Caso Bruno Henrique: o que lei prevê sobre possível punição a atacante do Flamengo?
Jogador teria forçado cartões durante um confronto diante do Santos em novembro de 2023 e virou alvo de investigação da PF
Bruno Henrique, atacante do Flamengo, se tornou alvo de investigação por parte da Polícia Federal e do Ministério Público do Rio de Janeiro.
As autoridades deflagraram nesta terça-feira (05) a Operação Spot-fixing. O procedimento visa investigar uma possível manipulação do mercado de cartões no confronto entre Flamengo e Santos, ocorrido em novembro de 2023, pelo Campeonato Brasileiro.
Bruno Henrique acabou expulso de campo após tomar dois cartões em sequência já no final da partida. Um por falta em Soteldo, e outro após reclamar com a arbitragem de Rafael Klein.
O jogador se tornou suspeito de forçar tais cartões, o que teria beneficiado familiares e amigos que apostaram que o atacante seria advertido em campo.
O que pode acontecer a Bruno Henrique?
Caso seja comprovado que Bruno Henrique forçou os cartões para beneficiar os apostadores, o atacante rubro-negro pode ser punido severamente pela Justiça Desportiva.
Em entrevista ao UOL, o advogado Carlos Henrique Ramos ressaltou que o atacante pode ser denunciado com base no artigo 243-A do Código Brasileiro de Justiça Deportiva (CBJD).
Por enquanto, tudo é condicional, já que as investigações estão em andamento. No entanto, caso seja comprovada a manipulação, o jogador do Flamengo pode receber uma multa, mais punição de seis a 12 jogos.
“Em primeiro lugar, vale ressaltar que há investigações em andamento, então tudo fica no condicional. Caso fique comprovada a participação dele, entendo que ele poderia ser denunciado com base no art. 243-A do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), por atuar contrariamente à ética desportiva com o objetivo de influenciar o resultado de partida. A pena, a princípio, seria de multa e suspensão de 6 a 12 partidas. Como não é reincidente, não se fala em banimento neste momento“, afirmou Carlos Henrique Ramos.
Operação Spot-fixing investiga familiares e amigos de Bruno Henrique
Mais de 50 policiais federais e seis promotores de Justiça do Grupo de Atuação Especializado ao Crime Organizado do Ministério Público do Rio de Janeiro (GAECO/MPRJ) cumpriram 12 mandados de busca e apreensão em endereços localizados na capital carioca, e em cidades de Minas Gerais.
Os mandados são cumpridos em todos os endereços residenciais dos investigados, incluindo a casa de Bruno Henrique, na zona oeste do Rio de Janeiro.
Também foram alvo das buscas as sedes das empresas DR3 – Consultoria Esportiva LTDA e BH27 Oficial LTDA, que têm o atleta como sócio, em Lagoa Santa (MG); e o quarto do jogador no Ninho do Urubu, Centro de Treinamento do Flamengo.
Conforme apurado pela CNN, além de Bruno Henrique, também são alvos da investigação os seguintes parentes e amigos de Bruno Henrique: Wander Nunes Pinto Junior (irmão); Ludymilla Araújo Lima; Poliana Ester Nunes Cardoso (prima).
Claudinei Vitor Mosquete Bassan e Rafaela Cristina; Elias Bassan, Henrique Mosquete do Nascimento, Andryl Sales Nascimento dos Reis, Douglas Ribeiro Pina Barcelos e Max Evangelista Amorim, moram em Belo Horizonte, cidade natal de Bruno Henrique e possuem algum vínculo com o futebol.