Bundesliga

O RB Leipzig teve atitude e soube competir, mas a eficiência e a vitória ficaram outra vez com o Bayern

As chances de ver a Bundesliga se abrir na reta final passavam, impreterivelmente, por este sábado. O RB Leipzig recebia o Bayern de Munique na Red Bull Arena, com uma oportunidade enorme de encostar nos líderes do campeonato. A lesão de Robert Lewandowski era um golpe aos bávaros às vésperas do confronto direto e parecia ampliar as chances dos Touros Vermelhos. Ainda assim, o artilheiro não faria falta ao time de Hansi Flick, que se valeu de Thomas Müller para vencer. O atacante foi um símbolo da eficiência dos visitantes e deu o passe para Leon Goretzka garantir o triunfo por 1 a 0. O Leipzig não fez uma partida ruim, mas não teve o poder de decisão que se repete ao Bayern e que deixa o clube nos trilhos para o eneacampeonato.

Na ausência de Lewa, Flick escalou Eric Maxim Choupo-Moting no comando do ataque. E a partida viu o RB Leipzig demonstrar uma ótima atitude desde os primeiros minutos, se postando no campo de ataque e pressionando bastante a saída de bola dos adversários. A intensidade dos Touros Vermelhos impressionava, explorando bastante as pontas, por mais que as finalizações não fossem tão boas. Quando Marcel Sabitzer pôde arriscar aos 19, mandou por cima. Os bávaros tinham dificuldades para acionar seu ataque e só registraram a primeira chegada aos 24, sem que Choupo-Moting acertasse o alvo.

O equilíbrio do jogo mudou na metade final do primeiro tempo, com o Bayern tomando o controle das ações e o Leipzig sentindo o desgaste. Ainda era uma partida em ritmo alto, embora mais truncada. E, aos 38, três dos maiores talentos dos bávaros vislumbraram uma fresta para o gol da vitória. A jogada começou com um excelente lançamento de Joshua Kimmich, mandando a bola pelo campo de ataque e encontrando Müller na área. O atacante fintou a marcação e providenciou sua especialidade, uma assistência, em passe na medida para Goretzka emendar às redes. Antes do intervalo, Péter Gulácsi ainda impediria o segundo, com defesas decisivas diante de Leroy Sané e Choupo-Moting.

Não dava para dizer que o Bayern foi melhor no primeiro tempo, mas certamente foi mais eficaz e soube aproveitar o seu momento. Nagelsmann, por sua vez, tentou dar mais mobilidade ao ataque na volta do intervalo, com Justin Kluivert no lugar de Emil Forsberg. O Leipzig recuperou seu protagonismo na etapa complementar, mas pecava bastante nas finalizações. Foram quatro chances boas desperdiçadas logo nos primeiros dez minutos. Christopher Nkunku, Sabitzer e Dani Olmo, duas vezes, falharam em ótimas condições. Manuel Neuer sequer precisou trabalhar. O goleiro seria testado apenas aos 14, desviando um chute de longe de Sabitzer.

A pressão do Leipzig se arrefeceu com o passar dos minutos e Nagelsmann promoveu mais duas mudanças, dando presença de área com Alexander Sörloth e Yussuf Poulsen. O Bayern preferia administrar o resultado, travando o meio, e ganhou velocidade com as incursões de Jamal Musiala e Serge Gnabry. E as mudanças geraram mais efeito nos visitantes, com Musiala mandando para fora e Müller parando em Gulácsi. O passar dos minutos reforçava como o momento dos Touros Vermelhos havia passado e a vitória estava distante. No fim, pesou o cansaço, com o Bayern confirmando a vitória sem passar tantos apuros.

O Bayern alcança os 64 pontos na Bundesliga, com cinco vitórias consecutivas desde a derrota para o Eintracht Frankfurt. Já o RB Leipzig fica com 57 pontos, interrompendo uma série invicta que durava oito rodadas. Ainda é o time mais capaz de competir com os bávaros e isso foi demonstrado na Red Bull Arena. No entanto, competir é uma coisa, vencer é outra – e ninguém sabe tanto como emendar vitórias na Alemanha quanto o Bayern. O time de Hansi Flick chega motivado para o confronto com o Paris Saint-Germain na próxima quarta, pela Champions.

 

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Leandro Stein

É completamente viciado em futebol, e não só no que acontece no limite das quatro linhas. Sua paixão é justamente sobre como um mero jogo tem tanta capacidade de transformar a sociedade. Formado pela USP, também foi editor do Olheiros e redator da revista Invicto, além de colaborar com diversas revistas. Escreveu na Trivela de abril de 2010 a novembro de 2023.
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