Brasil

Palmeiras tem melhor grupo de gringos de sua história, que podem ser meio-time contra o Corinthians; entenda formação

Time do Palmeiras conta hoje com peças imprescindíveis importadas de países vizinhos - sem contar a comissão técnica portuguesa

Com a saída do colombiano Eduard Atuesta para o Los Angeles FC, o Palmeiras tem hoje, possivelmente, o grupo de estrangeiros de melhor futebol do ponto de vista coletivo de sua história.

Nos três setores, os gringos são destaques de um time que curiosamente, também tem uma comissão técnica estrangeira no comando.

Na conquista do Campeonato Brasileiro do ano passado, quatro dos titulares eram nascidos em outros países, com um deles, Gustavo Gómez, sendo inclusive o capitão da equipe.

Neste ano, a tendência é o contingente de titulares estrangeiros aumentar. Isso porque o recém-chegado Aníbal Moreno já caiu nas graças da torcida e do técnico Abel Ferreira.

Meio-time no Dérbi

Não será surpresa se o Palmeiras entrar em campo no Dérbi de domingo (18), contra o Corinthians, com metade dos seus jogadores de linha oriunda de outros países. Contra o São Bernardo, na quinta-feira (15), Abel ainda deve poupar alguns jogadores mais importantes.

Avaliando os testes promovidos por Abel, diante das possibilidades experimentadas, a melhor formação possível parece ser um 4-3-1-2, com um trio de volantes dinâmico, capaz de auxiliar Raphael Veiga na criação e manter a proteção à zaga:

Weverton; Marcos Rocha, Gustavo Gómez, Murilo e Piquerez; Aníbal Moreno, Richard Ríos e Zé Rafael; Raphael Veiga; Endrick (Rony) e Flaco López.

No campo, a Argentina de Moreno e Flaco lidera a legião. Paraguai, Colômbia e Uruguai têm um representante cada. Mas, na soma geral, é mesmo Portugal de Abel e sua comissão técnica quem lidera a contagem geral, com cinco.

Além de Abel, os auxiliares João Martins, Vitor Castanheira e Carlos Martinho, além do observador Tiago Costa, vieram de paragens D'Além-Mar.

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Os “Greengos”:

Gustavo Gómez

Gustavo Gómez
Gustavo Gómez disputou 70 partidas pelo Palmeiras e deve fechar o ano com quase seis partidas por mês em 2023. Foto: iconSport

Inquestionável, o capitão do Palmeiras tem 30 anos e está no clube desde 2018. Logo que chegou do Milan, onde era um mero coadjuvante, se sagrou campeão brasileiro.

Teve diversas sondagens e até propostas para deixar o clube, mas permaneceu e se torna cada vez mais ídolo da torcida. Só sai do Palmeriras se quiser. Tem contrato até o fim de 2026.

Piquerez

Chegou ao Verdão em 2021 para substituir o também uruguaio Matías Viña, na época negociado com a Roma. Para Abel, Viña era um jogador “top, top, top”, como disse em sua primeira entrevista coletiva. Piquerez, 25, era considerado “cintura dura” quando chegou, mas cresceu nas mãos de Abel.

E, agora que Viña está no Flamengo, já não há mais dúvida sobre quem é mais querido pelo palmeirense. Seu contrato também vai até o fim de 2026.

Aníbal Moreno

Anibal Moreno, do Palmeiras, disputa bola com o jogador do Ituano (Foto: Cesar Greco/Palmeiras/by Canon)

O volante de 24 anos foi um achado da diretoria do Palmeiras. Rápido, “caçador”, como já declarou Abel, além de muito inteligente com a bola no pé, chega para marcar época no clube, se o potencial que demonstra neste início de trabalho se confirmar.

É estranho que nem Boca Juniors nem River Plate, tampouco clubes da Europa, tenham conseguido cooptá-lo do Racing. Tem vínculo com o Verdão até o fim de 2028.

Ríchard Ríos

Outro achado, Ríos, 23, estava no Guarani de Campinas depois de ser pescado pelo Flamengo da seleção de futsal da Colômbia, em 2021. Passou ainda pelo Mazatlán, do México, antes de se estabelecer no futebol brasileiro.

