Calma indica que Abel percebeu o problema do Palmeiras. O ponto é: dá pra resolver?
Técnico do Palmeiras atribuiu futebol deficitário principalmente ao desgaste físico e acredita que pode reverter resultado no Allianz Parque
Abel Ferreira já começou sua entrevista coletiva, após a derrota por 1 a 0 para o Santos, na final do Campeonato Paulista, convocando a torcida para o próximo domingo, no Allianz Parque. Como se tivesse pressa de virar a página, reconheceu que o Santos foi superior e deixou claro sabe por quê. O que não está claro é como ele vai contornar isso.
O técnico do Palmeiras bateu em duas teclas que, de fato, explicam o resultado. O Alviverde esteve claramente mais cansado e menos afiado tecnicamente que o Santos. Abel ainda amarrou uma questão na outra: um time mais cansado pensa menos e executa pior.
O ponto é que o cansaço não vai ter muito como solucionar. Na quarta-feira, o Palmeiras vai para Buenos Aires, enfrentar o San Lorenzo, na sua estreia pela Copa Libertadores. Ele não quis cravar, mas está claro que muitos titulares não devem jogar.
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— SE Palmeiras (@Palmeiras) March 31, 2024
— Decidimos que só tomaríamos essa decisão depois desse jogo (contra o Santos). Vocês viram o jogo que eu vi. Estamos falando de jogadores que vieram da Seleção e não dormiram. Endrick teve problema no último jogo, Veiga também. Murilo veio da Seleção, não jogou. Isso tem coisas boas e ruins. Vamos analisar o jogo de hoje e ver se eu troco todos, alguns, não troco… — disse.
— Vamos ver quem está mais ou menos cansado, mas acho que está evidente vendo as execuções técnicas de hoje. Não vimos todos os jogadores no seu melhor nível — completou
Faltou técnica e gás
O treinador também não quis falar com todas as letras, mas deu claramente a entender que o time sentiu falta de Raphael Veiga. O camisa 23, cabeça pensante e donos de todas as bolas paradas da equipe, foi muito pouco efetivo na Vila Belmiro.
— Sobre rendimento tático, técnico, físico e mental, um deles esteve abaixo. O técnico. Não vou explorar isso individualmente, mas é fácil perceber que tecnicamente a equipe não esteve no seu nível. Passes errados, bolas paradas que tem que ser bem batidas.
Abel Ferreira mais uma vez se queixou de ter de jogar a estreia na Libertadores entre as duas decisões do Paulista. No ano passado, os reservas jogaram entre os jogos contra o Água Santa, contra o Bolívar, em La Paz. Com a estreia do então recém-chegado Artur, o Palmeiras perdeu por 3 a 1.
OS PRIMEIROS 90 MINUTOS FORAM CONCLUÍDOS ✅
O jogo foi bem movimentado na Vila Belmiro, e o Santástico saiu com a vantagem! Veja os melhores momentos da partida!#ApostaGanha #publi #melhoresmomentos pic.twitter.com/UMMCEaNJII
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— Nossa equipe, muitas vezes, entra para jogar a 70% da energia. Se vocês não acreditam no que eu digo, e como todos aqui acham que o que é de fora é bom, ouçam as reclamações do Guardiola sobre o calendário. Não há como. Isso não é desculpa, é fato. O adversário teve três dias de descanso e o Palmeiras dois — disse.
– Vamos fazer uma paragem, temos já um jogo importante a seguir. Não deveria ser assim. Enquanto estamos focados na Libertadores, o adversário está se preparando para esse jogo. É como é. Agora esperamos o adversário no chiqueiro — completou.
Assim mesmo, superioridade não foi tanta
Apesar do resultado e do reconhecimento de que o Santos foi melhor, Abel não viu o time de Fabio Carille ser tão superior ao Alviverde. E ainda viu o Peixe sofrer pressão na reta final.
– Em termos de oportunidades, não achei que o Santos teve a mais que nós. Achei, sim, o Santos mais competitivo, mais fresco. Mas na segunda parte, o adversário só se defendeu. E bem — disse.
— Claro que o adversário correu mais que nós, estava mais fresco. 1 a 0 para eles, parabéns para eles. Domingo esperamos eles no Allianz Parque, no chiqueiro, com os nossos torcedores — finalizou.