‘Imaginava outra coisa de La Bombonera’: Algoz do Boca Juniors tira sarro da torcida

Se já não bastava ser eliminado na segunda fase das eliminatórias da Copa Libertadores, o Boca Juniors ainda precisa aguentar as provocações. E um medalhão do Allianza Lima — algoz dos Xeneizes — tirou sarro até da torcida argentina.

Em entrevista, Pablo Lavandeira criticou a atmosfera de La Bombonera durante a decisão na última terça-feira (28), quando o Boca Juniors foi eliminado pelos peruanos nos pênaltis. O meia uruguaio ficou surpreso com a falta de pressão vindo das arquibancadas:

— Imaginei outra coisa sobre La Bombonera. No minuto 70/75 foi mais murmúrio do que canto. Essa parte me surpreendeu. Foi lindo estar lá, mas ficou aquém do que imaginei. E olha que eu sou um grande fã do Boca e sempre acompanhei, mas dessa vez o que eu pensei que aconteceria não aconteceu.

Para piorar a situação, o jogador de 34 anos do Allianza Lima deixou claro que os torcedores do River Plate causaram mais medo nele do que os do Boca. Lavandeira relembrou um confronto recente contra o Millonario, no Más Monumental:

— Dois anos atrás, tive que chutar a bola no Monumental, contra o River, em uma partida em que fomos muito mal e senti muito mais pressão lá. Senti a atmosfera muito mais do que em La Bombonera.

A equipe peruana agora enfrenta o Deportes Iquique, pela última fase da pré-Libertadores, em busca de uma vaga na fase de grupos. Além do meia uruguaio, o Allianza Lima conta com nomes conhecidos do futebol sul-americano, como Miguel Trauco, Hernán Barcos e Paolo Guerrero.

Já o Boca Juniors não disputará nenhuma competição continental em 2025. Aos Xeneizes, restaram apenas os torneios nacionais e o Super Mundial de Clubes, que acontecerá entre junho e julho, nos Estados Unidos.

A eliminação traumática do Boca Juniors

No Peru, o Boca Juniors perdeu o jogo de ida por 1 a 0. A expectativa era reverter a diferença em La Bombonera, com o apoio de 54 mil torcedores. Entretanto, a equipe de Fernando Gago não conseguiu usar o contexto a seu favor.

O Boca vencia por 2 a 1 até os acréscimos do 2º tempo. Com a iminente disputa de pênaltis, Agustín Marchesín foi até a linha lateral e pediu para ser substituído. No lugar do experiente goleiro argentino, entrou o jovem Leandro Brey.

Marchesín não é conhecido por ser um arqueiro pegador de pênaltis, o que justificou seu pedido para deixar o gramado antes do apito final. A decisão não foi bem aceita pela torcida do Boca Juniors.

Já no último lance do tempo regulamentar, Edinson Cavani teve a bola do jogo para garantir a classificação dos Xeneizes na Libertadores. Contudo, o centroavante uruguaio perdeu um gol inacreditável sem goleiro e dentro da pequena área.

Já no cara ou coroa, Cavani teve a chance de escolher que o Boca Juniors abrisse as cobranças, porém, deixou os peruanos começarem. Na última batida, Alan Velasco parou em Guillermo Viscarra, que foi o herói do Allianza Lima.

Com a queda precoce na pré-Libertadores, o Boca decidiu demitir o treinador. Segundo o diário “Olé”, Gago será substituído por Mariano Herron, da base.