Tite exalta superação do Flamengo em ‘semana difícil’ e quer que os problemas sumam na Data Fifa
Treinador do Flamengo, Tite espera que o aspecto físico da equipe ganhe um descanso durante o período de convocações para seleções

Tite falou menos do que o habitual na coletiva após a classificação para a final do Carioca, mas isso não significa que a análise caiu de nível. Ainda que tenha elogiado a partida, tanto por parte do Flamengo quanto do Fluminense, o comandante preferiu exaltar a volta por cima da equipe rubro-negra após uma semana difícil de treinos. Os problemas devem ser superados na pausa da Data Fifa.
O que Tite disse durante a coletiva?
- Elogiou o empenho do time contra o Fluminense
- Pontuou o desgaste físico do elenco do Flamengo
- Preferiu não comentar sobre a final sem um adversário definido
- Explicou a escolha por Bruno Henrique, em detrimento de Gabigol
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Semana difícil rende frutos
— Nós passamos uma semana com muita dificuldade. Aquele jogo que a gente fez exigiu muito.Tivemos uma série de subsituições que fizemos por conta do desgaste. Faltou um pouco de finesse para atacarmos os espaços, para ter um pouco mais de consistências nas ações ofensivas.
Tite ainda falou sobre projeções para o período da Data Fifa, que vai afastar o Flamengo dos gramados por duas semanas. Na opinião do comandante, a recuperação do aspecto físico será fundamental, a fim de que nenhum atleta, selecionável ou não, fique de fora das finais do Estadual.
— O primeiro aspcecto é manutenção e evolução. Se pegar parâmetros, o jogo anterior do Fluminense é a referência. Esse é o componente, tem um componente físico, uma pegada extraordinária. A gente sentiu muito ao longo da semana. O Nico ficou um dia sem treinar, o Erick voltou a treinar na quinta, o Ayrton também. A gente recuperou o Allan, ele ficou quinze dias para pegar uma condição física. Esses compnentes todos. Em termos táticos, a referência é o jogo anterior, em termos físicos é a recuperação. É ficar torcendo para ninguém machucar agora (durante a Data Fifa) — disse.

Arrascaeta quer pés no chão
A humildade parece ser mesmo o clima do Flamengo neste começou de temporada. Assim como Tite e outros atletas, Arrascaeta pediu calma, mesmo com a excelente sequência de resultados. O uruguaio, no entanto, também reconheceu que o Rubro-Negro caminho na trajetória correta.
— Temos que dar muito valor à entrega de todo o grupo. A gente tinha uma vantagem e soube jogar com isso, variamos bastante e tentamos o gol, mas não veio. Saímos felizes daqui por ir à final. Temos que ter pés no chão, continuar a evoluir. Acho que estamos no caminho certo — finalizou.

Agora, o Flamengo espera o seu adversário na grande decisão do Campeonato Carioca, que sairá da série entre Vasco da Gama e Nova Iguaçu. As equipes se enfrentam neste domingo (17), às 16h (de Brasília), no Maracanã, e a Laranja Mecânica do subúrbio do Rio tem a vantagem do empate após igualdade no jogo de ida. As finais do Estadual serão disputadas entre 31 de março e 7 de abril.
Veja outros pontos abordados na coletiva
Mais sobre o jogo
— Uma equipe consistente, com Rossi batendo essas marcas e que fez gols em todos os jogos, hoje passou em branco, contra o Vasco também. Trabalho em conjunto. Vamos considerar que os dois últimos campeões da Libertadores se enfrentaram. Da grandeza do espetáculo. Do grande técnico que é o Diniz. Todo o contexto dos dois jogos
Escolha por Bruno Henrique
— Trabalhamos da mesma maneira que trabalhamos com todos. Exigindo empenho e dedicação de todos. No jogo, vemos a exigência de cada partida. No último jogo, tinha muito espaço nas costas da linha defensiva do Fluminense. Por isso a entrada do Bruno Henrique. O Gabriel só fez um treinamento mais forte com o grupo.
Opções para a defesa
— Temos dois zagueiros que estão jogando muito, que são selecionáveis, para mim. E temos o David Luiz, que todas as vezes que entrou jogou demais.
Projeção para a final?
— Os dois fizeram por merecer. Eu vou sentar e não vou torcer para ninguém. O padrão de análise é independente do tamanho de adversário. Independente de quem for, a gente vai analisar o que acontece dentro de campo e tentar anular e aproveitar o que oferecerem para gente.
Relação com Matheus Bachi, filho e auxiliar
— Eu falo da primeira parte do lado humano. Matheus é meu auxiliar desde os 8, 9 anos de idade. O pai dele gravava todos os jogos em fita cassete, aqueles que não conseguia ver, para analisar. Teve uma vez que eu saí, cheguei em casa e ele trouxe uma fita ‘aqui pai, gravei para você'. Não era um jogo entre equipes top. Assim como pais médicos que tem filhos que seguem o mesmo caminho e de outras profissões. Eu tive sorte de ter um filho que segue na mesma carreira.
Situação da lateral direita
— A gente não falava sem ter uma base. Quando falávamos que acreditavam nos três é porque a gente acredita no dia a dia o que ele mostra para nós. É nosso trabalho fazer com que eles mostrem em campo o que fazem no dia a dia. Tenho certeza que aos poucos vão crescer. O Wesley tem 20 anos e vai evoluir muito.