Alessandro Barcellos é reeleito presidente do Internacional

Alessandro Barcellos seguirá como presidente do Internacional no próximo triênio (2024-2026). Em eleição realizada neste sábado (9), o atual mandatário foi reeleito, pela Chapa 1, com 53,68% dos votos. Candidato de oposição, da Chapa 2, Roberto Melo recebeu 45,41% dos votos.

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— Nícolas Wagner (@NicoWagner) December 9, 2023

Apesar da continuidade de Barcellos na presidência, haverá renovação nas vice-presidências. O novo Conselho de Gestão conta com Dalton Schimitt como 1º vice-presidente, Ivandro Morbach como 2º vice-presidente, Victor Grunberg como 3º vice-presidente e Miguel Dagnino como 4º vice-presidente.

Ao todo, 29.800 sócios colorados votaram, o que faz desta a maior eleição de um clube de futebol brasileiro em todos os tempos. 1.835 votaram presencialmente, no Gigantinho, e 27.961 de forma virtual. Houve ainda quatro casos de votos em apartado.

Além da votação para a presidência do clube, também foram renovadas 150 das 300 cadeiras do Conselho Deliberativo. A Chapa 2 teve 29,02% dos votos, ficando com 48 cadeiras; a chapa 4, 26,8% dos votos, e 44 cadeiras; a chapa 1, 21,29% dos votos, e 35 cadeiras, e a chapa 3, 14,18% dos votos, e 23 cadeiras.

Interrompido por xingamentos de militantes, Barcellos dá primeiro discurso

Após muita festa com apoiadores nas arquibancadas do Gigantinho, Barcellos se dirigiu para o palco, onde deu seu primeiro discurso como presidente reeleito. O início da fala foi interrompido por gritos de militantes. Os da oposição, enquanto deixavam o ginásio, bradavam “Ei, Barcellos, vai tomar no c*”, enquanto os aliados do presidente retrucavam com “Ei, MIG, vai tomar no cu”, se referindo ao grupo político de Melo.

A fala de Barcellos foi justamente no sentido de pacificar o clube. O presidente destacou que vai trabalhar com e para todos torcedores do Internacional.

— Essa eleição nos dá oportunidade, agora, de juntarmos os colorados, de estarmos unidos, todos nós, para que as coisas comecem a acontecer como a gente quer. Para que as conquistas e os títulos venham — destacou.

Apesar disso, Barcellos não deixou de alfinetar a oposição. Primeiro, pelas referências ao passado. Depois, pela campanha marcada por ataques e polêmicas nas redes sociais.

— Venceu a lisura, a postura ética, a postura correta. E isso não serve para todo mundo que estava contra nós — disparou.

Barcellos também fez uma autocrítica quanto aos três primeiros anos de gestão, em que, além de não conquistar títulos, o Inter sofreu algumas eliminações traumáticas dentro de casa. Mas citou a dificuldade que foi pegar o clube no início de 20201 e garantiu que sabe o que precisa ser feito a partir de 2024

— O trabalho difícil tinha que ser feito. Ainda tem muito por fazer. Sabemos onde erramos, e sabemos como vamos acertar. Isso é importante. E o torcedor percebeu — bradou.