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Dez confrontos marcantes entre Inglaterra e Gales através de sua história mais que centenária

O terceiro confronto mais antigo da história do futebol de seleções será atração da última rodada da fase de grupos da Copa do Mundo

Realizado pela primeira vez em janeiro de 1879, o confronto entre Inglaterra e Gales é o terceiro mais antigo da história do futebol de seleções, só atrás de outros dois duelos britânicos: Inglaterra x Escócia (desde 1872) e Escócia x Gales (desde 1876). E apesar de os ingleses terem construído vantagem bastante ampla no retrospecto (68 vitórias contra apenas 14 galesas e 21 empates em 103 jogos), ao longo do tempo as partidas renderam inúmeras boas histórias para ambos os lados desta rivalidade. Relembramos aqui uma dezena deles.

A maioria dos jogos valeu pelo antigo Campeonato Britânico, torneio que reunia as quatro nações do Reino Unido e era disputado em pontos corridos. Foi realizado anualmente ao longo de exato um século, entre 1884 e 1984, só interrompido durante as guerras mundiais (entre 1915 e 1919 e entre 1940 e 1946). Das 88 edições concluídas, 20 tiveram o título dividido entre duas ou mais seleções após empate por pontos. Nas demais, os ingleses levaram 34, contra 24 dos escoceses, sete dos galeses e três dos irlandeses (do norte, no caso).

Gales 1 x 9 Inglaterra

Arms Park (Cardiff), Campeonato Britânico, 18 de março de 1896

Steve Bloomer, artilheiro dos primeiros tempos do futebol inglês

No começo da história do duelo, até que os galeses não fizeram feio: após perderem os dois primeiros confrontos por placares apertados (2 a 1 em Londres e 3 a 2 em Wrexham), deram o troco nos dois seguintes, vencendo por 1 a 0 em Blackburn e por 5 a 3 em Wrexham e passando a levar estreita vantagem no retrospecto pelo saldo. Mas pararam por aí: do quinto confronto em diante, em 1883, proliferaram goleadas de quatro, cinco, seis gols a favor da Inglaterra, que não voltaria a perder de Gales até o fim da Primeira Guerra.

No meio dessa incrível sequência invicta dos ingleses que durou 32 partidas, aconteceu a maior goleada da história do confronto – e bem mais expressiva que os habituais quatro, cinco ou seis a zero de jogos anteriores. Além disso, para o desespero dos galeses, ela aconteceu em Cardiff. Naquele tempo, a seleção inglesa ainda mesclava jogadores dos clubes profissionais da Football League (criada em 1888) a atletas de equipes amadoras (como o Corinthians) e times estudantis, como o da Oxford University e o Old Westminsters.

Mas o destaque da partida seria mesmo um profissional: Steve Bloomer, meia-direita do Derby County e o segundo maior artilheiro da primeira divisão inglesa na história. Dono de um poderoso chute rasteiro, ele balançou as redes cinco vezes na goleada inglesa por 9 a 1 – dois gols na etapa inicial, na qual os ingleses abriram 5 a 0, e três na final. A contagem foi completada por dois tentos de Gilbert Smith, um de William Bassett e outro de John Goodall (parceiro de ataque de Bloomer no Derby), com Tom Chapman diminuindo para os galeses.

Mesmo com a goleada, nem todos os jogadores ingleses puderam celebrar: antes do início do jogo, o centromédio Thomas Crawshaw havia recebido a notícia da morte de seu filho mais novo. E a vitória elástica, no fim das contas, não foi o suficiente para que a Inglaterra levantasse o título britânico daquele ano. Três semanas depois, ela seria batida pela Escócia por 2 a 1 no Celtic Park, em Glasgow, cedendo a taça ao velho rival do norte.

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Inglaterra 1 x 2 Gales

St. James’ Park (Newcastle), Campeonato Britânico, 15 de novembro de 1933

Os galeses só voltariam a derrotar os ingleses em março de 1920, com um 2 a 1 em Highbury no primeiro confronto após o fim da Primeira Guerra Mundial. O período do entreguerras, aliás, foi especial para a seleção galesa, que obteve entre 1920 e 1938 nada menos que oito de suas 14 vitórias na história dos embates e levou seis de suas sete taças isoladas do Campeonato Britânico (a outra havia sido conquistada em 1907). E uma delas, referente à temporada 1933/34, foi sacramentada ao derrotar exatamente a Inglaterra.

