CEO do Al-Hilal é sincero sobre saída de Neymar: ‘Não era mais capaz de entregar’
O dirigente falou sobre a saída de Neymar em entrevista a um jornal alemão
Esteve Calzada, CEO do Al-Hilal foi direto ao dizer que Neymar ”não era mais capaz de entregar o que era esperado pelo clube”. O dirigente concedeu entrevista ao jornal alemão ”Süddeutsche Zeitung” na qual explicou que a saída do brasileiro da equipe foi a melhor solução para ambos os lados.
O executivo ainda pondera a importância do brasileiro em termos de marketing e publicidade para o clube, mas reitera que em termos de desempenho, não entregou o que a equipe precisava.
— Sua saída é mais uma evidência de que nós do Al Hilal estamos procurando e precisando de jogadores que sejam capazes de entregar o máximo de desempenho. Por mais que Neymar tenha contribuído para nosso sucesso de marketing, o desempenho atlético vem em primeiro lugar e aqui chegamos à conclusão de que ele não é mais capaz de entregar o que esperávamos — disse Esteve Calzada.
Na Arábia Saudita, Neymar passou por diversos problemas físicos e uma lesão no joelho que o tirou dos gramados por mais de um ano. Ao todo, o astro da seleção brasileira a e atual camisa dez do Santos disputou somente sete jogos pelo Al-Hilal, marcando apenas um gol.
Dirigente justifica saída de Neymar a quantidade de estrangeiros na liga saudita
Calzada foi contestado após dizer que Neymar não tinha mais condições de desempenhar o máximo de seu futebol. Um dos jornalistas presentes utilizou o fato do brasileiro estar atuando no Santos para refutar a primeira resposta do dirigente.
Para tentar se justificar, o CEO do Al-Hilal lamentou a lesão de ligamento cruzado sofrida pelo atacante em sua chegada ao clube e usou a quantidade limitada de inscrições de estrangeiros na liga saudita.
— Não estou dizendo que ele não pode mais jogar, mas a competição em nosso time é acirrada. Temos um número limitado de vagas para jogadores estrangeiros e eles estão fazendo um excelente trabalho. Neymar não está no nível atual que lhe permite atuar no nível que precisamos para atingir nossos objetivos de vencer a liga, vencer a Liga dos Campeões da AFC e atingir o nível máximo possível no Mundial de Clubes — justificou.
Neymar jogou cerca de 75 minutos do duelo entre Santos e Novorizontino pela oitava rodada do Campeonato Paulista. Praticamente um tempo inteiro a mais do que em sua estreia diante do Botafogo-SP na Vila Belmiro.
O astro tem contrato com o Santos até 30 de junho de 2025 e quer aproveitar o tempo no Brasil para ganhar ritmo de jogo e ajudar o Peixe, seja em campo ou fora dele.
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Jorge Jesus fez afirmação parecida sobre o brasileiro
Em janeiro deste ano, pouco antes de Neymar acertar sua rescisão com o Al-Hilal, Jorge Jesus, treinador do time árabe, justificou a ausência do brasileiro no time que disputa a Saudi Pro League ao fato da falta da condição física do atleta.
O português disse em entrevista que, apesar de sua qualidade em campo, fisicamente, não estava conseguindo acompanhar o restante de seus companheiros nos treinamentos.
— Ele vem de uma lesão que o tirou da competição. Quando estava quase voltando, voltou a se lesionar. É um jogador que não deixa dúvidas a ninguém, de top mundial. Mas a verdade é que fisicamente não tem conseguido acompanhar a equipe — ponderou o treinador.
No último dia quatro de fevereiro, Neymar revelou que saiu do Al-Hilal chateado com o treinador. Neymar rebateu as afirmações de seu antigo comandante dizendo estar apto a jogar e treinava na mesma intensidade dos demais jogadores do time saudita.
— Estou pronto para jogar. A base de treinos eu tinha, mas eu precisava de jogos. E essas foram as discussões que eu tive recentemente. Obviamente que fiquei muito chateado com as palavras do Jorge Jesus quando ele falou que eu não estava nas mesmas condições da equipe. Nos treinos eu demonstrava que estava, sim, apto a jogar, que estava, sim, nas mesmas condições dos outros atletas — disse Neymar.
