Grupo B: Internacional, Olimpia, Deportivo Táchira, Always Ready

O time a ser batido
O Internacional é o time mais forte do grupo, não só por ser cabeça de chave, mas pela campanha que fez na temporada passada. Algumas coisas mudaram, como o técnico. Sai Abel Braga, entrou Miguel Ángel Ramírez, o time tem um bom elenco, que será encorpada ainda mais com a chegada de Taison – que ainda precisa regularizar a situação para poder jogar. É um time sem supercraques, mas com muitos bons jogadores, alguns como Edenilson, que estão entre os melhores do país na posição. Com o melhor adversário sendo o Olimpia, que está longe de ser uma potência, a expectativa é que o Inter seja o primeiro colocado.
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A possível surpresa

Olhando apenas as camisas, dá para esperar que Internacional e Olimpia sejam primeiro e segundo colocados. É realmente o resultado mais provável. Quem mais parece capaz de criar uma confusão nisso é o Always Ready. Primeiro, porque joga na altitude de La Paz (e treina em El Alto, que é ainda mais no alto da montanha). Segundo porque conquistou o Apertura boliviano, veio fazer pré-temporada no Brasil e levou alguns jogadores para lá, como Everton Sena, que saiu do Cuiabá, Vander e Franklin, emprestado pelo Rio Claro. Além deles, tem ainda Juan Carlos Arce, ex-Corinthians. Tentará, assim, surpreender e arrancar uma vaga na próxima fase, embora seja muito difícil.
O jogão
Os confrontos mais esperados são sem dúvida entre Internacional e Olimpia. Até porque são os dois times de maior camisa, de peso, já campeões da Libertadores. Além disso, há vários veteranos badaladosa no time paraguaio que, inevitavelmente, chamam a atenção, como Roque Santa Cruz, Marcelo Estigarribia e Diego Polenta. E o Inter deve ter o seu teste mais complicado e mais interessante.

O desafio geográfico
Se o Always Ready pudesse jogar no seu estádio, em El Alto, a altitude enfrentada seria de 4.100 metros. Como não pode, jogará em La Paz, que tem 3.600 metros, ainda com uma altitude bastante grande. Ir até La Paz já é uma questão, mas a altitude é o que realmente torna o jogo perigoso.
Señor Libertadores
Juan Carlos Arce é o nome mais famoso do Always Ready. No Brasil, tem o triste currículo de ter sido rebaixado com o Corinthians em 2007, mas tem uma grande carreira na Bolívia. Aos 36 anos, ficou de 2012 até 2020. Só na Libertadores, são 46 jogos e 11 gols, além de 11 assistências. Jogou a sua primeira Libertadores em 2006, pelo Oriente Petrolero, em 2011 pelo mesmo clube e em 2012, 2013, 2014, 2016, 2018, 2019 e 2020 pelo Bolívar, clube que defendeu por mais tempo. Era inclusive o capitão do time até 2020. Joga na ponta esquerda, normalmente, e sempre se destacou mais pela velocidade do que por qualquer outra coisa. Veremos se ele estará pronto para ser o que o time precisa.
O técnico

Miguel Ángel Ramírez é um nome já badalado na América do Sul. A conquista da Sul-Americana em 2019 já deu indícios de algo interessante que acontecia no time equatoriano e o técnico espanhol tem parte da responsabilidade pelo bom futebol e bons resultados. Disputado por times brasileiros, foi contratado pelo Internacional para liderar uma mudança de estilo do time e terá na Libertadores um bom palco para mostrar do que é capaz.
O repatriado
O Inter trouxe de volta o atacante Taison, um ídolo do clube, que atuou lá na Libertadores de 2010. Aos 33 anos, o atacante volta muito mais experiente ao Colorado, mais completo e com capacidade de ser mais do que o ponta habilidoso e arisco que surgiu lá em 2008. Técnico, mais inteligente e ainda habilidoso, Taison pode ser um jogador importante no Internacional, ainda mais em um time que está mudando de forma com o novo técnico e Ramírez poderá ter nele um jogador capaz de melhorar o time.