Brasil

‘Nada a perder’, diz Abel sobre o Palmeiras na volta contra o Corinthians

Treinador avalia que derrota veio, mais uma vez, por incapacidade de aproveitar chances

Abel Ferreira viu o mesmo jogo que todos, no Allianz Parque, neste domingo (16). O treinador não reclamou da arbitragem nem inventou explicações mirabolantes para a derrota por 1 a 0 para o Corinthians.

— O adversário teve eficiência e não fomos capazes nas chances, como nas duas do Vitor Roque, é um escanteio nosso e o árbitro não viu. Basta ver o trabalho de um goleiro e outro para ver que produzimos mais, mas eles defenderam e foram eficazes. Não temos nada a perder, vamos discutir a final na casa deles, sem nada a perder — disse.

A análise do português foi direta: o Palmeiras perdeu porque foi incapaz de colocar a bola na rede. Algo que ele disse durante toda a temporada 2024. Um erro que se repete a despeito de ele ter um ataque quase inteiramente novo.

— Futebol é eficácia, futebol é metê-las lá dentro. Jogamos melhor, criamos mais, tivemos mais posse, o goleiro deles fez mais defesas que o nosso, mas eles ganharam.

O treinador foi inclusive irônico para falar da diferença de volume de jogo e criação de sua equipe.

— Eu fiquei com a sensação que eram só três (finalizações do Corinthians), mas quantas foram mesmo? É, 22 a 3. Futebol é isso mesmo. Não é a primeira vez, ano passado na casa deles foi assim — disse.

— Futebol é eficiência. Foram melhores em duelos no meio-campo, onde conseguiram ser mais criativos do que nossos. Não achei que o Veiga estivesse criativo e precisamos muito dele nestes jogos, mas as marcações são cerradas e nos duelos de meio-campo foram melhores e na eficácia.

— Com 22 finalizações, acho que só oito foram enquadradas. Mas futebol é isso, quem quiser analisar o jogo de outra forma, pode analisar e vamos seguir em frente.

O que mais Abel falou

Estêvão errando decisões

— É normal o adversário querer bloquear nossos melhores jogadores, faz parte do jogo. Temos de achar soluções, individuais e coletivas. Esta situação, poderia passar a bola ao Vitor Roque e decidiu ir em um para três ou quatro. Sendo marcado, não tem problema dar a bola para outros serem protagonistas.

Vitor Roque teve poucas chances

— Vitor Roque teve duas chances, Micael teve uma, outra que nosso adversário tirou, fora as três ou quatro defesas do goleiro, incluindo uma torta que sai para canto e poderia ter entrado.

Duelos no meio-campo

— Conta o resultado e tu falaste uma coisa e concordo contigo. O jogo foi definido nos duelos do meio-campo, e o adversário foi melhor nisso. Em termos de oportunidade, não, mas nos duelos no meio-campo, sim, foram melhores do que nós.

Foto de Diego Iwata Lima

Diego Iwata LimaSetorista

Jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero, Diego cursou também psicologia, além de extensões em cinema, economia e marketing. Iniciou sua carreira na Gazeta Mercantil, em 2000, depois passou a comandar parte do departamento de comunicação da Warner Bros, no Brasil, em 2003. Passou por Diário de S. Paulo, Folha de S. Paulo, ESPN, UOL e agências de comunicação. Cobriu as Copas de 2010, 2014 e 2018, além do Super Bowl 50. Está na Trivela desde 2023.
Botão Voltar ao topo