Qual a estratégia do Palmeiras para aumentar ganhos com a camisa em quase 200%?
Clube alviverde assinou novos patrocínios master e para a manga da camisa do uniforme
Os acordos do Palmeiras com a Sil, anunciado na quinta-feira (9), e com a SportingBet, que será oficializado na segunda-feira (13), somados, já garantem um aumento de R$ 30 milhões anuais no faturamento do clube com patrocínio de camisa.
Nos últimos seis anos, em caráter de exclusividade com a Crefisa e FAM, empresas da holding da presidente Leila Pereira, o clube arrecadou R$ 81 milhões anuais fixos. Os dois novos acordos somam R$ 131 milhões fixos ao Verdão.
O contrato de patrocínio anterior previa exposição das marcas nos uniformes de jogo e de treino das equipes profissional e de base masculinas e da equipe feminina, além de outras propriedades de marketing.
Com o fim da exclusividade, a possibilidade de ganhos do Palmeiras aumenta exponencialmente. Isso porque a Trivela apurou que o clube vai negociar tantas propriedades do uniforme quanto possível.
R$ 250 milhões por Vitor Reis? Palmeiras já tem resposta para possível oferta do Manchester City https://t.co/B7XeyiKW1P via @trivela
— Diego Iwata Lima (@DiegoMarada) January 9, 2025
Clube já trabalha as demais vendas
O Palmeiras não trabalha necessariamente com uma meta. Uma vez que cada propriedade está sendo negociada de forma isolada (ou em combos) com empresas diferentes, é difícil mensurar exatamente um teto.
Mas, sabendo que o mercado já tem modelos de negociação com outros clubes de grande exposição, é de se imaginar que os percentuais de arrecadação tendam a ser semelhantes.
O exemplo mais bem trabalhado é o Flamengo. Segundo números revelados pelo “ge”, o Rubro-Negro fechou contratos que totalizaram cerca de R$ 250 milhões na última temporada.
Considerando os valores dos acordos já fechados, é possível ver uma tendência:
Máster (fixo):
Flamengo: R$ 105 milhões (PixBet)
Palmeiras: R$ 100 milhões (SportingBet)
Manga (fixo)
Flamengo: R$ 10 milhões (Kwai)
Palmeiras: R$ 11 milhões (Sil)
No caso do Flamengo, o master representou algo próximo de 42% do montante total. Já a manga, 4%. Desse modo, é possível inferir que os percentuais das demais propriedades do Palmeiras, com alguns ajustes, também devem bater.
Há também que se considerar que há uma diferença substancial no que os dois clubes recebem de suas fornecedoras de material esportivo. Ainda segundo o “ge”, o Fla recebeu R$ 69 milhões da Adidas. Já o Palmeiras recebe R$ 50 milhões/ano da Puma (incluindo royalties).
Tal diferença distanciaria a arrecadação potencial final do Palmeiras em R$ 19 milhões em relação à do Flamengo. O que colocaria o Palmeiras com uma projeção de arrecadação entre R$ 230 milhões e R$ 240 milhões. Ou seja, quase 200% a mais do que o clube arrecadava com as empresas de sua presidente.
Arrecadação do Flamengo — sólido e percentual
PixBet (máster): R$ 105 milhões/ano (42%)
Adidas (fornecedor): R$ 69 milhões/ano (27,6%)
BRB (omoplata): R$ 25,2 milhões/ano (10%)
Mercado Livre (costas): R$ 21,5 milhões/ano (8,6%)
Kwai (manga): R$ 10 milhões (4%)
ABC (short): R$ 7,1 milhões (2,8%)
Assist card (barra traseira): R$ 8,5 milhões (3,4%)
Tim (número): R$ 7 milhões (2,8%)
Zé Delivery (meião): R$ 6,8 milhões/fim de 2024 (2,7%)
Total: R$ 250,2 milhões