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O River Plate consegue sua resposta contra o Fluminense, com uma vitória que nutre suas chances

O River Plate precisava do resultado no Monumental de Núñez e, num jogo cheio de chances de gol, conseguiu impor a vitória por 2 a 0

Ao menos pelo ímpeto, o River Plate parecia disposto a devolver a goleada sofrida semanas atrás diante do Fluminense no Maracanã, pela Copa Libertadores. Os millonarios partiram com tudo no reencontro desta quarta-feira, no Monumental de Núñez, e foram superiores nos 60 minutos iniciais, mas conseguiram anotar apenas um gol. Já o Flu, que criava chances mesmo quando tomava pressão, cresceu no segundo tempo e tentou o empate. Contudo, os tricolores não concretizaram a reação e ainda tomaram o segundo gol nos acréscimos. O placar de 2 a 0 premia a resposta do River no confronto, com um jogo cheio de oportunidades. O resultado é vital para os argentinos, que sustentam suas chances de classificação rumo à rodada final. Já os cariocas não conseguem a vaga antecipada nas oitavas e precisarão completar o serviço no último compromisso da chave.

O River Plate iniciou a partida num ritmo muito alto. Adiantava suas linhas e provocava uma blitz no campo ofensivo. As redes balançaram logo aos quatro minutos, num grande passe de Nicolás de la Cruz para Pablo Solari vencer Fábio. Porém, o tento seria anulado por impedimento. O Fluminense se safava, depois do desleixo defensivo. O River seguiu melhor nos minutos seguintes, com recuperações rápidas no campo de ataque. Nacho Fernández também teve um tiro perigoso para fora, aos dez. Só depois disso que o Flu teve um respiro maior, com um chute de Samuel Xavier que Franco Armani espalmou. O jogo também ficava com chegadas mais firmes.

O Fluminense conseguiu ter seu escape nos contra-ataques de maneira mais constante depois dos 20 minutos. Num bom avanço de Jhon Arias pela direita, Lima chutou com perigo. Depois, seria a vez de Cano mandar do lado externo da rede. Só que essa melhora dos tricolores não duraria tanto e o River Plate até buscou ser mais agressivo na reta final do primeiro tempo. Esequiel Barco queimou as luvas de Fábio numa pancada em cobrança de falta, aos 35, e Lucas Beltrán deixou o goleiro estático numa cabeçada para fora no minuto seguinte. Os millonarios precisavam de mais precisão, apenas.

Apesar da superioridade do River Plate, o Fluminense poderia ter saído com o resultado positivo no primeiro tempo. Foram dois bons lances dos tricolores em sequência. Ganso foi o primeiro a tentar e mandou por cima após o domínio. Depois, Arias escapou em velocidade pela esquerda e tentou o chute quase sem ângulo, mandando para fora. Em meio à trocação, um chute desviado de De la Cruz fez o Flu perder a respiração novamente. E a reta final ainda teria uma defesa milagrosa de Fábio, que espalmou a cabeçada de Beltrán aos 43 e ainda viu Nino salvar a sobra quase em cima da linha. Pelo que foi a diferença entre os times, o empate era lucro aos cariocas.

O segundo tempo se tornou ainda mais difícil para o Fluminense. O River Plate passou a arriscar mais finalizações nos primeiros minutos. As ameaças se sucediam. Primeiro foi Solari, num tiro que saiu muito perto da meta de Fábio. Já o gol dos millonarios pintou aos cinco minutos. Solari cruzou pela direita e Beltrán definiu de primeira. Os argentinos queriam mais. Marcelo Herrera bateu prensado depois. A vantagem não mudava a postura dos anfitriões, com muito volume ofensivo, contra um Flu enclausurado.

Somente aos 17 minutos o Fluminense conseguiu dar uma resposta. Arias rabiscou pela esquerda e Lima soltou a bomba por cima. Logo depois, Armani foi providencial para antecipar a bola nos pés de Cano. Era o melhor momento dos tricolores na partida, com chegadas contínuas. Armani voltaria a salvar o empate numa cabeçada de Cano, aos 20. O River Plate tentou acertar a marcação e baixou suas linhas, também mais desgastado pelo ritmo intenso. O Flu permaneceu com as principais investidas, mas a defesa adversária evitava as finalizações. Com o passar dos minutos, Fernando Diniz botava o time para frente, acionando Lelê no banco.

Demorou para que o Fluminense voltasse a esboçar o empate. Aos 38, a oportunidade veio depois que Armani bateu roupa. Nino tentou de cabeça na sobra e mandou para fora. Outra novidade ofensiva dos tricolores esteve na entrada de John Kennedy. Já aos 41, Lelê apareceu na área para cabecear e, mesmo impedido, mandou nas mãos de Armani. Depois disso, o Flu também perdeu o fôlego e o River Plate passou a jogar mais no campo de ataque, prendendo a bola e gastando o tempo. No último minuto, André cometeu um pênalti sobre Barco, que converteu a cobrança e deu números finais ao duelo.

O Fluminense permanece na liderança do Grupo D da Libertadores, com nove pontos. Porém, terá que confirmar sua classificação na última rodada, diante do Sporting Cristal, no Maracanã. Já o River Plate chega aos sete pontos e ainda depende apenas de si, com o confronto final em Buenos Aires, diante do Strongest. No complemento da rodada desta quarta-feira, o Sporting Cristal surpreendeu: venceu o Strongest por 2 a 1 em La Paz, de virada e com um jogador a menos desde o primeiro tempo. Com isso, os peruanos vão a sete pontos e os bolivianos ficam com seis. Todos seguem vivos em busca das oitavas.

Foto de Leandro Stein

Leandro Stein

É completamente viciado em futebol, e não só no que acontece no limite das quatro linhas. Sua paixão é justamente sobre como um mero jogo tem tanta capacidade de transformar a sociedade. Formado pela USP, também foi editor do Olheiros e redator da revista Invicto, além de colaborar com diversas revistas. Escreveu na Trivela de abril de 2010 a novembro de 2023.
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