Empate do Vasco expõe grande dúvida no ataque apesar de bela atuação de trio
Na altitude, Cruz-Maltino abre dois de vantagem com destaque de Coutinho e Vegetti, mas sucumbe para Melgar
O Vasco abriu dois gols de vantagem sobre o Melgar em pleno Monumental de la UNSA, a 2,3 mil metros de altitude, mas recuou e tomou um sofrido empate por 3 a 3 pela 1ª rodada do grupo G da Copa Sul-Americana nesta quarta-feira (2). Apesar da decepção com o resultado, o torcedor vascaíno viu uma atuação de gala de quase todo seu ataque, mesmo que ainda tenha deixado uma grande dúvida.
Philippe Coutinho começou o triunfo com uma chapada especular no ângulo, logo aos dois minutos de partida. Cerca de meia hora depois, o camisa 11 mostrou genialidade novamente com um belo passe de trivela para Pablo Vegetti marcar.
O centroavante argentino também apareceu para concluir um passe do ponta esquerda Nuno Moreira, já no segundo tempo, após dividir com a defesa. Três dos quatro homens de frente deixaram sua participação, só faltou o que atuou pela direita.
🏴☠️ 2️⃣ vezes Vegetti, 3️⃣ vezes @VascodaGama!
— CONMEBOL Sudamericana (@SudamericanaBR) April 2, 2025
🏆 CONMEBOL #Sudamericana | #GrandeConquista pic.twitter.com/8OaN6WJQBX
Na ponta direita, Benjamín Garré, também titular na vitória sobre o Santos pelo Brasileirão, fez outro jogo abaixo do esperado e de pouco brilho. Meia de origem, o argentino não consegue dar profundidade, mas também ainda não mostrou técnica com a canhota ao trabalhar por dentro. Ele ainda pecou na recomposição e foi um dos problemas do Vasco na partida.
Fábio Carille mudou o lado direito do ataque logo no intervalo, com a entrada do jovem Rayan, jovem que brilhou no Sul-Americano sub-20 com a seleção brasileira e já soma dois gols pelo clube em 2025. O garoto de 18 anos não teve muita participação ofensiva pelo contexto do jogo e ainda deixa dúvidas para o técnico do Gigante da Colina sobre quem escalar na posição, pois também recompôs mal.
A ponta direita ainda é uma dúvida para Carille montar o time titular, que vive com problemas nos lados do ataque desde o ano passado e buscou reforçar o setor na última janela de transferências.
O Vasco segue sem vencer fora do Brasil na Sul-Americana, pois, em 14 partidas anteriores como visitante na competição, só ganhou do Athletico Paranaense, em 2007.
Vasco é mortal em ataques e dá sorte no 1º tempo
O gol cedo do Vasco pareceu acomodar a equipe brasileira no jogo. Apesar de marcar o segundo, aos 31, o lado visitante sofreu por quase toda etapa inicial. O Melgar rondava a área adversária com muito perigo, tinha nos pés de Tomás Martínez uma arma a todo momento com bons passes e usava bem os lados do campo.
Especialmente à esquerda, em cima de Paulo Henrique, o time peruano conseguiu o pênalti e o escanteio que culminou no gol de Rodríguez no fim do primeiro tempo. A penalidade foi desperdiçada por Martínez, mas o escanteio curto, cobrado aos 38, terminou nas redes após cabeçada de Gregorio Rodriguez em cruzamento de Orzan.
Antes, já tinha tido duas boas chances. Martínez obrigou defesa de Léo Jardim de fora da área aos nove e, no minuto seguinte, Mauricio Lemos apareceu em cima da linha para impedir o gol de Gregorio Rodriguez.
- - ↓ Continua após o recado ↓ - -
Melgar pressiona e busca empate heroico
Logo aos seis, a defesa do Melgar dormiu e deu a bola para Nuno servir Vegetti. Logo na sequência, Paulo Henrique puxou contra-ataque perigoso e mandou por cima do gol.
A partir daí, o time peruano tomou conta da bola e o Vasco só se defendeu. Por duas vezes, Orzan quase diminuiu a derrota. Na primeira, em escanteio na segunda trave, o jogador cabeceou mal, por cima do gol. Em outra, o chute cruzado rasteiro passou rente à trave.
O segundo gol peruano só veio aos 34, quando um belo cruzamento de Cabrera terminou com cabeçada certeira de Facundo Castro — houve reclamação vascaína de empurrão do atacante em Mauricio Lemos. A pressão final do mandante pesou, Léo Jardim teve que espalmar dois chutes perigosos e, aos 44, veio outra bola área e o gol de Cabrera.
