Brasil

Expulsão recorde de Rafa Silva tem festival de coincidências com lance do Cruzeiro de 2009

Atacante do Cruzeiro, que voltou a ser titular da equipe após quatro meses, recebeu cartão vermelho com três segundos de jogo

O Cruzeiro vive um momento muito ruim na temporada e tudo que pode dar errado tem dado para o clube celeste. O atacante Rafa Silva, que voltou a ser titular da equipe após quatro meses afastado por lesão, foi expulso com três segundos de jogo, neste sábado (26), contra o Athletico-PR.

Mesmo precisando pontuar no Brasileirão, a equipe do treinador Fernando Diniz entrou em campo com dez reservas, visando o jogo de volta da semifinal da Copa Sul-Americana, que será disputado na quarta-feira (30), contra o Lanús, na Argentina. A ida, jogada no Mineirão, ficou empatada em 1 a 1.

Rafa, de 32 anos, recebeu o cartão vermelho, aplicado pelo árbitro Rodrigo José Pereira de Lima (FIFA/PE), logo após a saída de bola inicial da partida.

O jogador da Raposa foi excluído do jogo por ter deixado o cotovelo no pescoço do zagueiro Kaique Rocha em lance sem bola. O VAR revisou o lance e manteve a decisão de campo.

Expulsão é a mais rápida da história do Campeonato Brasileiro e iguala recorde mundial

A expulsão após uma falta cometida com três segundos de jogo é a mais rápida da história do Campeonato Brasileiro e igualou o recorde mundial no quesito.

O cartão vermelho mais rápido já registrado na história do futebol aconteceu em uma partida do sétimo nível do futebol inglês, no confronto Bashley x Chippenham Town, que terminou com vitória de 2 a 1 para os mandantes.

O atacante David Pratt, do Chippenham, foi expulso por falta cometida também aos 3 segundos de jogo.

Cruzeiro viveu situação muito parecida em 2009

A expulsão de Rafa Silva coincide em vários pontos com a do atacante Zé Carlos, também do Cruzeiro, em 2009.

Na ocasião, o Cruzeiro entrou em campo para um clássico contra o rival Atlético-MG, no Mineirão, com um time reserva, também poupando seus principais jogadores para uma decisão continental — neste caso, a final da Copa Libertadores de 2009.

O também atacante Zé Carlos foi o escolhido para iniciar o jogo, mas prejudicou sua equipe ao dar uma cotovelada no rosto do volante Renan aos 7 segundos de partida, o que rendeu uma expulsão, aplicada pelo árbitro Paulo César de Oliveira.

O Cruzeiro perdeu o jogo por 3 a 0 — assim como contra o Athletico-PR, nova coincidência — e, posteriormente, viria a também perder o título da Libertadores, para o Estudiantes de La Plata.

Na ocasião, Zé Carlos pediu desculpas a seus torcedores e companheiros, afirmando que a agressão não foi intencional.

— O Fabrício tocou a bola para mim, eu escorreguei e quando fui girar meu braço pegou no rosto do Renan. Eu pedi desculpa para ele e o juiz já veio com o cartão vermelho. O lance não foi por maldade e nem por querer — afirmou, na ocasião, o jogador.

Foto de Maic Costa

Maic CostaSetorista

Maic Costa é mineiro, formado em Jornalismo na UFOP, em 2019. Passou por Estado de Minas, No Ataque, Superesportes, Esporte News Mundo, Food Service News e Mais Minas, antes de se tornar setorista do Cruzeiro na Trivela.
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