O maior responsável pelos grandes feitos era uma figura lendária do futebol galês: Ted Robbins, secretário da federação, integrante do comitê selecionador, advogado de profissão e um exímio motivador. Naquela edição, Gales iniciou sua campanha vencendo a Escócia por 3 a 2 em Cardiff e em seguida empatou com a Irlanda do Norte em Belfast por 1 a 1. Somando os mesmos três pontos dos irlandeses, que já haviam feito seus três jogos, os galeses precisavam de uma vitória sobre a Inglaterra em Newcastle para levarem a taça.

E os visitantes saíram na frente no primeiro tempo com gol de Tommy Mills (jogador do Clapton Orient, atual Leyton Orient, então na terceira divisão inglesa). Na etapa final, o ponta-esquerda Eric Brook, do Manchester City, escorou cruzamento e empatou para os mandantes. Mas a oito minutos do fim, o centroavante Dai Astley desviou de cabeça uma cobrança de falta e marcou o gol da vitória e do título de Gales – transformando em mero amistoso o clássico entre Inglaterra e Escócia que fecharia a tabela em abril do ano seguinte.

Gales 0 x 4 Inglaterra

Ninian Park (Cardiff), Campeonato Britânico, 29 de setembro de 1934

Stanley Matthews, da Inglaterra

Naturalmente, a assiduidade dos jogos entre Inglaterra e Gales acabou fazendo com que um sem-número de jogadores estreassem na seleção inglesa numa dessas partidas. Foi o caso de gigantes do futebol do país, como William “Dixie” Dean (em 1927), Tommy Lawton (1938) e Kevin Keegan (1972), e de nomes com extensa carreira defendendo os Three Lions, como Kenny Sansom (85 jogos), Ray Clemence (60), Phil Neal (49) e Mark Wright (40). E ainda de outra grande glória do jogo inglês: o “Mago do Drible” Stanley Matthews.

Curiosamente, esta aconteceria logo no confronto seguinte ao citado no tópico anterior, quando os ingleses deram, em Cardiff, o troco com juros e correção da derrota sofrida em Newcastle há menos de um ano. Os galeses mantinham praticamente a mesma equipe, mudando apenas o centroavante: o estreante Ronald Williams substituindo Dai Astley. Já os ingleses só conservavam três titulares (o goleiro Henry Hibbs, o zagueiro Eddie Hapgood e o ponta-esquerda Eric Brook) e promoviam nada menos do que seis estreias.

Entre elas a de Matthews, jovem ponta-direita do Stoke City de 19 anos. Que, não satisfeito, quebrou naquele dia o recorde de jogador mais jovem a marcar numa estreia pela Inglaterra (e que já durava 51 anos). Seu gol, o terceiro inglês, anotado no segundo tempo pouco depois de os galeses perderem um pênalti, foi assim descrito pelo jornal londrino The Times: “[o meia Ray] Bowden passou a Matthews, que encontrou um espaço de maneira muito inteligente e seu chute bateu completamente [o goleiro galês Ronald] John”.

Aqueles seriam o primeiro dos 54 jogos e o primeiro dos 11 gols marcados pelo ponteiro com a camisa da seleção inglesa, numa trajetória que duraria incríveis 23 anos, atravessando a Segunda Guerra Mundial. Símbolo de longevidade, sua carreira profissional duraria 33 anos, até 1965. Antes disso, em 1956, ele seria o primeiro vencedor da Bola de Ouro, premiação da revista “France Football”. Na ocasião, ele já contava 41 anos de idade.

