Ao longo dos últimos anos, a Chapecoense nos ofereceu uma das trajetórias mais bonitas e contagiantes do futebol mundial. A ascensão do Verdão do Oeste tinha contornos de realismo fantástico, digno dos melhores escritores da literatura latino-americana. Toda aquela epopeia maravilhosa às vezes até soava como inacreditável. Hoje, o desejo de todos é que a realidade dura que nos abate fosse, esta sim, apenas um devaneio. Custa acreditar que tantas pessoas, que pareciam tão próximas, mesmo de longe, tenham feito parte de tamanha tragédia. Custa digerir a dor de quem convivia com todos eles de perto.
A Chapecoense se transformou no clube que todos passaram a admirar. Que todos queriam chamar um pouquinho também de seu. É a valentia que se demonstrava a cada partida. É a grandeza que surgia quando menos se esperava, para escrever a história continuamente. É a pequenez de um time, que, no fim das contas, acabava sendo um pouquinho do que todos nós queremos na vida ao encarar as dificuldades. Que cabia em tanta metáforas além dos gramados ou das arquibancadas. E que, no fim das contas, era o modelo de futebol com que quase todo mundo sonha: apaixonado, abraçado por sua torcida, bem gerido. Exemplar.
Neste momento em que as palavras fogem e, de qualquer forma, são insuficientes, relembramos um pouco do conto de fadas vivido pela Chape ao longo dos últimos anos. Indicamos 11 crônicas recontando a trajetória que tanto nos empolgou. Que permanecerá para sempre nas lembranças, assim como permanece a gratidão por tudo o que nos proporcionou. A memória garante a todos, principalmente aos amigos e familiares, um pouco de consolo nesta realidade difícil de assimilar.
Fica a nossa homenagem:
Novembro de 2016
A ascensão de Santa Catarina: austeridade, paixão e apoio local
