Marcelinho Paraíba lembra com carinho o sucesso no Hertha Berlim: “Foi o país que me recebeu melhor”
Ídolo pelo Hertha Berlim, onde jogou por cinco temporadas e viveu grandes momentos e conta que sonha um dia voltar a trabalhar no clube, agora como treinador, mesmo que seja na base

Marcelinho Paraíba foi um grande nome do futebol brasileiro, onde atuou por grandes clubes, mas foi na Alemanha que o atacante viveu alguns dos momentos mais marcantes da sua carreira. Aos 48 anos, o natural de Campina Grande revelou em entrevista para a Betway sobre os seus tempos atuando na Alemanha e sobre sonhos para o futuro, que incluem voltar ao país onde fez tanto sucesso.
Clubes mais importantes na carreira
“Primeiro, o São Paulo, clube que me abriu as portas e me fez ser reconhecido. Depois, o Grêmio, onde tecnicamente vivi a melhor fase na minha carreira. E, finalmente, o Hertha Berlim, onde joguei por cinco temporadas e ganhei o respeito de um país como a Alemanha, uma potência do futebol”.
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Como surgiu o apelido “Paraíba”
“Tenho muito orgulho de ser paraibano. Lembro que começou em 1999, no jogo entre São Paulo e Ponte Preta, quartas de final do Campeonato Brasileiro. A gente (São Paulo) estava perdendo de 2 a 0. No segundo tempo, consegui fazer três gols, conseguimos virar para 3 a 2, e por baixo da camisa do São Paulo eu estava com uma camiseta escrita 100% Paraíba’ Levantei a camisa e mostrei para todo mundo. Depois desse dia, começaram a me chamar de ‘Paraíba’. Aí adotei como um nome mesmo, ‘Marcelinho Paraíba’. Por onde andei, fiz questão de levar o nome da Paraíba junto comigo”.
Motivos do sucesso na Alemanha
Ao longo da carreira, o lugar onde Marcelinho teve mais sucesso no exterior foi mesmo a Alemanha. Ele passou também pela França e pela Turquia, mas sem conseguir sucesso. O atacante atuou pelo Olympique de Marseille, Trabzonspor e Wolfsburg no exterior, além, claro, do Hertha Berlim, clube pelo qual fez mais jogos em toda a sua carreira. Jogou pelo clube por cinco anos, de 2001 a 2006.
Pelo Hertha Berlim, Marcelinho atuou em 193 jogos, com 79 gols. Foi eleito o melhor jogador da temporada da Bundesliga em 2004/05. “Lá vivi uma fase incrível. Jogava de meia, mas chegava muito na área e fazia gols. E, como sempre finalizei bem de longe, acabei fazendo muitos gols de fora da área também”, afirmou o paraibano.
“Eu acredito que foi o país que me recebeu melhor. Eu me sentia como se estivesse no Brasil lá. Até por Berlim ser uma cidade que tem muitos estrangeiros, muitos brasileiros. E para melhorar, conseguir levar alguns amigos e pessoas da minha família. Então me sentia mais à vontade na Alemanha. Por me sentir bem e ter sido bem recebido, meu futebol conseguiu fluir melhor também. Sempre fui um jogador dinâmico, que me movimentava muito em campo. Jogava de meia, mas sempre chegava na área e fazia gol. E lá, tudo se encaixou”.
O jogador foi perguntado sobre as diferenças da liga brasileira e da liga alemã. “No Brasil é um futebol mais técnico, e com jogadores que gostam de fazer jogadas individuais. Já na liga alemã, o futebol é mais tático. Mais dinâmico também, o jogo não para muito. A arbitragem no Brasil atrapalha muito. Até mesmo os gandulas atrapalham, porque eles demoram muito para repor a bola em jogo. Quando os times estão ganhando, os gandulas somem, desaparecem. O jogador que precisa correr para pegar a bola. Isso atrapalha, atrasa o jogo. No Brasil, o tempo de bola parada é bem maior do que na Alemanha”, respondeu Marcelinho.
A carreira como treinador e o sonho
Marcelinho se aposentou em 2020 como jogador profissional e imediatamente ingressou em outra carreira: de treinador. Trabalhou primeiro como auxiliar técnico no Treze, clube pelo qual encerrou a carreira. Depois, foi treinador no mesmo clube, mas durou pouco tempo. Treinou rapidamente o Oeirense, no Piauí, e passou pelo Serra Branca, outro clube da Paraíba.
Apesar da carreira ainda não ter engrenado, Marcelinho diz que tem se preparado para novas oportunidades. “Sei tudo sobre o que acontece dentro de campo, como os jogadores pensam e se comportam. Agora estou evoluindo na parte tática e de liderança”, afirmou.
O sucesso no futebol alemão o faz querer voltar a trabalhar no país, agora na nova função. “Sim, pretendo trabalhar na Alemanha. Meu maior sonho é voltar para o Hertha Berlim. Nem que seja nas categorias de base, e depois ir crescendo. Estou estudando bastante para que isso aconteça. Ainda tenho contato com pessoas do clube, e estou pensando em dar uma passada lá até o final do ano”, contou.