Libertadores

Fred virou segundo maior artilheiro do Fluminense, que se segurou com um a menos para vencer

Com 185 gols, Fred superou Orlando Pingo de Ouro na lista histórica de artilharia do Flu

Apenas Waldo está à frente de Fred na lista de maiores artilheiros do Fluminense, após o atacante marcar duas vezes nesta quarta-feira na vitória sofrida, suada e importante dos cariocas por 2 a 1 contra o Independiente Santa Fé, fora de casa, pela segunda rodada da Libertadores.

Fred havia igualado Orlando Pingo de Ouro quando abriu o placar no primeiro tempo e o ultrapassou ao anotar seu 185º com a camisa tricolor depois do intervalo, antes da expulsão de Egídio que intensificou a pressão dos colombianos e obrigou o Fluminense a se segurar bastante para garantir os três pontos.

Waldo ainda está bem distante, com 319 gols. Fred também se colocou entre os cinco brasileiros com mais gols pela Libertadores, ao lado da Jairzinho e atrás de Célio (22), Palhinha (25) e Luizão (29).

Marcos Felipe foi outro dos destaques da primeira vitória do Fluminense na fase de grupos da Libertadores. A estreia contra o River Plate, semana passada, terminou empatada por 1 a 1.

Daniel Giraldo, logo aos dois minutos, recebeu de frente para o gol, mas escorregou na hora de chutar e perdeu uma grande chance de condicionar o primeiro tempo a uma situação diferente. Ainda com o placar intacto, porém, o Fluminense se saiu melhor quando a partida era mais lá e cá e abriu o placar, quando Kayky fez uma boa jogada pela direita e tocou para a entrada da área. Nenê ajeitou de calcanhar, Fred recolheu, entrou na área e marcou.

O gol cedo não levou o Fluminense imediatamente a recuar. Ainda trocou alguns golpes. O Santa Fé chegava bem com Jhon Arias pela esquerda, como na jogada em Seijas exigiu defesa importante de Marcos Felipe após desvio em Egídio. Martinelli acertou a trave no outro lado. Mas os 15 minutos finais, aproximadamente, foram muito mais de ataque contra defesa, e os colombianos terminaram a etapa inicial com 75% de posse de bola e uma boa oportunidade de Dairon Mosquera, mandando por cima do travessão após outra jogada de Arias.

Ao fim do primeiro tempo, a exaustão levou Fred a cair no gramado. Ele se levantou e colocou a mão na coxa, indicando dores, mas retornou para o segundo tempo. Ainda bem para o Fluminense porque, logo aos três minutos, Egídio cruzou da esquerda. O camisa 9 apareceu na segunda trave, cabeceou para o chão e ampliou a vantagem carioca.

O jogo encaminhava-se para ser uma vitória relativamente tranquila do Flu, mas mudou drasticamente de figura nos minutos seguintes. Primeiro que o Santa Fé descontou pouco depois, com Giraldo, em uma pane defensiva dos visitantes. E aos 25 minutos, Egídio levou o segundo cartão amarelo por uma falta dura no campo de defesa.

O Fluminense, que já era territorialmente pressionado, passou por mais apuros ainda. Roger Machado havia trocado Fred por Bobadilla para pelo menos ter um pouco de contra-ataque. Com a expulsão, retirou Gabriel Teixeira, que entrara na vaga de Kayky, para recompor a defesa com Danilo Barcelos.

Houve uma chance de ouro de matar a partida, aos 31 minutos, quando o árbitro Andrés Cunha marcou jogo perigoso de Palacios contra a cabeça de Danilo Barcelos, que havia se atirado para cabecear. A bola foi rolada ao próprio Barcelos, que demorou um pouco demais para reagir e não conseguiu fazer o chute passar pelo bloqueio do Santa Fé.

Os 20 minutos finais, contando os cinco de acréscimo, foram bem perigosos às ambições do Flu. Jersson González bateu cruzado, perto da trave, e Diego Valdes chegou de frente para encontrar um cruzamento da esquerda, quase na pequena área, mas furou a chapada.

Aos 49 minutos da etapa final, após cobrança de escanteio, Jorge Ramos cabeceou firme no canto direito de Marcos Felipe, que caiu para fazer uma gigantesca defesa e garantir a vitória do Flu.

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Foto de Bruno Bonsanti

Bruno Bonsanti

Como todo aluno da Cásper Líbero que se preze, passou por Rádio Gazeta, Gazeta Esportiva e Portal Terra antes de aterrissar no site que sempre gostou de ler (acredite, ele está falando da Trivela). Acredita que o futebol tem uma capacidade única de causar alegria e tristeza nas mesmas proporções, o que sempre sentiu na pele com os times para os quais torce.
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