Libertadores

Jogo que poderia ser protocolar vira desafio histórico para o Botafogo na Libertadores

Com polêmicas extracampo e mudança de local da partida, o Botafogo enfrenta o Peñarol, nesta quarta, para confirmar a vaga na sua primeira final de Copa Libertadores

Um jogo que poderia ser apenas protocolar para o Botafogo virou praticamente uma questão diplomática entre Brasil e Uruguai e uma desafio importante para o time carioca.

É dessa forma que o Glorioso encara o Peñarol, nesta quarta-feira (30), às 21h30 (horário de Brasília), na volta da semifinal da Copa Libertadores, no Estádio Centenário.

Depois do 5 a 0 no jogo de ida, na última semana, no Nilton Santos, o Botafogo se viu, mesmo com uma grande vantagem no placar, envolto em polêmicas para a partida, que estava inicialmente marcada para o Campeón del Siglo, e problemas para uma provável final de Copa Libertadores.

Agora, o time de Artur Jorge vai precisar de inteligência e experiência para passar sem maiores problemas pelo Peñarol.

É claro que a vantagem ainda é grande e o Botafogo segue com praticamente com os dois pés na final da Libertadores. No entanto, mais do que nunca, o Glorioso precisa pensar ainda mais na decisão da competição.

Com cinco pendurados entre os titulares, o Botafogo deve entrar em campo com um time misto na partida. Pela tensão criada extracampo, o Glorioso teme que o clima de guerra chegue ao campo e transforme o jogo em confusão, com a possibilidade do Botafogo perder jogadores por um simples cartão amarelo.

Quem são os pendurados do Botafogo contra o Peñarol?

  • John – goleiro;
  • Alexander Barboza – zagueiro;
  • Gregore – volante;
  • Luiz Henriuque – atacante
  • Igor Jesus – atacante

Gramado também preocupa o Botafogo

Além do clima de tensão dos torcedores e dos jogadores pendurado, o clube uruguaio também tem outra preocupação importante para a partida de volta em Montevidéu: o estado do gramado Centenário. No último sábado, o estádio recebeu um show de um cantor de reggaeton.

Até no começo desta terça-feira, parte da estrutura do show ainda seguia no Centenário, que também apresentou alguns problemas no gramado.

Botafogo deve poupar jogadores

Por estas polêmicas e pelo número de pendurados, o Botafogo deve entrar em campo, nesta quarta, com um time misto. Os cinco pendurados ou, ao menos, boa parte deles, deve sem poupados.

De acordo com o GE, esta deve ser a escalação do Botafogo contra o Peñarol: Gatito Fernández; Vitinho (Mateo Ponte), Bastos, Adryelson e Marçal (Cuiabano); Danilo Barbosa e Marlon Freitas; Óscar Romero (Matheus Martins), Savarino e Thiago Almada (Eduardo); Tiquinho Soares.

Polêmicas extracampo deixaram o clima hostil

As polêmicas e confusões que começaram ainda na última semana deixaram o clima hostil para o jogo em que o Botafogo pode confirmar a vaga na sua primeira final de Copa Libertadores. A mudança do local da partida para o Centenário foi o principal sintoma disso.

Após o Governo do Uruguai proibir a presença da torcida do Botafogo no Campeón del Siglo, uma série de reuniões e uma possível dura punição da Conmebol ao Peñarol fizeram as autoridades uruguaias buscarem como alternativa a realização do jogo no Centenário, com a presença das duas torcidas. O Peñarol, ainda contrariado, aceitou a sugestão do Ministério do Interior do Uruguai.

Tudo começou ainda na última semana, com a confusão gerada por torcedores do Peñarol no Rio de Janeiro. Cerca de 250 torcedores foram detidos e 22 ainda seguem presos. Ameaças de “vingança” contra a torcida do Botafogo, que não estava envolvida, fizeram a partida passar a ser considerada de “alto risco”. O Glorioso chegou acionar o Itamaraty para garantir a segurança de seus torcedores.

Em Montevidéu, os torcedores do Botafogo passaram a seguir até um “guia” com instruções para evitar confusões nas ruas da capital uruguaia. Ainda assim, cerca de 1.600 torcedores do Glorioso são esperados no Centenário, para acompanhar o Botafogo na partida mais importante da história do clube neste século.

 

Foto de Gabriel Rodrigues

Gabriel RodriguesSetorista

Jornalista formado pela UFF e com passagens, como repórter e editor, pelo LANCE!, Esporte News Mundo e Jogada10. Já trabalhou na cobertura de duas finais de Libertadores in loco. Na Trivela, é setorista do Vasco e do Botafogo.
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