Brasil

Roger tem prioridade para resolver e tentar evitar o destino dos seus antecessores no Inter

Depois de um bom começo de temporada, o Inter chega em momento decisivo do ano em meio a uma turbulência

O Internacional passa por uma turbulência perto de um momento decisivo para a sequência da temporada colorada, com três derrotas seguidas, incluindo a goleada para o Botafogo por 4 a 0, no último domingo (11), pelo Campeonato Brasileiro. E este momento pode não ser apenas decisivo para o clube, como também para o técnico Roger Machado.

O histórico recente do Inter indica que o clube aproveita o meio da temporada para ajustar a sua rota. Nos últimos dois anos, a diretoria do Inter demitiu treinadores em julho. Primeiro, Mano Menezes em 2023. Depois, Eduardo Coudet em 2024.

Julho ainda está um pouco distante, mas o momento já é decisivo para Roger Machado. Na terceira colocação do Grupo F da Copa Libertadores, o Colorado enfrenta o Nacional, em Montevidéu, na próxima quinta-feira (15). E uma derrota no Parque Central pode complicar ainda mais a vida do treinador.

Não à toa, Roger Machado foi direto ao classificar o jogo desta quinta como o “mais decisivo no ano”, e ao comentar sobre um possível receio de que ele possa ter o mesmo destino de Mano Menezes e Eduardo Coudet no Inter.

— Acredito no trabalho. O meio do ano está muito longe. Eu preciso de soluções para quinta, o jogo mais decisivo do ano. E vamos buscar soluções para que a gente consiga uma vitória fora de casa e se mantenha vivo na competição que é muito importante pra nós — disse Roger Machado em coletiva.

Roger também mostrou confiança de que ele mesmo possa ser capaz de recuperar o time depois da recente sequência ruim, com três derrotas seguidas.

— Acho que posso recuperar, sem dúvida nenhuma. Nós, a direção e os atletas. O futebol é muito cíclico. Nós viemos de dois momentos de muitos jogos de invencibilidade, o Campeonato Gaúcho invicto — ressaltou Roger Machado.

O Inter de Roger foi goleado no Nilton Santos (Foto: Imago)
O Inter de Roger foi goleado no Nilton Santos (Foto: Imago)

Roger tem missão importante para Inter x Nacional

Para tentar evitar o mesmo destino de Mano Menezes e Coudet, Roger Machado precisa “remontar” o Inter, como o próprio citou, a partir de quinta-feira, contra o Nacional, pela Libertadores. E isso passa por voltar a ter uma defesa sólida.

O Inter de Roger Machado ficou invicto nesta temporada até o meio de abril, quando perdeu para o Palmeiras, no Beira-Rio. Mas o pior momento do clube começou em maio. Neste mês, foram três derrotas em três jogos, com 11 gols sofridos. Antes deste período, o Colorado havia sofrido 14 gols em 22 partidas em 2025.

Se serve de consolo para o torcedor colorado, Roger parece já ter feito uma autocrítica sobre parte dos problemas do Inter. Após a goleada para o Botafogo, quando optou por poupar os titulares, o técnico citou a necessidade de voltar a ter uma equipe mais equilibrada.

Não estou satisfeito com o rendimento, torcedor não está, estamos decepcionados. Nesses últimos jogos, de uma equipe muito sólida, se não estávamos criando muito, não sofríamos tanto. E agora passamos a sofrer defensivamente. Isso que me faz buscar essas alternativas para ter equilíbrio maior – ressaltou Roger.

No entanto, o técnico do Inter admitiu que a goleada sofrida no Nilton Santos pode ter “contaminado” o clima do Colorado para este importante sequência da equipe.

 — A opção de preservar alguns jogadores importantes para quinta-feira se mostra acertada porque o principal objetivo neste momento é a Libertadores e esse jogo decisivo. O que não queríamos é ter contaminado essa decisão com uma goleada fora de casa, que certamente indigna todos — ressaltou Roger.

O Inter de Roger Machado é o terceiro colocado do Grupo F da Libertadores, com 5 pontos. O Nacional, adversário de quinta-feira, tem quatro pontos. Neste momento, os clubes que se classificaram para as oitavas de final seriam o Bahia (7) e o Atlético Nacional-COL (6).

Foto de Gabriel Rodrigues

Gabriel RodriguesSetorista

Jornalista formado pela UFF e com passagens, como repórter e editor, pelo LANCE!, Esporte News Mundo e Jogada10. Já trabalhou na cobertura de duas finais de Libertadores in loco. Na Trivela, é setorista do Vasco e do Botafogo.
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