Vale a pena visitar o Museu do Futebol Sul-Americano da Conmebol?
Atração tem sido muito buscada pelos torcedores que viajaram para a final da Copa Sul-Americana, entre Racing e Cruzeiro
A final da Copa Sul-Americana de 2024, que será disputada neste sábado (23), entre Racing, da Argentina, e Cruzeiro, tem trazido milhares de torcedores à cidade de Assunção, capital do Paraguai, sede da grande decisão da competição.
Com o aumento exponencial do fluxo de torcedores, especialmente argentinos e brasileiros, a busca por pontos turísticos e passeios na cidade também cresceu. E como se tratam de fãs de futebol, um dos destinos que mais chama a atenção é o Museu do Futebol Sul-Americano da Conmebol, que fica em Luque, cidade vizinha.
Localizado na Avenida Sudamericana, como não poderia ser diferente, o museu faz parte do complexo da entidade máxima do futebol sul-americano, junto do Centro de Convenções e próximo da sede, do CT e do Hotel Bourbon da confederação.
Presente em Assunção, a Trivela visitou o local para responder a pergunta: vale a pena visitar o Museu do Futebol Sul-Americano da Conmebol?
A chegada ao museu
O Museu do Futebol Sul-Americano da Conmebol fica localizado no Centro de Convenções da entidade. Atualmente, como boa parte de Assunção, o local respira a final da Copa Sul-Americana e está decorado com a identidade visual da competição.
Já na entrada, o visitante se depara com a lojinha do museu, que tem diversas réplicas de taças de campeonatos organizadas pela Conmebol, de vários tamanhos, peças de vestuário personalizadas e stickers.
Passando a loja, há um corredor enfeitado com flâmulas de clubes separados por países. Primeiro, há o Brasil, com um grande número de equipes, desde as principais até emblemas mais modestos, como a Caldense, da mineira Poços de Caldas.
Depois das equipes brasileiras, são vistos clubes venezuelanos, paraguaios, argentinos e assim por diante.
A primeira sala do Museu da Conmebol
Passando pelo corredor, se chega na primeira sala do Museu do Futebol Sul-Americano da Conmebol, focada no futebol de Seleções.
Grandes painéis de equipes campeãs, telões passando vídeos e fotos históricas, uniformes antigos, como uma camisa do Uruguai campeão mundial de 1930 — além de bola e chuteira da época —, camisas de Seleções Campeãs autografadas, como a da Seleção Brasileira Feminina que venceu a Copa América de 2022 —, e até mesmo um terno de viagem utilizado por Pelé na única Copa América que disputou, em 1959, da qual o Brasil foi vice-campeão. O camisa 10 foi o artilheiro com oito gols.
Também há um espaço destinado para as Copas América de Futsal e Futebol de Areia.
Estátuas de Pelé, Messi e Maradona em tamanho real, segurando a Taça da Copa do Mundo, fazem a alegria dos torcedores, que a todo momento tiram fotos com as lendas.
Há, ainda, uma gigantesca tela interativa com diversas fotos de momentos históricos do futebol sul-americano. É possível clicar em cada uma delas, expandindo-as e, assim, assistir vídeos ou ler informações que as contextualizam.
Camisas de jogadores sul-americanos que se destacaram em clubes de outros continentes são projetadas sequencialmente em bustos, algo bem interessante de observar.
Outro ponto interessante é um painel memorial para equipes que viveram tragédias. Entre as citadas, está o desastre aéreo do voo da Chapecoense que caiu em 2016, que deixou 71 mortos e apenas seis sobreviventes.
VAR e ‘espelho mágico’
Outro ponto interessante é o VAR interativo, onde o visitante vê lances de partidas e tenta acertar na tomada de decisão. Várias câmeras são disponibilizadas, assim como o árbitro de vídeo real.
O ‘espelho mágico’ mostra fotos de jogadores e o torcedor tem que replicar as poses destes.
A segunda sala
A segunda sala do museu pode ser acessada por um corredor de flâmulas semelhante ao primeiro, com clubes de países que ainda não haviam aparecido, como Equador, Bolívia e Colômbia, por exemplo.
Paralelo à sala, há um corredor com totens que homenageiam os grandes estádios da América do Sul. Os brasileiros que aparecem são: Maracanã, Morumbi, Mineirão, Neo Química Arena, Arena do Grêmio e Beira-Rio.
Após os totens, há uma sala imersiva onde um curta sobre a Copa Libertadores é exibido.
Enfim, chegando à sala, há duas paredes onde são homenageados os campeões da Libertadores, Sul-Americana e Recopa. Cada clube campeão tem uma camisa exposta, algumas autografadas. Em parte deles, há bolas das finais, medalhas, luvas de goleiro e demais complementos.
Chama a atenção algumas camisas clássicas expostas, como a do Cruzeiro de 1976, o Racing de 1967, Estudiantes de 1978 e o Nacional do Uruguai de 1971. São relíquias.
É uma experiência completa, com músicas tema, vídeos, fotos e bela ambientação.
Até mesmo bandeirinhas de escanteio das finais sul-americanas recentes ganharam seu espaço.
Telas interativas transportam ao passado
Outro ponto interessantíssimo são as telas interativas presentes pelo museu. Na área das competições de clubes, é possível escolher finais das competições da Conmebol e navegar entre relatos das campanhas dos campeões, formações-base dos times, campanha completa e vídeos e fotos dos confrontos selecionados, ainda que sejam jogos de décadas passadas.
Estande da final da Copa Sul-Americana de 2024, entre Racing e Cruzeiro
No espaço, ainda há um estande dedicado à final da Copa Sul-Americana de 2024, entre Racing e Cruzeiro. São duas camisas autografadas das equipes, com a taça da competição entre elas, e algumas telas que mostram vídeos das campanhas da dupla na competição.
Também há, ao lado, uma tela interativa com um quiz sobre a Copa Sul-Americana. Deixando a sala, mais três monitores do tipo, todos touch-screen, com trívias sobre o futebol da América do Sul, em geral. Os usuários são ranqueados após o fim da brincadeira.
E afinal, vale a pena visitar o Museu do Futebol Sul-Americano da Conmebol? O autor que vos escreve garante: vale. E vale muito!