Libertadores

Atlético Mineiro perdeu pênalti, a melhor e quase única chance de tirar o zero do placar no Allianz Parque

Em um jogo extremamente fraco ofensivamente, Atlético Mineiro e Palmeiras ficaram no 0 a 0 e decidirão tudo semana que vem em Belo Horizonte

O Atlético Mineiro teve a chance de sair na frente na semifinal da Libertadores contra o Palmeiras, mas Hulk perdeu pênalti no final do primeiro tempo e praticamente não houve nenhuma outra chance de gol em um 0 x 0 extremamente travado e pobre em ações ofensivas no Allianz Parque nesta terça-feira.

Abel Ferreira, técnico do Palmeiras, e Cuca, então no Santos e agora no Atlético Mineiro, não fizeram um jogo muito diferente desse na final da última Libertadores, e nenhum dos dois times quis se arriscar para tentar construir alguma vantagem no jogo de ida. A definição ficará mesmo para a volta, em Belo Horizonte, na terça-feira da semana que vem.

Com a bola, o Palmeiras começou tentando sair com a bola abrindo os laterais, com Felipe Melo e Zé Rafael à frente da defesa e os atacantes espetados na frente – Rony pela direita, Dudu pela esquerda e Luiz Adriano como centroavante. Raphael Veiga, como camisa 10, recuava um pouco, mas ainda havia uma distância grande demais entre os volantes e o quarteto ofensivo. Defendendo, Felipe Melo juntava-se à defesa, e Rony ou Luiz Adriano se preocupava com Guilherme Arana pela direita. Raramente houve pressão alta no campo do Atlético.

O time da casa não conseguiu criar nada. Em parte porque Hulk e Diego Costa pressionando no campo de ataque são dois monstros – em outra parte porque a criação palmeirense com a bola costuma ser fraca mesmo. O Atlético encostava Allan na linha de defesa e tinha Zaracho pela esquerda, Jair pelo meio e Nacho Fernández pela esquerda. Quando tentava construir, Zaracho centralizava para qualificar a saída de bola, e Jair abria pela direita. Nacho partia da esquerda, mas tinha bastante liberdade para se movimentar.

Os primeiros 15 minutos foram bastante travados. O Palmeiras começou com um pouco mais de posse de bola, mas rapidamente o Atlético Mineiro assumiu o controle da partida e terminou a primeira etapa com 59% de posse de bola e oito finalizações, embora nenhuma tenha sido no alvo. Teve as principais chances, as duas em cima de Gustavo Gómez.

Aos 14 minutos, Arana ficou com a sobra pela esquerda, deu o drible em cima do zagueiro paraguaio e bateu cruzado, bem perto da trave de Weverton. Seguiu-se muitos e muitos minutos de impasse, com o Palmeiras incapaz de atacar ou contra-atacar com qualidade. Rony teve uma batida meio desequilibrada pela direita que não passou tão longe – ou tão perto. E quando parecia certo que o jogo chegaria ao intervalo zerado, pênalti para o Atlético Mineiro.

Jair projetou-se pela direita em cima de Piquerez, dominou o lançamento e acionou Diego Costa dentro da área. Gustavo Gómez errou completamente a sua entrada e acabou acertando o pé do atacante do Galo na hora do domínio. Pênalti claro. Hulk, em grande fase, foi para a bola e cruzou rasteiro de perna esquerda. No pé da trave.

O segundo tempo foi pior do que o primeiro. O Palmeiras não deu uma finalização, e o Atlético Mineiro bateu três vezes para fora. Cuca desfez a dupla de atacantes com a entrada de Keno pelo lado esquerdo do meio-campo no lugar de Diego Costa, machucado. Abel trocou centroavantes, com Deyverson na vaga de Luiz Adriano, e tirou Dudu (que não ficou muito satisfeito) por Wesley.

Marcar bem e contra-atacar é a característica do Palmeiras, com Abel e muitos dos seus antecessores, mas os paulistas não pareciam muito afim nem de fazer isso. Houve ocasiões em que tinham campo para acelerar e preferiam trabalhar a bola até esbarrar na defesa do Galo. Aos 36 minutos, uma bomba de Hulk em cobrança de falta de fora da área foi o único momento em que houve alguma emoção nos 45 minutos finais de uma partida muito fraca.

Foto de Bruno Bonsanti

Bruno Bonsanti

Como todo aluno da Cásper Líbero que se preze, passou por Rádio Gazeta, Gazeta Esportiva e Portal Terra antes de aterrissar no site que sempre gostou de ler (acredite, ele está falando da Trivela). Acredita que o futebol tem uma capacidade única de causar alegria e tristeza nas mesmas proporções, o que sempre sentiu na pele com os times para os quais torce.
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