Libertadores

Rochet ajuda Internacional a se segurar em La Paz e conseguir uma vitória valiosa

O goleiro uruguaio fez defesas importantes no primeiro tempo (no segundo, contou com a trave), e o Internacional venceu por 1 a 0 em La Paz

O Internacional esperava dificuldades no jogo de ida das quartas de final da Libertadores. E realmente as teve, mas nem tanto assim diante da combinação entre o bom time do Bolívar e a altitude de La Paz. Sergio Rochet fez defesas importantes e a trave ajudou, mas, no geral, o Colorado soube encarar a pressão boliviana e um gol de Enner Valencia, bem no comecinho, rendeu a vantagem valiosa por 1 a 0 para o jogo de volta no Beira-Rio.

Inter com três zagueiros

Eduardo Coudet decidiu entrar com três zagueiros – Nico Hernández, Gabriel Mercado e Vitão – para enfrentar um time que provavelmente tomaria a iniciativa e dominaria a posse de bola. O que realmente aconteceu: o Bolívar teve 63% de posse de bola e 23 finalizações contra apenas seis. Ofensivamente, a aposta era na parceria entre Enner Valencia e Alan Patrick. Coudet ganhou a aposta.

Sergio Rochet brilha

Sergio Rochet está caindo rapidamente nas graças da torcida do Internacional, e o primeiro tempo em La Paz deve acelerar o processo. O goleiro uruguaio, contratado do Nacional em julho, fez uma defesa maravilhosa logo aos 10 minutos – pelo contexto do jogo, talvez a mais importante. Francisco da Costa pegou a sobra de um cruzamento dentro da área. A bola desviou no meio do caminho e se dirigiu ao contrapé de Rochet, que conseguiu voltar, esticar-se e fazer a defesa em dois tempos.

Foi um período crucial porque, além do milagre, os brasileiros também abriram o placar. O Colorado saiu jogando a partir da defesa até encontrar Alan Patrick no círculo central. Ele deu o passe de perna esquerda para Enner Valencia, que dominou, colocou na frente, entrou na área e bateu cruzado. Um gol valioso para a eliminatória, em uma das únicas duas finalizações dos visitantes na Bolívia.

O resto da etapa inicial foi dominado pelo Bolívar. E Rochet, novamente, ajudou o Internacional a se segurar. Aos 26 minutos, se esticou para desviar com a ponta dos dedos a batida de fora da área de Gabriel Villamíl – que também desviou no meio do caminho. Nicolás Ferreyra levou perigo com uma cabeçada pelo alto, e Leonel Justiniano, completamente livre dentro da área, com outra, que passou por cima do travessão. Justiniano mandou um balaço de média distância perto demais da trave.

Internacional resiste

O segundo tempo costuma ser um problema para quem visita a altitude porque a tendência é que o gás de quem não está tão acostumado diminua. E ao mesmo tempo em que dá para dizer que o Internacional conseguiu fazer uma etapa final melhor que a primeira, porque limitou mais a produção do Bolívar, também é justo mencionar que deu um pouco de sorte porque dois ataques adversários pararam na trave.

O Colorado teve até um pouco mais de saída. Valencia chegou a arrancar em certa liberdade pela esquerda, após passe de Charles Aranguíz, mas, na hora de entrar na área, deu um toque um pouco forte demais e perdeu o controle. Rochet fez outra boa defesa em uma bola venenosa de Villamíl de fora da área. E ficou muito feliz quando a cabeçada à queima-roupa de Ronnie Fernández, da pequena área, explodiu no travessão, E um pouco mais, no minuto seguinte, quando Francisco da Costa saiu nas costas da defesa e desviou na trave – em aparente posição de impedimento.

Aquele foi o momento mais assustador para o Colorado porque a parte final do segundo tempo foi tranquila na parte defensiva. O Bolívar finalizou apenas duas vezes a partir dos 22 minutos. A estratégia brasileira prevaleceu e o gol de Enner Valencia rendeu uma vantagem importante para o jogo de volta no Beira-Rio na próxima semana.

Foto de Bruno Bonsanti

Bruno Bonsanti

Como todo aluno da Cásper Líbero que se preze, passou por Rádio Gazeta, Gazeta Esportiva e Portal Terra antes de aterrissar no site que sempre gostou de ler (acredite, ele está falando da Trivela). Acredita que o futebol tem uma capacidade única de causar alegria e tristeza nas mesmas proporções, o que sempre sentiu na pele com os times para os quais torce.
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