisão, mas não fez falta”, afirmou, indicando que talvez estivesse aberto a continuar.

“É a primeira vez que acabou meu contrato e não sigo. Se já não há mais confiança, e o pensamento da federação é que não sou mais a pessoa adequada, obrigado pela confiança durante esses quatro anos”, acrescentou, mantendo que seu time tinha condições de ser campeão mundial.

“Fizemos quatro anos com um grupo muito jovem e sinto que perdemos uma oportunidade muito boa porque olho para os semifinalistas e não vejo nenhum time melhor que o nosso. Por nível de futebol, acredito que perdemos uma grande oportunidade”, afirmou o técnico, eliminado por Marrocos nos pênaltis.

“(Marrocos) está jogando com um rendimento acima do seu ranking Fifa. E é merecido. Fizeram um jogo defensivo e não fomos capazes de superá-lo. Uma equipe que não ataca pode ganhar um jogo, embora não tenha sido o caso de Marrocos. A Copa do Mundo está muito aberta”, encerrou.

Marrocos enfrentará a França nesta quarta-feira para tentar se tornar a primeira seleção africana finalista de uma Copa do Mundo. Argentina e Croácia farão a outra semifinal nesta terça-feira.

Foto de Bruno Bonsanti

Bruno Bonsanti

Como todo aluno da Cásper Líbero que se preze, passou por Rádio Gazeta, Gazeta Esportiva e Portal Terra antes de aterrissar no site que sempre gostou de ler (acredite, ele está falando da Trivela). Acredita que o futebol tem uma capacidade única de causar alegria e tristeza nas mesmas proporções, o que sempre sentiu na pele com os times para os quais torce.
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