Brasil

Vasco: os destaques, decepções e surpresas de 2024

O 2024 do Cruzmaltino teve alguns altos, como a ida a semifinal da Copa do Brasil, e outros momentos abaixo, exemplificado pelo fim do Brasileirão

Chegou ao fim uma temporada de altos e baixos do Vasco, para variar. Se por um lado voltou a uma semifinal de Copa do Brasil após 11 anos (caiu para o Atlético Mineiro), por outro perdeu a oportunidade de jogar a uma final estadual após cinco anos, eliminado pelo modesto Nova Iguaçu.

Até no Brasileirão a tônica foi a irregularidade. O Cruz-Maltino chegou a emplacar quatro vitórias seguidas no fim do primeiro turno, enquanto na reta final só venceu duas nas últimas sete rodadas. Ao menos nem chegou a lutar contra o rebaixamento, o que é um feito considerando os últimos anos.

Entre um coletivo irregular, com quatro técnicos diferentes no ano (Ramon Diaz, Álvaro Pacheco, Rafael Paiva e Felipe), não tiveram muitos destaques individuais, sobraram decepções e algumas surpresas. A Trivela reuniu o principal de cada um dos tópicos para finalizar o ano vascaíno.

Léo Jardim: paredão foi o grande destaque em 2024

Léo Jardim defendeu um dos pênaltis do Água Santa e ajudou a colocar o Vasco na terceira fase da Copa do Brasil (Foto: Leandro Amorim/Vasco)

A posição do Vasco ao fim do Brasileirão passa muito pelas mãos de Léo Jardim. Não à toa, terminou como o segundo goleiro com mais defesas na competição (149, média de 3.9), além de ter evitado 6.27 gols, segundo as estatísticas de gols esperados (xG). Os dados são do SofaScore.

O arqueiro conseguia compensar um setor defensivo que errou muito durante a temporada, especialmente os zagueiros Maicon e Léo.

Além do brilho no Brasileirão, Jardim também fechou o gol na copa nacional. Ele defendeu três pênaltis em três disputas diferentes, essencial nas classificações sobre Água Santa, Fortaleza e Athletico Paranaense.

Coutinho retornou com muitas expectativas, mas foi decepção

Coutinho lamenta eliminação do Vasco na Copa do Brasil (Foto: Icon sport)
Coutinho lamenta eliminação do Vasco na Copa do Brasil (Foto: Icon sport)

A retorno da eterna cria da Colina, oficializada em 10 de julho, rendeu empolgação e até uma música que não saiu da cabeça do torcedor: “O Coutinho voltou querendo demais. Anota mais três pontinhos na conta do ‘pai'. A Barreira vai virar baile“. Porém, cinco meses depois, as expectativas não foram cumpridas.

Ainda mantendo as dificuldades físicas das passagens pela Inglaterra e Catar, Philippe Coutinho jogou 18 vezes, apenas 10 como titular, sendo que o Vasco entrou em campo 28 vezes no período. Os motivos de ausência foram distintos: lesões musculares na coxa, aprimoramento físico e até covid-19.

A qualidade técnica que todos sabem que o camisa 10 tem apareceu em pequenos lampejos. Como contra o Galo no fim do Brasileirão, com um gol e uma linda assistência, no golaço em cima do mesmo adversário, só que pela Copa do Brasil, ou na sequência sensacional de dribles frente ao Palmeiras.

Com uma pré-temporada no próximo ano, a tendência é que Coutinho, enfim, mostre a que veio.

Hugo Moura entregou acima do que torcida do Vasco previa

Hugo Moura teve mais uma boa atuação com a camisa do Vasco (Foto: Icon Sport)
Hugo Moura comemora gol do Vasco (Foto: Icon Sport)

Logo em sua quarta partida pelo Vasco, Hugo Moura foi expulso aos 15 minutos do primeiro tempo contra o Athletico, seu ex-time, após entregar uma bola na cara do gol e fazer a falta como último homem.

Foi justamente nessa partida para esquecer que a cláusula de obrigação de compra foi ativada, o que fez o Vasco pagar 2 milhões de euros (à época R$ 10,96 milhões) pelo jogador ao Furacão.

Parecia o início de mais um péssimo negócio do clube carioca, mas virou uma tremenda surpresa. O volante superou as partidas no banco após a falha e virou um “pitbull” no meio-campo vascaíno, sendo um dos que mais desarmaram em todo Brasileirão (73 no total, média de 2,4 por jogo).

Além de um marcador, Moura também mostrou qualidade no terço final ao marcar duas vezes e distribuir quatro assistências. Um dos gols foi nas quartas de final da Copa do Brasil, decisivo para a classificação em cima do CAP. O outro tento deu a vitória sobre o Cuiabá.

Foto de Carlos Vinicius Amorim

Carlos Vinicius AmorimRedator

Nascido e criado em São Paulo, é jornalista pela Universidade Paulista (UNIP). Já passou por Yahoo!, Premier League Brasil e The Clutch, além de assessorias de imprensa. Escreve sobre futebol nacional e internacional na Trivela desde 2023.
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