Jorge revela que não agradou Abel Ferreira, se mostra honrado por volta ao Santos e não dá prazo para reestreia
Laterais Aderlan e Jorge foram apresentados oficialmente pelo Santos na tarde desta quinta-feira (18), no CT Rei Pelé
Para colocar fim na sequência de apresentações de novos jogadores do Santos, o lateral-esquerdo Jorge e o lateral-direito Aderlan concederam entrevista coletiva, na tarde desta quinta-feira (18), no CT Rei Pelé. Vindo por empréstimo do Palmeiras, mas ainda se recuperando de uma lesão no joelho, Jorge ainda não tem definido quando poderá entrar em campo. Já Aderlan, que tem sido titular na direita, garante que o time da Vila Belmiro está preparado para a estreia no Campeonato Paulista.
Vinculado ao Palmeiras até dezembro de 2025, Jorge comentou a sua queda de rendimento após o término da sua primeira passagem pelo Santos, em 2019, e revelou o motivo de não ter dado certo no time comandado pelo técnico Abel Ferreira.
– Depois que saí daqui, em 2019, eu voltei para a Europa. Tive a infelicidade de ter me machucado na Suíça, no Basel, logo após viver um momento tão bom. Acontece, é do futebol ter altos e baixos. Por isso temos que lidar e fortalecer a mente por conta das críticas. No Palmeiras eu fui feliz, cheguei bem. Mas o meu estilo de jogo não agradava o treinador, que foi homem de me falar isso, então segui meu caminho pro Fluminense. Estava bem feliz, ainda mais no início da temporada, confiante. E aconteceu a fatalidade de ter me machucado. Aqui confiaram em mim, então me dedicarei para voltar em alto nível -, disse o lateral-esquerdo de 27 anos.
Questionado sobre o tempo para ficar à disposição de Fábio Carille no Santos, Jorge disse que ainda não é possível fazer tal afirmação.
– Sabia que chegaria aqui evoluindo na parte física, não é fácil ficar 10 meses sem jogar. Mas conversando com os médicos do clube e membros da fisiologia sei que vou poder ajudar o mais rápido possível. Não sei o prazo, mas quero voltar o quanto antes. Vou me dedicar para voltar a jogar em alto nível para colocar o Santos em seu devido lugar. De onde nunca deveria ter saído – acrescentou Jorge.
A coletiva de apresentação de Aderlan e Jorge, ao vivo! 🎥
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— Santos FC (@SantosFC) January 18, 2024
Aderlan vê o Santos para encarar o Botafogo-SP
Titular da lateral-direita ao longo da pré-temporada, o experiente Aderlan, de 33 anos, classificou o período de trabalho no CT Rei Pelé como muito positivo e afirmou que o Santos está pronto para encarar o Botafogo-SP, sábado (20), às 18 horas (horário de Brasília), no estádio Santa Cruz, em Ribeirão Preto, pela primeira rodada do Campeonato Paulista.
– Estamos preparados, trabalhando muito e com muita intensidade no dia a dia. Mas ainda falta um longo caminho a ser percorrido. Sábado será a primeira final, que é como teremos que encarar. Nosso time, ao longo do campeonato, vai melhorar bastante. Nunca estaremos 100%, vamos procurar evoluir sempre – comentou.
Contratado do Red Bull Bragantino por empréstimo também, Aderlan ainda é desconhecido da torcida. Por isso, tratou de falar sobre as suas características na apresentação, principalmente depois de não receber tantas oportunidades em 2023.
– Eu não tive tantas sequências de jogos, mas sou um cara que procura fazer o melhor passe. Cruzamento não é só o cruzamento, tem que dar o passe com condição do atacante finalizar e fazer os gols. Procuro os centroavantes, que são os caras que finalizam mais. Jogo aberto, na lateral, ou por dentro. O professor perguntou se faço aberto e respondi que sim, de encarar o um contra um, tabelar e chegar na linha de fundo. Espero mudar as estatísticas neste ano quanto à sequência de jogos e ajudar o Santos – declarou o lateral-direito.
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Sequência de lesões e desânimo
– Por incrível que pareça essa lesão me fez mais forte mentalmente e como homem. O início é cruel, é ruim, se pensa em diversas coisas. Mas me agarrei na família, a Deus, na fé. Essa lesão de seis a sete meses é muito ruim pra nós, queremos sempre estar em ação dentro de campo. Mas com a família, se agarrando nas coisas boas… ninguém gosta de ficar de fora, ficamos na agonia de estar em campo. Tenho que me manter forte após essas duas graves lesões no joelho. Agora é me manter forte para eu voltar ao nível que eu sempre joguei.
Um dos melhores momentos da carreira
– Todos sabem da minha passagem em 2019, fui muito feliz. Foi um ano incrível, joguei em alto nível, fui pra Seleção que sempre foi um sonho. Sempre tive gratidão ao Santos. O último jogo na Vila, no vestiário, eu avisei ‘quem sabe um dia eu volto', clube histórico. Hoje estou tendo essa oportunidade de novo, evoluir, se Deus quiser vou voltar ao alto nível para ajudar o Santos.
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Por que escolheu o Santos?
– Eu tinha mercado, mas escolhi o Santos. Sempre que eu jogava contra sentia o quanto era difícil. Essa camisa pesa. Jogar dentro da Vila é difícil. Quando existiu o contato eu nem tive dúvidas, avisei que queria vir. É uma camisa gigante. Vou fazer meu melhor, jogue ou não, para quando o professor estiver precisando de mim.
Como tem sido a disputa com Hayner?
– Nos treinos o professor mexe bastante no time, então estou aberto na ponta, mas também já joguei por dentro. O Hayner é um excelente jogador, pessoa do bem. Temos conversado bastante, mas não só com ele. Somos um grupo recém-formado, nesse início é mais na base do diálogo, se conhecendo, para melhorar o entrosamento.