Copa do MundoInglaterra

Gales nem tentou o milagre, e a Inglaterra aproveitou para chegar às oitavas com uma vitória fácil

A seleção galesa apenas se defendeu até estar perdendo por dois gols de diferença e mal ameaçou a liderança da Inglaterra

Gales precisava vencer a Inglaterra e torcer por um empate entre EUA e Irã, ou golear para eliminar a rival, para seguir na Copa do Mundo do Catar, e nada disso passou perto de acontecer. Depois de um primeiro tempo bem travado, dois gols em sequência no começo da etapa final abriram a porteira para que a vice-campeã europeia terminasse a fase de grupos em primeiro lugar, com sete pontos, após ganhar por 3 a 0 no estádio Ahmed bin Ali, com dois gols de Marcus Rashford.

Difícil avaliar a atuação da Inglaterra contra um time que se recusou a jogar até estar perdendo por dois gols de diferença. Gales apenas se defendeu, sem acionar Gareth Bale ou Daniel James, mais preocupado em não ser atropelado do que tentar o milagre. Acabou punido com um placar elástico mesmo assim e termina uma participação tão esperada que esteve entre as piores da Copa do Mundo do Catar.

Após ter problemas contra os Estados Unidos, a Inglaterra chega às oitavas de final em um clima mais tranquilo. No geral, teve um jogo de cada: ótimo contra o Irã, ruim contra os americanos e sólido para quebrar a barreira galesa. Se serviu para alguma coisa, o jogo desta terça-feira pelo menos mostrou que Southgate tem boas opções no banco de reservas.

Escalações

Ciente do quão difícil seria não se classificar, Gareth Southgate fez mudanças em sua equipe titular. Jordan Henderson entrou no meio-campo ao lado de Declan Rice, e Jude Bellingham foi adiantado. No ataque, Marcus Rashford e Phil Foden fizeram companhia a Harry Kane. Rob Page entrou com Joe Allen no lugar de Harry Wilson no meio-campo, em companhia de Aaron Ramsey e Ethan Ampadu.

- - Continua após o recado - -

Assine a newsletter da Trivela e junte-se à nossa comunidade. Receba conteúdo exclusivo toda semana e concorra a prêmios incríveis!

Já somos mais de 3.200 apaixonados por futebol!

Ao se inscrever, você concorda com a nossa Termos de Uso.

Primeiro tempo

Gales não fez nada. O jogo inteiro, mas principalmente no primeiro tempo. A Inglaterra teve 74% de posse de bola, trocando passes com paciência (até excessiva), tentando achar um caminho. Quase encontrou aos 10 minutos, quando Kane deu o passe entre a defesa para Rashford ficar cara a cara com Danny Ward. O goleiro do Leicester saiu bem do gol e conseguiu abafar. Phil Foden arriscou de fora da área, sem perigo, aos 14, e o marasmo reinou por bastante tempo até a Inglaterra voltar a pegar ritmo.

A melhor jogada inglesa saiu aos 37 minutos, com uma tabela entre Jude Bellingham e Kyle Walker, que envolveu dois toques de letra, antes de Foden mandar por cima do travessão. O cruzamento de Henderson desviou no meio do caminho, subiu e caiu para Rashford emendar uma bicicleta, sem direção. Kane avançou pelo meio, em rápida transição, antes de abrir na esquerda com Rashford, que tentou devolver o passe, mas houve o corte no meio do caminho.

Sentindo falta de um ataque de Gales? É porque não teve. Apenas aos 50 minutos, Allen pegou a sobra de uma cobrança de falta na entrada da área e levou ao pé esquerdo. O chute colocado não passou longe do ângulo. Mas também não passou perto.

Segundo tempo

A primeira e provavelmente única Copa do Mundo de Gareth Bale foi muito fraca e terminou melancolicamente no intervalo da terceira rodada da fase de grupos, quando ele foi substituído por Brennan Johnson. O gol que a Inglaterra precisava para abrir o jogo saiu em uma cobrança de falta firme de Rashford, pela esquerda da entrada da área, que nem foi muito no ângulo, mas Ward pulou todo estranho na bola – mais para constar, parece.

Logo depois, Ben Davies foi desarmado por Rashford na lateral esquerda, Kane pegou a sobra e cruzou com perfeição à segunda trave, onde Foden apareceu para completar. O golpe de misericórdia para Gales, que finalmente começou a sair um pouco mais e até exigiu boa defesa de Pickford com um chute de Kiefan Moore de fora da área, que Maguire tentou desviar e quase matou seu próprio goleiro. Ótima reação do camisa 1 inglês para fazer a defesa.

Southgate aproveitou para estrear Trent Alexander-Arnold, entrando no lugar de Walker, e dar ritmo de jogo para Kalvin Phillips, titular durante o ciclo e que chegou ao Catar machucado. Callum Wilson também entrou na vaga de Kane, que não marcou na fase de grupos, mas fez um ótimo trabalho de armador. Trippier também recebeu minutos, na lateral esquerda, na vaga de Luke Shaw.

E quem seguiu animado foi Marcus Rashford. Aos 23 minutos, recebeu o lançamento de Phillips na ponta direita e foi para cima. Pedalou contra Connor Roberts, abriu à perna esquerda e bateu rasteiro para ampliar para 3 a 0. A bola passou entre as pernas de Ward, em uma noite horrível. Wilson acionou o atacante do Manchester United, que tentou o hat-trick, com uma chapada no canto mais próximo. Ward defendeu com as pernas. A Inglaterra teve algumas chances de ampliar, principalmente com John Stones, na boca do gol, nos minutos finais.

Ficha técnica

Gales 0 × 3 Inglaterra

Local: Estádio Ahmed bin Ali, em Al Rayyan (Catar)
Árbitro: Slavko Vincic (Eslovênia)

Gols: Marcus Rashford, duas vezes, e Phil Foden (Inglaterra)
Cartões amarelos: Daniel James e Aaron Ramsey (Gales)
Cartões vermelhos: nenhum

Gales: Danny Ward; Neco Williams (Connor Roberts), Chris Mepham, Joe Rodon e Ben Davies (Joe Morrell); Ethan Ampadu, Joe Allen (Rubin Colwill) e Aaron Ramsey; Gareth Bale (Brennan Johnson), Daniel James (Harry Wilson) e Kiefer Moore. Técnico: Rob Page

Inglaterra: Jordan Pickford; Kyle Walker (Trent Alexander-Arnold), John Stones, Harry Maguire e Luke Shaw (Kieran Trippier); Declan Rice (Kalvin Phillips), Jordan Henderson e Jude Bellingham; Phil Foden, Marcus Rashford (Jack Grealish) e Harry Kane (Callum Wilson). Técnico: Gareth Southgate

Foto de Bruno Bonsanti

Bruno Bonsanti

Como todo aluno da Cásper Líbero que se preze, passou por Rádio Gazeta, Gazeta Esportiva e Portal Terra antes de aterrissar no site que sempre gostou de ler (acredite, ele está falando da Trivela). Acredita que o futebol tem uma capacidade única de causar alegria e tristeza nas mesmas proporções, o que sempre sentiu na pele com os times para os quais torce.
Botão Voltar ao topo