Morre Adílio, um dos maiores ídolos do Flamengo e recordista na Seleção

Hoje é um dia triste para a torcida do Flamengo. Adílio, campeão de tudo e um dos maiores ídolos da história do clube, morreu aos 68 anos, por conta de um câncer no pâncreas.

O ex-jogador estava internado, acompanhado de amigos e familiares, em hospital na Zona Oeste da cidade do Rio de Janeiro. A Trivela presta suas condolências.

Adílio dedicou uma vida ao Rubro-Negro, clube do seu coração, ao longo de quase 13 anos entre os profissionais. Ele também teve passagens interessantes por clubes sul-americanos, antes de retornar ao Rio de Janeiro para encerrar a carreira.

Um anjo rubro-negro que voa rumo à eternidade.

As asas de um moleque sonhador o fizeram superar qualquer muro. Os campos da Gávea construíram amizades angelicais. Seus pés pareciam flutuar com a bola nos pés e foi assim que Adílio conquistou o mundo vestindo o Manto Sagrado. Seu… pic.twitter.com/PhvCwsu1HR

— Flamengo (@Flamengo) August 5, 2024

Um dos maiores da história do Flamengo

Foram 616 jogos: os números de Adílio pelo Flamengo são realmente assustadores. É o terceiro jogador que mais vestiu a camisa rubro-negra, atrás de Zico e Júnior, frequentemente colocados entre os três maiores ídolos da história do clube.

Apelidado carinhosamente de Brown, por estar sempre cantando músicas do astro James Brown na concentração, Adílio caiu rapidamente nas graças da torcida rubro-negra. Subiu aos profissionais em 1975, de onde não saiu até 1987.

De habilidade rara, passes precisos e criatividade inigualável, Adílio era o complemento perfeito para Andrade e Zico no meio-campo mais vitorioso da história do Flamengo. Ao todo, o meia conquistou 22 títulos pelo Flamengo, sendo a metade importantes até os dias atuais.

O maior, sem dúvida, foi o Mundial de Clubes de 1981. Adílio, inclusive, marcou um dos gols da vitória sobre o Liverpool por 3 a 0 em Yokohama, no Japão, eternizada pela torcida rubro-negra. Outros títulos também incluem Libertadores, quatro Brasileirões e cinco Cariocas.

O ícone rubro-negro também teve cargo como treinador nas categorias de base, entre 2003 e 2008, chegando a treinar os profissionais como interino em 2006.

Adílio também foi destaque pela América do Sul

Depois de deixar o Flamengo, Adílio teve passagem rápida pelo Coritiba antes de embarcar na sua última dança em desafios pela América do Sul. O meia chegou a disputar a Libertadores pelo Barcelona de Guayaquil em 1988, sem sucesso, embora o clube tenha conseguido chegar na final do torneio continental dois anos mais tarde.

Ele também vestiu a camisa do Alianza Lima, do Peru, antes de pendurar as chuteiras em clubes de menor expressão do Rio de Janeiro, como Friburguense e Barra Mansa. Essas passagens foram marcadas por período como mentor de jovens atletas.

Adílio também fez história na Seleção

Diante da enorme concorrência na década de 80, a passagem de Adílio pela Canarinha foi bem curta. Ele disputou apenas dois jogos com a camisa verde amarela, deixando sua marca com assistência para o companheiro Júnior marcar em vitória sobre a Alemanha. O amistoso foi disputado em 1982, no Maracanã.

A grande curiosidade fica ao pós-carreira, quando Adílio, habilidoso que era, representou e foi campeão pelo Brasil na Copa do Mundo de Futsal. Até hoje, o jogador é o único a vestir a camisa verde e amarela no campo e no salão.

O brilho de Adílio

O menino da Cruzada era diferente. Talvez esse tenha sido o grande diferencial de Adílio, um dos maiores e mais humildes do Flamengo. Fez história sem entrar em polêmicas, por isso é tão queridos pelos companheiros, que se despediram nos últimos dias.

Lista* de jogadores com mais partidas pelo Flamengo

*Fonte: FlaEstatística