Brasil

‘Maior do Brasil’: Léo Ortiz abre o coração em apresentação e se declara ao Flamengo

Terceiro reforço do Flamengo nesta janela, Léo Ortiz foi apresentado oficialmente nesta sexta-feira (8), no Ninho do Urubu

A apresentação do zagueiro Léo Ortiz, terceiro reforço do Flamengo para 2024, aconteceu nesta sexta-feira (8), na sala de coletiva do Ninho do Urubu. O defensor falou sobre a longa novela que envolveu sua contratação, além das motivações, sempre claras, de vestir a camisa rubro-negra. Ele abriu o coração, colocou o clube como o maior do Brasil e analisou outros temas, como Tite, concorrência e numeração de peso.

O que Léo Ortiz disse durante a coletiva?

  • Apontou as motivações para se tornar jogador do Flamengo
  • Relembrou toda a negociação, que foi uma novela
  • Falou sobre a responsabilidade pela numeração no clube

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O que motivou Léo Ortiz a vir para o Flamengo?

— O Flamengo traz muitas oportunidades para a carreira, visibilidade para a seleção, mas o que me chamou mais atenção é a possibilidade de vencer títulos e entrar na história, é sempre difícil, mas entra num seleto grupo de pessoas. É uma oportunidade que não surge para qualquer jogador. Fico feliz por terem ido até o fim. As negociações foram difíceis por alguns momentos, principalmente depois que começaram os campeonatos. É difícil para o jogador atuar nesse cenário. Foi desgastante, não pelas pessoas, mas por treinar e jogar com tudo isso. Eu tinha confiança de que daria certo e viria no tempo certo. Em alguns momentos parecia que não iria andar e os dois se mostravam firmes. Eu sempre me posicionando com o Bragantino que era uma oportunidade única. Tudo tem um tempo para acontecer e aconteceu

O defensor ainda prosseguiu sobre a chance de vestir a camisa do Flamengo. Perguntado sobre a motivação antiga de marcar o Messi (sonhos altos), Léo Ortiz falou que o Rubro-Negro traz essa possibilidade, tanto pelo Mundial de Clubes da Fifa, quando pela Seleção Brasileira.

— A grandeza do Flamengo e a possibilidade de conquistar vitórias e títulos, entrar para a história de um grande clube no cenário brasileiro e mundial. Conquistar títulos foi a principal motivação. Eu já era titular lá, aqui venho para disputar posição, mas o principal é ganhar títulos, seja jogando 80 jogos ou 10. Quero participar de um clube vencedor — disse.

Léo Ortiz foi apresentado pelo Flamengo nesta sexta-feira (08) (Foto: Gui Xavier/Trivela)

Substituir um ídolo

Léo Ortiz chega para assumir a camisa 3 do Flamengo, que estava vaga desde a saída de Rodrigo Caio. A reportagem da Trivela teve a oportunidade de perguntar sobre a responsabilidade de substituir um ídolo e recebeu uma resposta extremamente interessante. O zagueiro relembrou outros da posição, além do Xerife, como Ronaldo Angelim e Aldair.

— Responsabilidade já é grande. Por tantos zagueiros que passaram aqui, alcançaram um nível grande. É meu objetivo também. Sei que será difícil, mas é a régua que o Flamengo coloca, estou motivado. O Rodrigo Caio eu admiro, tem qualidade, foi importante. Espero que possa repetir do meu jeito, mas com o mesmo sucesso. A importância de vestir essa camisa que Angelim, Aldair e Juan vestiram. Fico feliz de vestir o 3, que foi importante para mim nos últimos anos. Prometo retribuir em campo da melhor forma — analisou.

Sobre a novela/negociação

O jogador também falou sobre a longa novela que tomou sua negociação junto ao Flamengo. Léo Ortiz agradeceu a paciência da diretoria rubro-negra e confirmou que sempre deixou clara a vontade de vir para o Rio de Janeiro e vestir a camisa do clube.

— Agradecer ao Bruno e ao Braz principalmente, mas também ao Landim e o Belotti pela oportunidade. Agradeço pelo Braz e Spindel deixarem claro que iriam até o fim. Foi um comprometimento dos dois lados para ir até onde desse para que isso acontecesse. Eu expus minha vontade, já tinha falado isso no Bragantino, sempre com respeito ao clube. É uma oportunidade única que não bate duas vezes na porta. Não podia perder a oportunidade de estar aqui, estou feliz com a chegada e a recepção. Agora é a parte boa de jogar — confessou.

— Responsabilidade é sempre muito grande. Independente do valor, chegar ao Fla já traz uma responsabilidade grande. Saber que posso ser o zagueiro mais caro e maior ainda. Acredito que estou preparado para isso. Me preparei nos últimos anos para chegar a um clube como esse, para a seleção. O valor não entra em campo, o que vai marcar história é o que eu fizer no dia a dia e os títulos. Esse esforço vai valer a pena — finalizou.