Gales 1 x 1 Inglaterra

Ninian Park (Cardiff), Campeonato Britânico, 17 de outubro de 1959

O atacante Brian Clough, à direita, num treino da seleção inglesa em 1959

Considerado por muitos jornalistas e torcedores “o melhor técnico que a seleção inglesa nunca teve”, Brian Clough chegou a se envolver com o English Team como jogador. Atacante goleador que defendeu Middlesbrough e Sunderland, mas teve a carreira encerrada precocemente por lesão, ele chegou a fazer dois jogos pela Inglaterra em 1959. Um deles, o primeiro, exatamente contra Gales, no qual formou um trio ofensivo central com duas lendas do futebol inglês dentro das quatro linhas: Jimmy Greaves e Bobby Charlton.

Para uma Inglaterra que levou a campo sua escalação mais jovem do século (média de 22 anos e 255 dias), coube ao mais jovem de todos – Greaves, 19 anos, então jogador do Chelsea – marcar o gol de seu time, abrindo o placar. Mas a equipe galesa, bem mais experiente e alinhando nomes como o goleiro Jack Kelsey (Arsenal), o meia Ivor Allchurch (Newcastle) e os pontas Terry Medwin e Cliff Jones (ambos Tottenham), empatou no último minuto – ironicamente, com um jogador ainda mais jovem: Graham Moore, 18 anos, do Cardiff.

Inglaterra 1 x 1 Gales

Wembley (Londres), Eliminatórias da Copa, 24 de janeiro de 1973

Além do Campeonato Britânico, ingleses e galeses também se enfrentaram por eliminatórias de Copa do Mundo (1950, 1954, 1974 e 2006) e de Eurocopa (1968 e 2010). Nas duas primeiras das Copas e na primeira da Euro, as duas competições se misturaram, com os jogos de um valendo também pelo outro (em 1968, foram usadas duas edições do Campeonato Britânico como turno e returno do grupo eliminatório). Dos dez confrontos, os ingleses venceram nove, empatando só um – que, no entanto, teve consequências amargas.

O Grupo 5 das Eliminatórias europeias para a Copa do Mundo de 1974 era um triangular incluindo a Polônia, além de Inglaterra e Gales. E teve início com os dois duelos entre os vizinhos. O primeiro em Cardiff, no Ninian Park, marcou a estreia de Ray Clemence e Kevin Keegan na seleção e ainda o 100º jogo do técnico Alf Ramsey à frente da equipe. E terminou numa difícil, mas importante vitória inglesa por 1 a 0, gol de Colin Bell no primeiro tempo. Com isso, era de se esperar que os ingleses somassem mais dois pontos na volta, em Wembley.

Não foi o que aconteceu: já aos 23 minutos, John Toshack, centroavante do Liverpool, completou para as redes um cruzamento rasteiro de Leighton James e abriu o placar para os galeses. Ainda na etapa inicial os ingleses empataram aos 42 num chutaço de fora da área do volante Norman Hunter. Mas não conseguiriam a virada ao desperdiçarem chances incríveis – chegaram a acertar o travessão e a trave num mesmo lance. O empate dentro de casa era considerado um tropeço antes de a perigosa seleção da Polônia entrar em cena.

Os galeses, porém, acabaram ajudando os ingleses ao derrotarem os poloneses em Cardiff por 2 a 0. Mas na sequência, a Polônia se recuperou: bateu Inglaterra (2 a 0) e Gales (3 a 0) em casa e deixou os ingleses com a obrigação de vencê-los em Wembley no último jogo do grupo. Nervosa, a equipe de Alf Ramsey saiu atrás num gol de contra-ataque de Jan Domarski e ainda chegou ao empate num pênalti convertido por Allan Clarke. Mas, de resto, parou nas defesas espetaculares do goleiro Jan Tomaszewski e ficou fora da Copa.

Gales 1 x 2 Inglaterra

Racecourse Ground (Wrexham), amistoso, 24 de março de 1976

Entre 1884 e 2016, Inglaterra e Gales se enfrentaram 97 vezes e só uma dessas partidas não valeu por alguma competição. O duelo de 24 de março de 1976 em Wrexham, porém, não se tratava de um amistoso trivial: fazia parte das comemorações do centenário de fundação da Football Association of Wales, a federação galesa. E a Inglaterra do técnico Don Revie, com uma equipe experimental repleta de estreantes (seis dos titulares mais os dois substitutos), seria a convidada que estragou a festa, vencendo por 2 a 1.

