Anti-Abel: Mal com grupo e torcida, técnico do Boca Juniors tem dúvidas contra Palmeiras
Palmeiras encara treinador Jorge Almirón, muito questionado pela fanática torcida do Boca Juniors

O Palmeiras vai enfrentar uma equipe com um técnico em situação oposta à do seu treinador. Assim como Abel Ferreira no Palmeiras, Jorge Almirón, o técnico do Boca Juniors, é praticamente uma unanimidade, só que do contrário: sua relação com o elenco não é boa, e a maior parte dos torcedores não gosta do trabalho do treinador.
Nas redes sociais, o Almirón é muito criticado. Em especial depois do empate por 1 a 1, em casa, com o Lanús, no último fim de semana. A situação do Boca no campeonato é muito ruim. Em seis jogos na segunda fase do torneio, o time do vice-presidente Román Riquelme tem apenas sete pontos.
O jogo contra o Palmeiras, aliás, é visto como fundamental para a equipe. Tanto que, após o jogo contra o Lanús, a declaração de Almirón foi taxativa: “O importante é que todos saíram bem fisicamente para a partida da quinta-feira”, disse ele na coletiva de imprensa.
Não alivia a pressão o fato de o jogo seguinte dos Xeneizes, após encarar o Palmeiras, ser nada menos que um superclássico contra o River Plate, pela Liga. No clube desde abril, Almirón ficará sobre uma corda ainda mais bamba caso não consiga ao menos uma vitória nos três jogos, contando também a partida de volta contra o Palmeiras, no dia 5.
“Quero a Libertadores e matar um galinha”, cantou a torcida do Boca na Bombonera, nos minutos finais do empate com o Lanús, deixando claro que os torcedores não estão para escolher quais resultados ganhar.
Má relação com o grupo
Em entrevista coletiva do último dia 19, Almirón foi perguntado sobre sua relação ruim com o elenco, assunto sobre o qual ele expressou surpresa:
“A verdade é que eu não sabia que isso estava sendo falado. Não leio muito, não assisto muito (a programas esportivos). Eu me concentro apenas no que acontece no dia-a-dia. A relação com os jogadores é treiná-los, prepará-los para o próximo jogo, escolher. Queremos todos o melhor aqui”, disse o técnico.
- - ↓ Continua após o recado ↓ - -
Campanha fraca
O Boca que chega à semi com o Palmeiras fez uma campanha muito mediana, com direito a empate com o Monagas, da Venezuela, e derrota para o mesmo Deportivo Pereira que o Palmeiras goleou na Colômbia (4 a 0).
Pelas oitavas e quartas de final, o Boca passou sem vencer nenhuma partida, recorrendo a disputas por pênaltis para avançar. Empatou duas vezes com o Nacional (URU) – 0 a 0 e 2 a 2, na Bombonera – e com o Racing: os dois jogos acabaram 0 a 0.
Dúvidas na equipe
Almirón tem oito jogadores praticamente definidos para o confronto da quinta-feira. As três dúvidas estão na lateral-direita, na zaga central e no ataque.
No miolo da defesa, Ezequiel Zeballos e Lucas Janson disputam um lugar. Na direita, o treinador tem Weingandt, Advincula e Blandel como possibilidades.
E no ataque, dois conhecidos do Palmeiras e um conhecido do planeta inteiro brigam por dois lugares. Cavani é o favorito para garantir um lugar, como Dario Benedetto, carrasco do Verdão na semifinal de 2018, e Miguel Merentiel, atleta do Palmeiras emprestado ao Boca, como opções.