De marchinhas e sambas-enredos a presença de Xuxa, Atlético-MG e carnaval têm tudo a ver
Duas das coisas mais populares do Brasil, carnaval e futebol andam lado a lado em vários momentos, e no Atlético não é diferente

Futebol e carnaval têm em comum o fato de serem dois dos eventos mais populares do Brasil. No Atlético-MG a junção dessas duas coisas sempre esteve presente, desde décadas atrás. O Galo já chegou a ter até Xuxa Meneghel em um de seus carnavais, além de relação próxima com cantores em momentos especiais de sua vida e inúmeras marchinhas e sambas-enredos que citam seu nome ou que foram adaptadas pelos torcedores nas arquibancadas.
Marchinhas e sambas-enredos sempre foram comuns de se ouvir nas arquibancadas do futebol brasileiro. No Atlético, não é diferente. Uma das músicas preferidas e mais cantadas pela torcida atleticana é uma adaptação a “Mulata Ye Ye Ye”, de João Roberto Kelly, o “Rei das Marchinhas”. No caso do Galo, a torcida canta: “E só dá Galo” ao invés de “E só dá ela”, da música original.
Mas não é só o Atlético (ou o atleticano) que adapta marchinhas para as arquibancadas. O Galo também tem músicas nesse estilo que são feitas para o clube, além de sambas-enredos. Algumas das músicas de carnaval feitas para o Alvinegro são:
- O Galo da Colina – Os Marajós (1969)
- Galo, o Mais Querido – Maria Yvone de Melo (1970)
- Galo é Raça, é Massa, é Tradição – Conjunto Kisamba Show (1976)
- Galo Carijó – Irmãos Saraiva e Conjunto Musical (1979)
- O Canto do Galo – Canto da Alvorada (2000)
- Bica Galo – Samba Enredo (2006)
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Grandes nomes do carnaval em grandes eventos do Atlético
A relação do Atlético com o carnaval vai ainda mais além de músicas adaptadas nas arquibancadas ou que citam o clube. O Galo também escolheu dois dos maiores nomes do carnaval para comandarem duas festas na sua história. Na primeira, celebrando o acesso para a Série A após o título da Série B de 2006, o Alvinegro teve ninguém mais ninguém menos do que a Madrinha do Samba, Beth Carvalho, que transformou o Mineirão em um verdadeiro carnaval.
A música de Beth, “Vou Festejar”, foi adotada pela torcida do Atlético desde o seu lançamento, no fim dos anos 70, sendo entoada sempre que o Galo vence seus jogos até os dias de hoje. Mesmo sendo botafoguense assumida, Beth foi adotada como Madrinha do Galo, e aceitou muito bem esse posto, se tornando assim uma atleticana de consideração. Ela recebeu, por exemplo, o Galo de Prata, maior honraria que o clube pode dar a uma pessoa.
? Uma vitória do Galo não é a mesma se a arquibancada não cantar “Vou Festejar”. Mas você sabe como começou essa história? ?
? Siga o fio e veja como a música gravada por Beth Carvalho se tornou o segundo hino do #Galo, a trilha sonora para o carnaval da Massa!#CarnaGalo ? pic.twitter.com/MCfAGRBM02
— Atlético (@Atletico) February 17, 2023
A segunda festa atleticana que virou carnaval foi mais recente, em 2021. Após conquistar o Campeonato Brasileiro daquele ano, voltando a levantar a taça após 50 anos, os torcedores foram até a Praça Sete, tradicional ponto de celebrações das torcidas de BH, onde lá receberam os jogadores e viram a festa ser comandada por Bell Marques, um dos maiores nomes do Axé no Brasil.
A Madrinha do Samba e a Rainha do Baixinhos
Presidido por Elias Kalil (pai de Alexandre Kalil), o Atlético realizou nos anos 80 o “Baile do Galo”, evento que acontecia uma semana antes do carnaval. Em 1983, no Mineirinho, o evento pegou de vez, principalmente por conta das presenças da já citada Beth Carvalho, que fez um show para os presentes, e da ainda jovem Xuxa Meneghel, que nem era a “Rainha dos Baixinhos” na época. Ela saiu de dentro de uma taça exibindo uma grande bandeira do Atlético.
O mesmo baile aconteceu novamente nos anos seguintes, e teve mais duas vezes a presença de Xuxa, em 1984 e 1985. O Baile do Galo foi um evento grande em BH nos anos 80, e contava com a presença de figuras importantes (além das já citadas) como políticos, dirigentes e jogadores.
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O Bloco do Galo
Na época do Baile do Galo, Belo Horizonte era uma cidade praticamente inexistente para o carnaval de rua. Mas as coisas mudaram nos últimos anos e a capital mineira já é uma das que mais coloca pessoas na rua no país, e o Atlético não está de fora disso.
Há sete anos foi criado o “Bloco do Galo”, que reune as baterias de várias torcidas organizadas do clube para saírem nas ruas e aproveitarem o carnaval para também festejar o Atlético. Nos últimos anos, o bloco saiu do Independência, na região central de BH. Em 2024, houve uma mudança, que deve perdurar para sempre: o bloco saiu da Arena MRV, nova casa atleticana, no Bairro Califórnia.