Brasil

Os pedidos de Natal da Seleção Brasileira são muitos (e urgentes!)

Os desejos para a Seleção Brasileira vão além do Natal, num momento desesperador que nunca antes pensamos que viveríamos

Esse foi o pior ano da história da Seleção Brasileira. A péssima fase que começou ainda no final de 2022, com a eliminação diante da Croácia na Copa do Mundo, foi aumentando gradativamente e parece estar longe do final. Os maus-tratos de dirigentes à Canarinho tem ficado cada vez mais evidente e, não fosse o aumento de vagas para o Mundial de 2026, que terá como sedes Estados Unidos, México e Canadá, talvez o Brasil arriscasse ficar fora da competição pela primeira.

Diante deste cenário de caos, a Trivela pensou em três presentes que o Papai Noel poderia trazer para a Seleção Brasileira e que seriam essenciais para que tivessemos um 2024 melhor, mais organizado e, claro, com mais vitórias. Porque o discurso de que pior que estão não fica, já percebemos, não cola: ainda há mais espaço para que o buraco no qual está a Canarinho só aumente. Então vamos lá.

A Seleção Brasileira precisa de um técnico efetivo

Isso era inimaginável há alguns anos atrás, mas a Seleção Brasileira completou simplesmente um ano sem técnico efetivo. Tite, hoje no Flamengo, deixou o comando ao final da Copa do Mundo no Catar e, desde então, não foi reposto. Ramon Menezes, hoje na Seleção Olímpica, foi o primeiro interino e realmente não deu certo. Hoje, o cargo é ocupado por Fernando Diniz, que divide seu tempo entre a Seleção e o Fluminense.

A discussão aqui não é nem se Fernando Diniz é ou não o mais qualificado, mas sobre a vacância no cargo. Diz a CBF que há uma espera por Carlo Ancelotti, hoje no Real Madrid, mas o treinador diversas vezes já falou que não tem seu destino definido. Na metade do ano que vem, faltarão dois anos para a Copa do Mundo, ou seja, metade do ciclo já terá passado. E a Seleção Brasileira sequer tem um técnico para chamar de seu.

A Seleção Brasileira precisa de um craque que seja referência

Há anos e anos que Neymar tem sido a única referência de maior porte da Seleção Brasileira. Acontece que ele não é mais o mesmo e sequer deve estar apto fisicamente para jogar a Copa América, que será disputada no meio de 2024 nos Estados Unidos. O Brasil precisa esquecer Neymar, que há anos vem mostrando decadência dentro de campo, e partir para a busca de algum jogador que seja referência.

Hoje, nenhum dos atletas que têm sido convocados com frequência conseguem assumir esse papel. Vinicius Junior, por exemplo, tem sido cada vez mais líder e fundamental no Real Madrid, mas não consegue exercer o mesmo papel na Seleção Brasileira. Sem um líder técnico dentro de campo, que chame a responsabilidade e possa tornar o ambiente melhor para os mais novos, dificilmente veremos o Brasil prosperar de novo.

A Seleção Brasileira precisa voltar aos braços dos brasileiros

Não é de hoje que a Seleção Brasileira está afastada do torcedor brasileiro e isso é extremamente prejudicial. Teremos alguns bons amistosos em 2024, já confirmados pela CBF, mas todos eles acontecerão na Europa. Com a Copa América sendo nos Estados Unidos, a primeira chance do torcedor local assistir à Seleção será em setembro, nas Eliminatórias para a Copa do Mundo.

Muito pouco para um povo que sempre foi apaixonado e moveu a Seleção. Hoje, afastado, o torcedor brasileiro praticamente não liga para a Canarinho, e isso acaba tendo uma influência gigantesca no desempenho em campo. Não há identidade e nem identificação, fatores fundamentais para o sucesso de qualquer seleção mundo afora — que o diga a Argentina, atual campeã mundial.

Foto de Eduardo Deconto

Eduardo DecontoSetorista

Jornalista pela PUCRS, é setorista de Seleção e do São Paulo na Trivela desde 2023. Antes disso, trabalhou por uma década no Grupo RBS. Foi repórter do ge.globo por seis anos e do Esporte da RBS TV, por dois. Não acredite no hype.
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