América do SulLibertadores

Libertadores 2012 – Grupo 4

ARSENAL
por Leandro Stein

Arsenal Fútbol Club
Estádio: Julio Humberto Grondona (18.300 lugares)
Site: celesteyrojo.com.ar
Técnico: Gustavo Alfaro
Destaques: Cristian Campestrini, Lisandro López, Guillermo Burdisso e Emilio Zelaya
Principais títulos: 1 Sul-americana
Na Libertadores: 1 fase de grupos (2008)

Melhor representante argentino na Copa Sul-americana de 2011, o Arsenal não teve dificuldades para passar pelo Sport Huancayo na pré-Libertadores, ainda que os desempenhos medianos no Apertura e na pré-temporada não animassem muito antes dos confrontos. Agora, em um grupo com Boca e Fluminense despontando claramente como favoritos, o clube de Sarandi deve apostar na regularidade da defesa, onde se concentram os principais nomes do elenco: Lisandro López e Guillermo Burdisso. O ataque, por sua vez, se organiza em bolas alçadas à área e jogadas em profundidade. Enfraquecido após a saída do artilheiro Mauro Óbolo, o Viaducto buscou apenas três reforços (todos pouco badalados) ao longo dos últimos meses, com destaque para o meia Carlos Carbonero e o atacante Jorge Córdoba. Suspenso no primeiro jogo, o camisa 10 Luciano Leguizamón decidiu a volta contra o Huancayo, mesmo começando no banco, e promete ser uma opção para a fase de grupos.

BOCA JUNIORS
por Marcus Alves

Club Atlético Boca Juniors
Estádio: La Bombonera (57.754 lugares)
Site: bocajuniors.com.ar
Técnico: Julio César Falcioni
Destaques: Rolando Schiavi, Riquelme, Pablo Mouche, Lucas Viatri e Santiago Silva
Principais títulos: 3 Mundiais, 6 Libertadores, 4 Recopas, 2 Sul-Americanas, 1 Supercopa, 24 Argentinos e 1 Copa Argentina
Na Libertadores: 6 títulos (1977, 87, 2000, 01, 03, 07)

Riquelme nega, mas a ele foi creditada, dias atrás, uma queixa ao técnico Julio César Falcioni. O meia reclamava estar correndo “como um idiota”. Pode ser que ele não tenha falado. Pouco importa, no final das contas. Esse é um Boca Juniors diferente. Diferente daquele que, ainda hoje, como reflexo de seus títulos no início da década passada, se apregoava certa mística. Que, acima de tudo, fazia a bola correr e chegar quase sempre ao gol adversário. Esqueça isso. Esse é um Boca que corre. E corre bastante – talvez não como onze idiotas. Correu para conquistar o título do Torneio Apertura de forma invicta no semestre passado. Ainda assim, não brilhou. O pouco brilho ficou a cargo apenas de seu conjunto, que se saiu bem na ausência dos lesionados. Faltou Riquelme. Faltou Lucas Viatri. Faltou ser o velho Boca. Para tentar recuperar essa áurea, a equipe foi ao mercado e se reforçou com o ex-corintiano Santiago Silva e repatriou Pablo Ledesma. Olho na revelação Nicolás Blandi.

FLUMINENSE
por Ubiratan Leal

Fluminense Football Club
Estádio: Engenhão (46.931 lugares)
Site: fluminense.com.br
Técnico: Abel Braga
Destaques: Fred, Thiago Neves, Wagner, Deco
Principais títulos: 3 Brasileiros, 1 Copa do Brasil, 2 Rio-São Paulo, 30 Cariocas
Na Libertadores: 1 vice (2008)

Provavelmente, o clube brasileiro com elenco mais forte para a Libertadores. A defesa não é fantástica, com jogadores irregulares como Diego Cavalieri, Gum e Leandro Euzébio. Mas as laterais estão bem servidas e, do meio para a frente, sobram opções para Abel. Deco, Wagner e Thiago Neves têm talento e criatividade, ainda que nem sempre se possa contar com eles. Fred é um artilheiro de vocação, algo sempre importante na Libertadores. No banco, Rafael Sóbis, Lanzini e Wellington Nem são opções mais leves, enquanto que Rafael Moura é outro homem de referência. O Tricolor ainda deu sorte na definição dos grupos: o Boca oferece uma dose de desafio interessante para formar a equipe, mas Arsenal e Zamora não ameaçam a classificação para as oitavas de final.

ZAMORA
por Gabriel Dudziak

Zamora Fútbol Club
Estádio: Agustín Tovar, Barinas (30.000 lugares)
Site: zamorafc.com
Técnico: Oscar Gil
Destaques: Luis Yanes, Jaime Bustamante e César Alexander González
Principais títulos: 1 Copa da Venezuela
Na Libertadores: Estreante

Em sua estreia na Libertadores o Zamora sonha com a missão praticamente impossível de passar por Boca Juniors, Fluminense e Arsenal. Não deve conseguir mais que um ou dois pontos no torneio, mas, a bem da verdade, isso nem importa muito. Quando entrar em campo contra o Boca Juniors no dia 14, o clube de Barinas realizará o sonho de participar da maior competição de clubes do continente, além de faturar os recursos decorrentes da exposição em toda a América do Sul. A equipe que ganhou o Clausura 2011 – depois de ter ficado na 17ª posição do Apertura 2010 – foi totalmente reformulada, a começar pelo técnico Chuy Vera, que empregou uma revolução tática no blanquinegro, mas que saiu para tentar voos mais altos na carreira. O time do início de 2011 jogava com posse de bola e movimentação. Hoje o Zamora do técnico Oscar Gil é bem mais pragmático. O clube foi oitavo no Apertura deste ano e aposta na experiência e lampejos de alguns nomes para tentar não fazer feio demais.

Foto de Equipe Trivela

Equipe Trivela

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