Crime envolvendo a Mancha prejudica final do Paulista feminino com mando do Palmeiras
Partida estava planejada para ser disputada no Allianz Parque, no próximo dia 20, mas será realizada em Campinas
O Palmeiras feminino vai jogar o jogo de volta da final do Campeonato Paulista, contra o Corinthians, longe do Allianz Parque.
O segundo jogo da decisão do Estadual será no Estádio Brinco de Ouro da Princesa, em Campinas, no próximo dia 20, às 15h30. A partida de ida da decisão acontece nesta sexta-feira (15), às 15h30, na Neo Química Arena.
A mudança acontecerá por conta do receio de que haja encontros das torcidas organizadas. Mas não apenas de Palmeiras e Corinthians, envolvidos na disputa. Na mesma data, o Cruzeiro vem a São Paulo enfrentar o Corinthians pelo Brasileirão masculino, às 11h.
Sugestão partiu da PM
A Trivela apurou que a Polícia Militar sugeriu a transferência de local à Federação Paulista de Futebol (FPF) pensando em evitar um possível novo encontro da Mancha Verde, uniformizada do Palmeiras, com a Máfia Azul, da equipe mineira.
Em outubro, membros da Mancha Verde fizeram uma emboscada a um ônibus da Máfia Azul na Rodovia Fernão Dias. A ação criminosa culminou na morte do cruzeirense José Victor Miranda, 30, carbonizado dentro do ônibus que levava membros da torcida de volta a Belo Horizonte.
A mudança da data da partida chegou a ser cogitada pelas partes envolvidas. Mas, pelo acordo da TV Globo com a FPF, para que houvesse transmissão em TV aberta, o jogo precisaria ser mantido no feriado do dia 20.
O Palmeiras queria repetir na decisão o que fez no jogo de volta da semifinal, contra a Ferroviária, no último sábado (9). Diante da impossibilidade, optou pelo Brinco de Ouro, onde teve casa cheia contra Cuiabá e Atlético-MG pelo Brasileiro masculino.
Apenas um torcedor do Palmeiras foi preso
A Justiça de São Paulo homologou as prisões temporárias, por 30 dias, sete torcedores, acusados de participação na emboscada à Máfia Azul.
Jorge Santos, Leandro Santos, Aurélio Lima e Alekssander Tancredi, Felipe Santos, Neilo Silva e Jeovan Patini. Até o momento, apenas Tancredi foi preso. Os demais seguem foragidos.
A emboscada gerou racha e mal-estar entre associados da Mancha Verde, a maior torcida organizada do Palmeiras.
Sob condição de não serem identificados, alguns membros da organizada ouvidos pela Trivela se declararam decepcionados com o crime que culminou na morte do torcedor cruzeirense José Victor Miranda, de 30 anos.
Até mesmo sócios próximos à cúpula da Mancha se disseram muito abalados com o ocorrido. Em especial por conta de a Polícia Civil estar ligando o presidente Jorge Luis e o vice-presidente Felipe Matos, o Fezinho, ao ocorrido.
— Tô bem mal com tudo isso que fizeram e prefiro me manter longe — disse um dos ouvidos pela reportagem.