Os dois gols ingleses seriam marcados por estreantes: o meia Ray Kennedy, do Liverpool, abriu a contagem aos 25 minutos do segundo tempo e Peter Taylor, atacante do Crystal Palace, ampliou aos 35. Taylor era, aliás, o primeiro jogador de um clube da terceira divisão (no caso, o Palace) a ser convocado pela Inglaterra desde 1961, na esteira da memorável campanha que os londrinos, comandados pelo carismático Malcolm Allison, vinham cumprindo na FA Cup. No último minuto, os galeses diminuíram o placar com Alan Curtis.

Inglaterra 0 x 1 Gales

Wembley (Londres), Campeonato Britânico, 31 de maio de 1977

Até 1977, os galeses já haviam derrotado a Inglaterra em Blackburn (duas vezes), em Burnley, em Newcastle, em Wolverhampton e até em Londres, duas vezes (em Highbury e em Selhurst Park). Mas nunca haviam vencido em Wembley, perdendo nove vezes e empatando três nos 12 jogos disputados desde 1952 no principal palco do Reino Unido. Até aquela tarde de 31 de maio, em que conquistaram uma vitória histórica não apenas por ter sido a primeira no lendário estádio, mas também por ter sido a única lá até hoje.

O gol da vitória (a primeira em solo inglês desde 1936) nasceu numa hesitação da defesa do time da casa, que resultou num pênalti do goleiro Peter Shilton no ponta-esquerda Leighton James. O próprio James bateu e converteu. No segundo tempo os ingleses reclamariam de uma penalidade não marcada em lance semelhante, num choque entre o atacante Stuart Pearson e o goleiro Dai Davies após um recuo errado. A vitória galesa, porém, foi justa e complicou a situação do técnico inglês Don Revie, que se demitiria semanas depois.

Inglaterra 0 x 0 Gales

Wembley (Londres), Campeonato Britânico, 23 de maio de 1979

Laurie Cunningham com agasalho da seleção inglesa em 1979

Filho de jamaicanos nascido em Londres, Laurie Cunningham foi um ponta de grande habilidade revelado pelo Leyton Orient e que chegou ao West Bromwich Albion em março de 1977. Um mês depois se tornaria o primeiro negro a defender a seleção sub-21 da Inglaterra. E em novembro de 1978, enquanto Viv Anderson, lateral do Nottingham Forest, conquistava essa primazia pela seleção principal, Cunningham debutava na Inglaterra B. Mas sua rápida evolução e o destaque que alcançou no clube logo o levariam à equipe A.

A estreia viria num não muito marcante empate sem gols contra Gales pelo Campeonato Britânico de 1978/79. Mas naquele dia, Cunningham fazia história mais uma vez: era o primeiro negro a atuar pela Inglaterra em jogo de competição. Um mês depois, o Real Madrid pagaria quase um milhão de libras por ele. Na Espanha, seu início brilhante logo deu lugar a inúmeras lesões, que o impediriam de concretizar a promessa anunciada e tiraram sua vaga na seleção depois de apenas seis partidas, a última delas em outubro de 1980.

Mas seu lugar de referência para gerações inteiras de atletas negros no futebol inglês nunca seria perdido, nem mesmo com sua morte precoce em julho de 1989, aos 33 anos, num acidente de carro em Madri, onde defendia o Rayo Vallecano.

Gales 4 x 1 Inglaterra

Racecourse Ground (Wrexham), Campeonato Britânico, 17 de maio de 1980

Inglaterra e Gales em 1980

A maior goleada dos galeses (e sua única vitória por mais de dois gols de diferença) no confronto demorou quase um século para acontecer, mas veio em grande estilo. A Inglaterra se preparava para disputar a Eurocopa na Itália no mês seguinte e vinha de duas grandes vitórias: 2 a 0 sobre a Espanha no Camp Nou e – quatro dias antes de enfrentar Gales – um categórico 3 a 1 na campeã mundial Argentina, reforçada por um jovem Diego Maradona, em Wembley. Mas não conseguiu segurar o ímpeto dos galeses em Wrexham.

