Após quebra de contrato, Santos é acionado na Justiça por empresa que cobra valor milionário
Ação contra o Peixe foi recebida pela 9ª Vara Cível de Santos na última quinta-feira (28)
O Santos tem um novo problema financeiro para resolver. Além de buscar maneiras para pagar os R$ 15 milhões à comissão técnica do técnico Pedro Caixinha por conta da rescisão contratual, o Peixe foi acionado na Justiça em razão da quebra de contrato com o Grupo Inter, que era responsável pela administração do e-commerce e de uma loja física da Santos Store, em São Paulo.
De acordo com o processo, ao qual a Trivela teve acesso, a empresa cobra uma indenização milionária por perdas e danos após ser “surpreendida com um pedido imotivado de encerramento do dontrato” por parte do Santos em maio de 2024.
Na ação, recebida pela 9ª Vara Cível de Santos na última segunda-feira (28), o Grupo Inter, considerando a quebra do contrato e todos os prejuízos materiais, pede um ressarcimento que ultrapassa R$ 1,5 milhão.
Vale lembrar que, no passado, o Peixe já havia sido processado pela A Esportiva – outra empresa que operava a Santos Store – pois tinha sido proibida pelo Departamento de Marketing do clube de abrir uma unidade da marca no Centro de Santos.
O início da parceria entre Santos e Grupo Inter
Santos e Grupo Inter firmaram, em 24 de janeiro de 2022, um acordo denominado “Contrato de Licença de Uso de Marca e Outras Avenças, com o fim de permitir à empresa a utilização de diversas marcas e sinais distintivos relacionados ao Santos Futebol Clube”.
Além disso, o acordo também previa a criação de uma rede de varejo de lojas físicas a ser operada sob a marca “Santos Store” e da loja virtual (plataforma de E-Commerce).
“Todas elas foram desenvolvidas pelo Grupo Inter com o propósito de comercializar produtos licenciados e oficiais contendo a marca do Santos”, diz um trecho do acordo.
Com base em tal contrato, a empresa inaugurou uma loja física da Santos Store na Avenida Pacaembu, em São Paulo, em junho de 2023, cujo aluguel do imóvel utilizado era de R$ 17,5 mil.
De acordo com a ação, a locação foi viabilizada com vigência de 30 meses.
Nossos #ÍdolosEternos já estão presentes no complexo Santos Store, no Pacaembu, para assistir ao #AMExSAN com a nação santista! 🤍🖤
— Santos FC (@SantosFC) September 3, 2023
📍 Av. Pacaembu 1701 – Santos Store SP pic.twitter.com/nSYiG4hd0J
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Santos decide romper contrato com Grupo Inter
Ocorre que apesar de todo o investimento e do contrato com o Santos em vigor, o clube, um ano mais tarde, decidiu quebrar, unilateralmente, o vínculo. Esse movimento foi comunicado formalmente à empresa no dia 14 de agosto de 2024.
O Grupo Inter, então, começou a calcular todos os investimentos feitos a serem indenizados, conforme disposto em uma das cláusulas do acordo.
Assim, o Grupo Inter pede na Justiça os seguintes valores:
- R$ 751.848,33 referentes aos investimentos feitos na loja física
- R$ 110.581,37 referentes aos produtos em estoque
- R$ 50.327,95 referentes às despesas do imóvel para funcionamento da loja
- R$ 600.000,00 referentes à multa contratual pelos investimentos no E-commerce
Ao todo, a empresa quer uma indenização de R$ 1.512.757,65.
O Santos, que ainda não foi notificado pela Justiça, foi devidamente procurado pela Trivela e a reportagem será atualizada assim que o clube se posicionar.
Demitido, Pedro Caixinha espera rescisão do Santos
Além do imbróglio com o Grupo Inter, o Santos se movimenta para resolver a rescisão do técnico Pedro Caixinha no valor de R$ 15 milhões.
Conforme o apurado pela Trivela com pessoas próximas ao treinador, ele e tampouco os demais membros da sua comissão técnica, aceitaram as condições de pagamento do Peixe para encerrar o vínculo após serem demitidos no último dia 14 de abril.
Juridicamente amparados, os portugueses entendem que o clube violou, com o apoio da CBF, o regulamento da própria entidade para inscrever Cléber Xavier, novo comandante alvinegro, no Boletim de Informações Diárias (BID).
Últimas notícias do Santos:
A regularização do treinador ocorreu no fim da tarde desta quarta-feira (30), enquanto a rescisão de Caixinha, sem o aval do português, foi publicada nesta terça-feira (29).
Diante do impasse, a tendência é que Santos e a comissão técnica de Caixinha resolvam essa questão nos tribunais.