O Flamengo volta a campo no fim de semana, mais especificamente no próximo sábado (09), para dar seu primeiro passo na fase final do Campeonato Carioca. O Rubro-Negro encara o Fluminense a partir das 21h (de Brasília), no Maracanã, valendo a vantagem na série que vale classificação à final do Estadual.

 

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Veja outros pontos abordados na coletiva

Sobre o Fla-Flu

— Muito bom cegar em um momento como esse já com clássico, um momento importante para o clube. Espero que a gente faça dois bons jogos para chegar até a final e já chegar pé quente e campeão. É importante chegar nesse momento, entender o tamanho do clube e do clássico. Estou ansioso para chegar amanhã, ver o Maracanã. Espero que eu esteja, vai depender do treinador. Acho que sim, estou em ritmo de jogo e preparado para quando chegar a oportunidades.

Torcida ajuda

— A gente se enfrenta pelo menos uma vez por ano no Maracanã. Durante esse tempo enfrentei muitas vezes e é sempre incrível. Mesmo contra já dá motivação pelo tamanho do clube, torcida, o Maracanã. Ter toda essa massa a favor vestindo essa camisa e sabendo que nos momentos bons e ruins vai estar do nosso lado e apoiando. Fico feliz, espero que muitas conquistas venham.

Tite ajudou na chegada?

— Ele foi o primeiro treinador que me levou à Seleção por três vezes. Ele tem muita fé no meu trabalho no campo e como pessoa pelo que me conhece. Nas primeiras conversas ele sempre manifestou esse desejo. O grupo é forte, tem qualidade e eu agregaria muito. Sempre foi muito primordial para que eu estivesse aqui, relatou para mim e me recebeu muito bem. Vamos poder ter um trabalho mais longo, na seleção é mais curto. Estou ansioso para me adaptar cada vez mais ao estilo dele, bate com as minhas características. Estou ansioso para estar adaptado ao que ele pede.

Estilo de jogo

— É da minha característica ajudar muito na construção do time. Gosto de ressaltar que o principal objetivo do zagueiro tem que ser na defesa. A construção é um bônus positivo hoje em dia. Precisam de jogadores que ajudem a construir lá de trás. Acredito que o Tite tenha pensado muito nisso, ele pregava por isso na Seleção e faz aqui. Chego para agregar nessa função, mas focando na parte defensiva primeiro. No que puder ajudar o time construindo, vou fazer.

— Trago muitas coisas (do futsal), foi o que me fez crescer no futebol de campo, que fui tarde. Quase tudo que aprendi foi no futsal, levei algumas coisas para o campo. Meu pai sempre foi o cara mais importante para mim, não só no campo, mas fora. Sempre foi um exemplo, o auge dele eu não vi fisicamente, sempre acompanhava os vídeos, mas vi o final. Foi importante para mim ver o profissionalismo, o caráter, a maneira como lidava com as pessoas. Serviu para o meu crescimento.

Concorrência na zaga

— De uma forma muito positiva. Além de meus companheiros estarem fazendo uma campanha muito boa e um momento defensivo muito bom, fica mais fácil de se adaptar. Eu venho para agregar, para que tenham mais jogos sem sofrer gols. Que todos possam crescer também. Quando tem muitos jogadores bons na mesma função, é sinal que todos vão evoluir. Vamos ter muitos jogos durante a temporada, sempre difícil repetir o time em todas as partidas. Será um problema muito bom para o Tite saber que tem bons jogadores na mesma posição.

Elenco é forte

— Tirar o sono não porque a gente tem que estar acostumado com isso. Mas o jogo com o Flamengo sempre se prepara bem, tem que se preparar melhor, jogadores de seleção. Temos que estar sempre prontos. Estudamos mais. Feliz agora de tê-los do meu lado. Agora vou poder usufruir da qualidade deles a meu favor.

Gosta de jogar Libertadores?

— Libertadores é uma competição que gosto muito de jogar. São boas de jogar e que o Flamengo tem um histórico positivo. Fico feliz de disputar uma competição como essa aqui, é totalmente diferente. Jogar a libertadores com a torcida apoiando no Maracanã é diferente. Estou feliz. Ansioso para ver quem vamos enfrentar.

Relacionamento com Fabrício Bruno e Matheus Gonçalves

— Fabrício e Matheus eu já tinha conversado antes de fechar aqui. Estavam me mandando mensagem perguntando como estava acontecendo tudo. Me receberam bem aqui, os outros jogadores também. Fabrício pude fazer história lá no clube, temos um entrosamento legal. O Matheus foi um tempo mais curto, mas sempre me tratou bem, nos respeitamos e chegar com eles fica mais fácil.

Foto de Guilherme Xavier

Guilherme XavierSetorista

Jornalista formado pela PUC-Rio. Da final da Libertadores a Série A2 do Carioca. Copa do Mundo e Olimpíada na bagagem. Passou por Coluna do Fla e Lance antes de chegar à Trivela, onde apura e escreve sobre o Flamengo desde 2023.
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