A equipe de Ron Greenwood até saiu na frente aos 16 minutos, num chute de Peter Barnes que Paul Mariner desviou para as redes. Mas o jogo foi todo de Gales: Mickey Thomas empatou três minutos depois e Ian Walsh virou o placar ainda no primeiro tempo. Com o ponta Leighton James – o carrasco de 1977 – em estado de graça, os donos da casa partiram para a goleada no segundo tempo: o próprio James fez o terceiro e o zagueiro Phil Thompson, desviando contra as próprias redes um centro de David Giles, marcou o quarto.

Foi uma memorável tarde de estreia para Mike England, o novo técnico da seleção galesa (e ex-zagueiro do Tottenham e dos Dragões). Já para os ingleses – que pouparam alguns nomes importantes como Kevin Keegan – era um revés como há muito não se via: o placar mais elástico sofrido desde os 5 a 1 para o Brasil no Maracanã pela Taça das Nações em 1964 e, em termos de Campeonato Britânico, desde os 5 a 1 para a Escócia em 1928.

O início dos anos 1980 marcaria os últimos momentos da competição. Aquela edição de 1979/80 acabaria numa inédita conquista isolada da Irlanda do Norte. Já a seguinte não seria concluída devido aos conflitos políticos naquele país. Com o inchaço do calendário das seleções e a perda da relevância do torneio britânico, ele teria sua derradeira edição disputada em 1983/84, outra vez com os norte-irlandeses levando o título de maneira isolada.

Naquele último Campeonato Britânico, os galeses voltariam a vencer os ingleses em Wrexham, mas por um placar mais modesto: 1 a 0. Fiel às tradições do confronto, aquele jogo consagraria um estreante: o atacante galês Mark Hughes, do Manchester United, autor do gol da vitória. Dali por diante, os duelos que eram quase anuais se tornariam esporádicos: nos últimos 38 anos, as duas seleções só se enfrentaram seis vezes, com seis vitórias inglesas.

Inglaterra 2 x 1 Gales

Stade Bollaert-Delelis (Lens), Eurocopa, 16 de junho de 2016

Dos seis últimos confrontos, quatro seriam por eliminatórias – dois para a fase de classificação da Copa de 2006 e outros dois para a Eurocopa de 2012. O mais recente, um raro amistoso disputado em Wembley em outubro de 2020. E o outro seria este confronto pela Eurocopa de 2016 em Lens, na França, com vitória inglesa de virada sobre os galeses – que retornavam a uma grande competição internacional após 58 anos – pela segunda rodada do Grupo B da competição, que também era composto pela Rússia e pela Eslováquia.

Na rodada de abertura, os galeses haviam vencido os eslovacos por 2 a 1, enquanto os ingleses cederam nos acréscimos o empate em 1 a 1 aos russos. E sairiam atrás no jogo de Lens num gol de falta de Gareth Bale, pouco antes do intervalo. Para o segundo tempo, o técnico Roy Hodgson mexeria no ataque, tirando Harry Kane e Raheem Sterling e colocando em campo Jamie Vardy e Daniel Sturridge. E suas trocas mudariam o jogo.

Aos 11 minutos, Vardy aproveitou a bola mal afastada pela defesa galesa em um cruzamento na área e finalizou sem chances para o goleiro Wayne Hennessey. E nos acréscimos, Dele Alli recebeu de Vardy e caiu na área, mas Sturridge deu sequência no lance e tocou rasteiro, entre o goleiro e a trave, para decretar a virada inglesa. No fim das contas, porém, os galeses venceriam a Rússia por 3 a 0 na última rodada para terminarem em primeiro na chave. Os ingleses, que pararam num 0 a 0 com a Eslováquia, ficaram em segundo.

Foto de Emmanuel do Valle

Emmanuel do Valle

Além de colaborações periódicas, quinzenalmente o jornalista Emmanuel do Valle publica na Trivela a coluna ‘Azarões Eternos’, rememorando times fora dos holofotes que protagonizaram campanhas históricas.
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