Os reforços do Palmeiras deste ano que podem ter novos destinos em 2025

O Palmeiras investiu R$ 192 milhões em contratações para 2024, trazendo oito caras novas para o elenco do técnico Abel Ferreira. Exceto por Felipe Ânderson, em fim de contrato na Lazio, todos demandaram investimento direto para aquisição de direitos ou taxa de empréstimo.

Dos oito, dois se destacaram positivamente, um teve bons e maus momentos, dois decepcionaram e três sonham com um 2025 com mais chances de mostrarem a que vieram.

Para o ano em que o clube vai disputar o Super Mundial de clubes, além de todos os desafios do insano calendário nacional, o Palmeiras deve ampliar o seu elenco. Mesmo assim, nem todos os jogadores que atuaram em 2024 têm lugar garantido na próxima temporada.

Com base em observação nos jogos e apurações com fontes do clube, a Trivela traçou um panorama de previsões para o próximo ano — por mais que, oficialmente, no clube, nada será dito antes do término do Campeonato Brasileiro.

Deram certo: Aníbal Moreno e Maurício

Por mais que hoje passe por um momento de evidente desgaste físico — com impacto no desempenho técnico — o argentino ex-Racing foi a contratação do Palmeiras que teve mais sucesso na temporada. Ganhou a posição, mandou Zé Rafael para o banco e se tornou intocável.

A imprensa argentina afirma que River Plate e Boca Juniors têm interesse no jogador. Mas o Palmeiras não pretende negociá-lo.

Maurício também emplacou. Mesmo que tenha jogado menos do que o esperado, por conta de uma lesão, o meia oriundo do Internacional chegou a mandar Raphael Veiga para a reserva.

Oscilou: Caio Paulista

O lateral chegou ao clube para fazer as funções de “6” e “11”. Quando entrou no ataque, raramente mostrou algo. Mas com a lesão de Piquerez, ganhou uma boa sequência, atropelou Vanderlan, que era a primeira opção, e se tornou dono da posição.

Mas, já há algumas rodadas, vem demonstrado uma acentuada queda técnica. Está com dificuldade de chegar no apoio e, na parte defensiva, tem rebatido bolas para o meio da área — que inclusive resultaram em gols, como diante do Corinthians.

Não termina o ano reprovado, mas passa raspando.

Decepcionaram: Felipe Ânderson e Lázaro

São tipos de decepções diferentes, mas os dois jogadores que vieram da Europa direto para o Brasil mostraram menos do que se esperava.

Felipe segue titular e mostra lampejos do atleta que era pretendido pela Juventus. Mas ainda está muito abaixo do que se imaginava que ele entregaria — em que pese ter atuado a maior parte do tempo na esquerda, onde está menos acostumado.

O que mais espantou em Felipe foi a falta de audácia, citada até mesmo por Abel Ferreira em entrevista coletiva. E um claro desconforto com a pressão exercida pela torcida.

Contudo, entende-se que seu problema seja de adaptação. E que seus 2025 será melhor.

Já Lázaro perdeu espaço a ponto de ser ultrapassado por Dudu, um jogador que o clube claramente não quer mais.

Emprestado pelo Almeria por 1 milhão de euros, pode ter ser empréstimo automaticamente renovado para jogar o Mundial, por mais 500 mil euros — algo que tem grande chance de não acontecer mais.

Sonham com espaço: Giay, Bruno Rodrigues e Rômulo

Por motivos diferentes, Giay, Bruno Rodrigues e Rômulo tiveram pouquíssimos minutos na atual temporada. E sonham com chances de poder mostrar serviço a partir do ano que vem.

O jovem Giay até chegou com chance e virou titular logo de cara, nas partidas decisivas na Copa do Brasil e Libertadores. Mas rapidamente ficou nítido que ainda carece de maturação para jogar. Na próxima temporada, espera-se que ele jogue um pouco mais e melhor, sem tanta afobação.

Como disse uma fonte ouvida pela Trivela, há no clube a certeza de que ele “vai virar jogador”.

Rômulo é um grande mistério para a torcida. Desembarcou e, sempre que entrou, contribuiu e não demonstrou tremer com a camisa do Palmeiras. Chegou até a dar assistência para Estêvão fazer o gol da vitória contra o Botafogo-SP (2 a 1), na terceira fase da Copa do Brasil. Mas pouco entra.

Já Bruno Rodrigues, mais do que minutos, precisa ter um pouco mais de sorte. Com duas graves lesões de joelho em sequência — a segunda em um dos primeiros treinos depois da recuperação da anterior — o atacante simplesmente não atuou pela equipe.

Após uma cirurgia em cada joelho, tudo que Bruno quer é distância do ano que vai chegando ao fim.