Libertadores

Em jogo travado e sem inspiração, Atlético Mineiro sai da Bombonera com um empate por 0 a 0

O Boca até foi um pouquinho melhor, mas ficou claro que uma partida razoável do Atlético teria sido suficiente para um resultado mais favorável

Não foi um jogo difícil para o Atlético Mineiro, apesar de o Boca Juniors ter tido um gol anulado e períodos em que parecia mais próximo de marcar, mas o ataque brasileiro não conseguiu se encontrar na Bombonera e o melhor que deu para arranjar foi um empate por 0 a 0. Bom, satisfatório, poderia ter sido melhor também.

Porque esse Boca Juniors, treinado por Miguel Ángel Russo, não assusta muita gente, apesar de ter chegado à semifinal da última Libertadores e ganhado títulos, como o Argentino de 2020. Isso ficou bem claro pela sua incapacidade de aproveitar os momentos em que parecia superior na Bombonera para causar um pouco mais de problemas ao goleiro Éverson. Uma partida melhorzinha do Atlético teria sido suficiente para um resultado mais favorável.

O Galo teve as primeiras ações ofensivas da partida, mas nada demais. Um chute de Hulk para fora e uma cabeçada fraca, sem problemas para o goleiro Rossi. Na realidade, foi um primeiro tempo bem travado, especialmente nos 30 minutos iniciais. Depois, o jogo pegou no tranco. Infelizmente ao Galo, a favor dos donos da casa.

Aos 29 minutos, Esteban Rolón partiu de pouco depois do meio-campo e carregou a bole, sem ninguém por perto, até se aproximar da entrada da área, de onde bateu cruzado para fora. E o Boca Juniors até chegou a abrir o placar. Júnior Alonso não conseguiu bloquear o cruzamento da direita, Nathan perdeu pelo alto, Rever também perdeu pelo alto, e Diego González cabeceou a sobra na saída de Everson. Após uma longa, longa, muito longa revisão do VAR, o árbitro anulou por falta de Briascos em Nathan no meio do lance.

Um leve empurrão que deslocou o zagueiro atleticano que já subia para cabecear, mas o Boca Juniors terminou o primeiro tempo em alta. Um cruzamento baixo de Pavón foi desviado de cabeça no cantinho de Éverson, que se jogou para fazer uma grande defesa – a melhor chance de toda a partida.

Aqueles últimos 15 minutos da etapa inicial acabaram sendo o melhor momento do Boca Juniors. Retornou dos vestiários em cima do Atlético, mas pouco conseguiu criar. Para a sua sorte, também foi uma noite pouco inspirada dos atacantes brasileiros, especialmente Hulk, que mal tocou na bola depois do intervalo. Pavón era o jogador mais lúcido dos anfitriões, por eliminação, e exigiu uma defesa de Éverson aos 36 minutos do segundo tempo.

Na reta final da partida, o Atlético levou certo perigo com duas batidas de longe de Hulk e Jair – essa até que passou relativamente perto -, mas não conseguiu levar mais do que um empate para a decisão das oitavas de final, em casa, na próxima semana.

Foto de Bruno Bonsanti

Bruno Bonsanti

Como todo aluno da Cásper Líbero que se preze, passou por Rádio Gazeta, Gazeta Esportiva e Portal Terra antes de aterrissar no site que sempre gostou de ler (acredite, ele está falando da Trivela). Acredita que o futebol tem uma capacidade única de causar alegria e tristeza nas mesmas proporções, o que sempre sentiu na pele com os times para os quais torce.
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