Brasil

O que o Fluminense pode esperar de Marquinhos, reforço que chega após o pré-olímpico

Marquinhos chega ao Fluminense emprestado pelo Arsenal com contrato até o fim de 2024

Assim que o jogo entre Brasil e Argentina acabar no Estádio Nacional Brígio Iriarte, em Caracas, na Venezuela, pelo Pré-Olímpico, o Fluminense inicia a contagem no relógio para ter um novo reforço. O atacante Marquinhos, que pertence ao Arsenal, será jogador do clube em 2024.

Já existe um acerto entre as partes, que esperam apenas o fim da competição para dar fim aos trâmites burocráticos. Marquinhos sairá da Venezuela direto para o Rio de Janeiro, onde realiza exames médicos e assina contrato de empréstimo com o Tricolor até o fim de 2024.

Mas o que o Fluminense pode esperar do jogador de Marquinhos? A Trivela te ajuda a entender.

Joia de Cotia e camisa 10 de seleção de base, Marquinhos tem nome na história do São Paulo

Ainda muito jovem, Marquinhos já viveu momentos imensos no futebol. Depois de chegar aos oito anos Cotia, o menino do Jardim Colombo, na Vila Sônia, Zona Oeste de São Paulo fez história pelo clube que leva o nome do estado e da cidade.

Na base, carregava sempre a camisa 10 às costas, tanto no São Paulo como na seleção. Com convocações desde o sub-15, ele conquistou títulos como a Copa do Brasil e a Supercopa no sub-17, antes de ser campeão paulista pelo time profissional em 2021.

Marquinhos brilhou na base do São Paulo e foi camisa 10 do clube e de seleções de base - Foto: Staff Images / CONMEBOL
Marquinhos brilhou na base do São Paulo e foi camisa 10 do clube e de seleções de base – Foto: Staff Images / CONMEBOL

Marquinhos subiu com Fernando Diniz, alçado para treinos, mas foi lançado já por Hernán Crespo no clube. O jovem era uma aposta do técnico argentino.

O ano de 2021 foi muito especial para Marquinhos. Seu nome foi fincado na história do São Paulo em 20 de julho, quando marcou sobre o Racing pelas oitavas de final da Libertadores. Então com 18 anos, ele se tornou o jogador mais jovem da história do tricampeão continental a marcar pelo clube na competição.

Na seleção, conquistou os Jogos Pan-Americanos e fez parte do grupo no pré-olímpico. Ambos com a 10 nas costas.

Bola parada e mano a mano são pontos fortes de Marquinhos

Após 41 jogos no São Paulo, Marquinhos foi vendido ao Arsenal, da Inglaterra, em 2022. A negociação pelo atacante foi surpreendente e rendeu R$ 18 milhões ao clube paulista à época. Nos Gunners, ele era um projeto.

Já com o brasileiro Edu Gaspar como diretor técnico, o Arsenal foi ao São Paulo para contratar um jogador que brilhou como adolescente. A ideia era maturá-lo ainda na base e no time B do clube, emprestá-lo e colher os frutos no futuro. O jovem já marcara quatro gols pelo time paulista.

As principais características do jogador não eram apenas a velocidade e o mano a mano, típicos da posição. Marquinhos sempre foi batedor de faltas e fez muitos gols na base dessa maneira, além de criar chances a partir das cobranças e cruzamentos.

Marquinhos teve estreia incrível, mas dificuldade na Europa

A chegada de Marquinhos ao Arsenal foi surpreendente e incrível. Dias depois de destacar pelo time B, ele recebeu uma chance na Europa League e estreou pelo clube com um gol e uma assistência. O jovem ficou no grupo e entrou mais seis vezes em campo. Mas acabou sendo emprestado.

Marquinhos estreou pelo Arsenal com um gol e uma assistência, mas depois não teve sequência (Foto: URS BUCHER/AFP via Getty Images/One Football)
Marquinhos estreou pelo Arsenal com um gol e uma assistência, mas depois não teve sequência (Foto: URS BUCHER/AFP via Getty Images/One Football)

Sem muito espaço no elenco, os Gunners queriam dar rodagem a Marquinhos. O primeiro empréstimo foi para o Norwich, mas não o suficiente para convencer os ingleses. Depois, foi para o Nantes, mas na França, pouco jogou. O Arsenal antecipou o retorno do jovem, que quer voltar ao Brasil.

Diniz fez contato com o jogador, que também foi “convencido” na seleção olímpica por John Kennedy e Alexsander, que seguirão seus companheiros no Fluminense. Além deles, Gabriel Pirani, com passagem pelo clube, ajudou no “lobby”.

Foto de Caio Blois

Caio BloisSetorista

Jornalista pela UFRJ, pós-graduado em Comunicação pela Universidad de Navarra-ESP e mestre em Gestão do Desporto pela Universidade de Lisboa-POR. Antes da Trivela, passou por O Globo, UOL, O Estado de S. Paulo, GE, ESPN Brasil e TNT Sports.
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