Mancha Verde ‘funciona normalmente’ em 1º jogo do Palmeiras sob proibição
Partida contra o Grêmio será o primeiro em casa depois da emboscada contra a Máfia Azul
Proibida de entrar nos estádios de São Paulo, ao menos do lado de fora, a Mancha Verde funcionou normalmente, na noite desta sexta-feira (8), nos arredores do Allianz Parque.
No “esquenta” para o jogo contra o Grêmio, pelo Campeonato Brasileiro, o movimento na sede da torcida, que conta com um bar, na Rua Caraíbas, a 200 metros do estádio era normal. Inclusive com a presença de torcedores do clube gaúcho.
Assim como as torcidas de Atlético-MG e Vasco — a Força Jovem tem uma mini-sede ao lado da Mancha — os tricolores são aliados da uniformizada do Palmeiras.
A loja da torcida, em frente à entrada principal do Allianz, que foi alvo de busca e apreensão no último dia 1º, também estava operando. Por conta da chuva, no entanto, o movimento antes do jogo não era muito alto.
Mar Branco será mantido
Embora não possa estar oficialmente no Allianz, a organizada vai se fazer presente no setor Gol Norte. Por meio de suas redes sociais, a torcida convocou seus sócios que vão ao jogo a vestirem branco.
Para tentar manter ainda mais padronizado o movimento denominado pela organizada de “mar branco”, a Mancha está comercializando uma camiseta com os dizeres “Torcida que Canta e Vibra”.
Ainda que, de alguma forma, a vestimenta identifique os membros da uniformizada, a peça não pode ser proibida, uma vez que não faz alusão explícita à Mancha.
Proibida de entrar nos estádios de SP, a Mancha Verde está comercializando uma camiseta com os dizeres “Torcida que Canta e Vibra” como forma de manter o mar branco de seu setor no Gol Norte do Alliannz Parque (R$ 75) pic.twitter.com/vBQioUqDG8
— Diego Iwata Lima (@DiegoMarada) November 8, 2024
Apenas um torcedor do Palmeiras foi preso
A Justiça de São Paulo homologou as prisões temporárias, por 30 dias, sete torcedores, acusados de participação na emboscada à Máfia Azul.
Jorge Santos, Leandro Santos, Aurélio Lima e Alekssander Tancredi, Felipe Santos, Neilo Silva e Jeovan Patini. Até o momento, apenas Tancredi foi preso. Os demais seguem foragidos.
A emboscada gerou racha e mal-estar entre associados da Mancha Verde, a maior torcida organizada do Palmeiras.
Sob condição de não serem identificados, alguns membros da organizada ouvidos pela Trivela se declararam decepcionados com o crime que culminou na morte do torcedor cruzeirense José Victor Miranda, de 30 anos.
Até mesmo sócios próximos à cúpula da Mancha se disseram muito abalados com o ocorrido. Em especial por conta de a Polícia Civil estar ligando o presidente Jorge Luis e o vice-presidente Felipe Matos, o Fezinho, ao ocorrido.
— Tô bem mal com tudo isso que fizeram e prefiro me manter longe — disse um dos ouvidos pela reportagem.