Volante de estilo rompedor de linhas, mudou a dinâmica do meio alviverde quando entrou na vaga do lesionado Gabriel Menino no segundo semestre do ano passado. Tem contrato até o fim do ano que vem, com gatilho de renovação automática até o fim de 2026.

Flaco López

Jogador mais caro da história do Palmeiras, o centroavante Flaco (magro em espanhol), 23, começa agora a ganhar sequência e a fazer seus gols. É co-artilheiro do time na temporada, com quatro bolas na rede, ao lado de Veiga.

Veio do pequeno argentino Lanús por US$ 10 milhões, em 2022. Na época, e ainda hoje, era cobiçado pelos grandes de seu país. O River Plate ofereceu US$ 7 milhões por ele no início do ano, que o Verdão prontamente rechaçou. Seu contrato com o Palmeiras valé até julho de 2026.

Outros grupos de Greengos

O Palmeiras já contou com outros grupos de estrangeiros na sua história recente. Atletas de renome, como o argentino Mancuso (1995) e o colombiano Rincón (1994) foram grandes contratações da Era Parmalat. Astros como Arce (Paraguai) e Asprilla (Colômbia), também vestiram verde com sucesso nos anos 1990 e começo de 2000.

Giggs, do Manchester United (esq.) disputa a bola com Arce, do Palmeiras

Estrangeiros menos badalados dos anos 2000, como Muñoz (Colômbia) e Ortigoza (Paraguai), acabaram virando xodós da torcida. E Hernán Barcos (Argentino, 2012), campeão da Copa do Brasil, só não virou ídolo porque deixou o clube quando o Verdão caiu para a Série B – algo que o chileno Valdivia (2006 a 2008 e 2010 a 2015), talvez o maior xodó dos palmeirenses entre os gringos, não fez.

Em 2014, o Palmeiras que brigou para não cair teve, além do Mago, os argentinos Tobio (zagueiro), Allione (meia), Cristaldo (atacante) e Mouche (atacante), dirigidos pelo compatriota Ricardo Gareca. Deste quarteto, basta saber que eles brigaram para não cair.

Em 2015, Allione e Cristaldo seguiram no Verdão. Mais tarde, o paraguaio Lucas Barrios (atacante) se juntou a eles. Conquistaram a Copa do Brasil, com Valdivia no grupo no inpicio da campanha, mas apenas Barrios teve destaque.

Barcos

No ano seguinte, o Palmeiras conquistou o Brasileiro com Yerry Mina voando na zaga. Allione, Cristaldo e Barrios tiveram participações pequenas na campanha.

Borja e Guerra foram as apostas do Palmeiras para 2017. Campeões da Libertadores do ano anterior, o colombiano e o venezuelano fracassaram no Verdão, mas seguiram no time por mais algumas temporadas.

Em 2018, o Palmeiras conquistou o Brasileirão com Gustavo Gómez na zaga e Borja no ataque, além de Guerra encostado. Em 2019, eles seguiriam no time.

O jogador Borja, da SE Palmeiras, disputa bola com o jogador da AA Ponte Preta, durante partida de volta, válida pela semi final, do Campeonato Paulista, Série A1, na Arena Allianz Parque.

Em 2020, Gómez permanece e chegam o chileno Kuscevic e o uruguaio Viña. Guerra também esteve no elenco no começo do ano. Para 2021, chega Piquerez para o lugar de Viña. Em 2022, Merentiel, Atuesta e Flaco se juntam aos demais estrangeiros – Kuscevic sai.

No ano passado, Merentiel vai para o Boca Juniors. E além de Flaco, Gómez, Piquerez e Atuesta, Ríos levantou o 12º Campeonato Brasileiro com o Palmeiras.

Foto de Diego Iwata Lima

Diego Iwata LimaSetorista

Jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero, Diego cursou também psicologia, além de extensões em cinema, economia e marketing. Iniciou sua carreira na Gazeta Mercantil, em 2000, depois passou a comandar parte do departamento de comunicação da Warner Bros, no Brasil, em 2003. Passou por Diário de S. Paulo, Folha de S. Paulo, ESPN, UOL e agências de comunicação. Cobriu as Copas de 2010, 2014 e 2018, além do Super Bowl 50. Está na Trivela desde 2023.
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