Brasil

[Vídeo] Santa e Flamengo fizeram uma digna homenagem a Nunes, ídolo das duas torcidas

Nunes pouco jogou na seleção brasileira, em tempos de vastas opções para o ataque. Ainda assim, colocou-se como um dos centroavantes mais emblemáticos do futebol brasileiro. O sergipano formado pelo Confiança ganhou fama nacional com a camisa do Santa Cruz. Em Pernambuco, conquistou o bi estadual e teve sua primeira convocação. Sucesso tamanho que acabou negociado ao Fluminense como o jogador mais caro do mercado brasileiro. Já os seus momentos mais célebres vieram no início dos anos 1980, com o Flamengo, anotando gols fundamentais no período mais vitorioso da história do clube. Ídolo eterno de ambos os clubes, nada mais justo que o João Danado fosse homenageado neste domingo, durante o amistoso entre rubro-negros e tricolores. Convidado especial, foi ovacionado pelo Arruda.

De volta a Recife justamente para o jogo amistoso, Nunes tratou de retribuir o carinho da torcida do Santa e mesmo dos funcionários mais antigos do clube. “Essa torcida me fez conquistar tudo isso, o meu carinho por ela é muito grande. Esse encontro é maravilhoso, que mora dentro do meu coração e eu vou levar para o resto da minha vida”, afirmou Nunes, em entrevista à TV Coral. “Antes de todos os jogos que tinha do Santa Cruz no Arruda, eu sempre falava com as pessoas mais humildes, o pessoal que trabalhava no clube e depois ia pra arquibancada gritar pela gente. E eu percebi que o rapaz que cuidava do gramado escrevia meu nome dentro da área. Perguntei o porquê disso. E ele respondeu: ‘Para os goleiros tremerem’. Aquilo me tocou. Era a injeção de ânimo que ele me dava”.

Nunes deu o pontapé inicial do amistoso, cumprimentando ainda os dois grandes camisas 9 em campo: Grafite e Guerrero. E o Santa Cruz levou bem mais a sério a ocasião: venceu o Troféu Chico Science, batendo o Flamengo por 3 a 1. Guerrero até abriu o placar para os cariocas, mas os pernambucanos buscaram a virada com Grafite, João Paulo e Arthur. Festa digna para o tamanho das duas torcidas e para o ídolo que abrilhantou o momento especial.

Foto de Leandro Stein

Leandro Stein

É completamente viciado em futebol, e não só no que acontece no limite das quatro linhas. Sua paixão é justamente sobre como um mero jogo tem tanta capacidade de transformar a sociedade. Formado pela USP, também foi editor do Olheiros e redator da revista Invicto, além de colaborar com diversas revistas. Escreveu na Trivela de abril de 2010 a novembro de 2023.
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