Recife vive cenário de guerra civil com embate entre torcidas organizadas

As ruas do Recife se transformaram em campo de batalha neste sábado (1º), com diversos registros de confrontos entre torcidas organizadas desde as primeiras horas do dia.

Vídeos divulgados nas redes sociais mostram cenas de violência extrema, incluindo espancamentos, explosões, correria e atos de vandalismo.

A poucas horas do clássico entre Santa Cruz e Sport — agendado para 16h30 –, grupos organizados entraram em choque, resultando em cenas chocantes de brutalidade. As imagens circulam amplamente e exibem homens desacordados, suplicando por ajuda enquanto são agredidos, despidos e até mesmo seviciados.

CENAS FORTES🚨CAOS INSTAURADO EM RECIFE PERNAMBUCO. CENÁRIO DE GUERRA ENTRE TORCIDAS ORGANIZADAS DE SPORT E SANTA CRUZ ANTES DO JOGO.
Senado alcolumbre girao BBB pic.twitter.com/IOhioApA2I

— CANAL BRASIL LIVRE TV (@canalbrasilivre) February 1, 2025

Efetivo de 645 policiais

Até o momento, a Polícia Militar de Pernambuco não se pronunciou sobre os episódios. Na sexta-feira (31), em coletiva de imprensa, a corporação havia anunciado que a segurança do Clássico das Multidões contaria com um efetivo de 645 policiais.

Diante da escalada da violência e da pressão popular, o presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), deputado Álvaro Porto (PSDB), pediu oficialmente ao Governo do Estado e à Federação Pernambucana de Futebol o cancelamento da partida. O prefeito do Recife, João Campos (PSB), também se manifestou a favor da suspensão do jogo.

No entanto, em entrevista ao “ge”, o presidente da Federação Pernambucana de Futebol, Evandro Carvalho, descartou a possibilidade de cancelamento, argumentando que isso poderia intensificar os confrontos:

— Não faz sentido cancelar o jogo porque joga gasolina na fogueira. O jogo tem que acontecer para reduzir a violência — declarou.

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Não há registro de mortos

A governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, usou as redes sociais para condenar os atos de vandalismo e afirmou que tomará as medidas necessárias para responsabilizar os envolvidos.

O Hospital da Restauração (HR), maior unidade de emergência de Pernambuco, informou que, até o meio da tarde, 12 pessoas deram entrada na Emergência Geral devido a agressões físicas. Todas as vítimas estão sendo atendidas pelas equipes de plantão. Até o momento, não há registro de óbitos.