Libertadores

O Lanús fez da altitude a sua arma, mas um gol de letra salvou o Strongest no fim

Strongest e Lanús protagonizaram o primeiro empate das oitavas de final da Copa Libertadores. Empate no placar e também nos golaços. Duas pinturas determinaram o 1 a 1 no Estádio Hernando Siles. E o Lanús, por mais que tenha sofrido um tento aos 47 do segundo tempo, não pode reclamar de sua vantagem. Aguentou a altitude em La Paz e a pressão do Tigre, precisando agora de uma vitória simples ou do empate sem gols para selar sua passagem à próxima fase. O reencontro acontece apenas no dia 8 de agosto, em La Fortaleza.

O ar rarefeito até ajudou o Lanús a conquistar o bom resultado. Embora o Strongest levasse mais perigo, forçando boas defesas do goleiro Esteban Andrada, os argentinos abriram o placar aos 36 minutos. Nicolas Pasquini arriscou o chute da intermediária e a bomba tomou o rumo das redes de Daniel Vaca. O Tigre intensificou a pressão durante o segundo tempo, mas teve que perseverar até arrancar o empate. O gol dos bolivianos aconteceu apenas nos acréscimos, em passe de Pablo Escobar que Diego Bejarano completou de letra.

Nos últimos cinco anos, o Strongest venceu apenas dois de seus 22 jogos como visitante pela Libertadores. Terá que buscar um feito raro em La Fortaleza, onde o Lanús costuma intimidar com o apoio de sua torcida. Se vale de consolo aos aurinegros, o Granate perdeu dois de seus três compromissos em casa durante a fase de grupos – embora o revés contra a Chapecoense tenha sido revertido nos tribunais. É nessa possibilidade que os bolivianos precisarão se agarrar, após boas atuações nas etapas anteriores da competição, sobretudo pelo poderio de seu ataque.

Foto de Leandro Stein

Leandro Stein

É completamente viciado em futebol, e não só no que acontece no limite das quatro linhas. Sua paixão é justamente sobre como um mero jogo tem tanta capacidade de transformar a sociedade. Formado pela USP, também foi editor do Olheiros e redator da revista Invicto, além de colaborar com diversas revistas. Escreveu na Trivela de abril de 2010 a novembro de 2023.
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