Libertadores

Djokovic não é ídolo do Botafogo, mas já fez gol no Estádio Nilton Santos

Final da Libertadores teve grande 'momento Ronaldinho' sem Ronaldinho

A semana que antecede a final da Libertadores é sempre um momento delicioso do calendário (claro, quando há clubes brasileiros envolvidos na disputa). Entre as várias expectativas do que aconteceria em uma final tão grandiosa, uma, ao menos, parecia resolvida: Diego Tardelli e Jairzinho seriam os ídolos de Atlético-MG e Botafogo com a honra de conduzir a taça da Libertadores antes do apito inicial.

Faria sentido. O Furacão da Copa de 70 é o maior ídolo vivo do Botafogo, esteve lá nas duas primeiras Libertadores disputadas pelo clube (1963 e 73) e é uma lenda incontestável do futebol mundial. Tardelli é um jogador de outra prateleira, mas foi importante na conquista continental do Atlético. Os dois mereciam.

Em vez disso, a Conmebol optou pelo caminho lúdico. O tenista sérvio Novak Djokovic, de passagem por Buenos Aires para disputar um amistoso contra o argentino Juan Martín Del Potro, foi o escolhido para o ritual. Foi um momento Ronaldinho Gaúcho sem Ronaldinho Gaúcho. Um deleite para quem se diverte com os caminhos aleatórios que, por vezes, a vida toma. Aprovamos.

Há quem diga que entregar essa honra a um tenista não faz sentido, e todas essas pessoas estariam corretas. Mas, para ser justo com Djoko, ele andava cavando uma oportunidade parecida há muito tempo.

Não é raro ver as referências do sérvio ao futebol. Além de torcedor fanático do Estrela Vermelha de Belgrado, ele frequentemente participa de partidas beneficentes pelo mundo e já declarou que, na infância, gostaria de ter virado jogador.

E aqui precisamente reside a sua única conexão com a final desse sábado, que teve o Botafogo como campeão da Libertadores. Em 2012, antes de um Fluminense x Cruzeiro, Djokovic entrou no campo do Estádio Nilton Santos (à época, ainda Engenhão) para um amistoso contra o time de Gustavo Kuerten, o Guga. Foi Dejan Petkovic, embaixador informal da Sérvia no Brasil, quem organizou a viagem.

Djokovic mostrou habilidade e, quando teve um pênalti à sua disposição, não perdoou. A partida, que teve apenas dois tempos de 25 minutos, terminou empatada em 3×3.

Foto de Andrey Raychtock

Andrey RaychtockGerente de Mercado

Mais angustiado que um goleiro na hora do gol.
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