Bundesliga

Hummels: “Joguei com Kroos, Götze e Pulisic nesta idade, e Moukoko é um dos melhores”

Não são só os entusiastas por futebol de base e revelações que estão encantados pelo futebol de Youssoufa Moukoko. Veterano do Borussia Dortmund, Mats Hummels colocou o atacante de 16 anos entre os melhores com que jogou desta faixa etária, ressaltando sua personalidade dentro de campo.

Em entrevista ao Sport Bild, Hummels comparou o garoto, que fez no fim de 2020 sua estreia profissional pelo BVB, tornando-se o mais jovem a atuar e a marcar na Bundesliga, com outras estrelas com quem dividiu vestiário ao longo de sua carreira: “Ele já é muito bom. Joguei com Toni Kroos, Mario Götze e Christian Pulisic quando eles tinham 16 ou 17 anos, e o Youssoufa (Moukoko) é definitivamente um dos melhores jogadores com quem joguei nesta idade”.

Moukoko não é o único jovem talento a se desenvolver em Dortmund. O elenco todo dos aurinegros está recheado de atletas com excelente perspectiva de futuro, e Hummels vê neles a personalidade certa para triunfar.

“Quando olho para o Erling Haaland, para o Jude Bellingham e para o Youssoufa Moukoko, eles são todos jogadores jovens com muita determinação, que sabem do que é preciso para vencer dentro de campo.”

A entrevista de Hummels ao Bild, no entanto, não se resumiu a coisas boas. Sua equipe vive um momento delicado, de transição, logo após a demissão do técnico Lucien Favre. Logo após o jogo fatídico que determinou a demissão do Suíço, o 5 a 1 sofrido para o Stuttgart em 12 de dezembro, Hummels fez críticas abertas ao próprio time, no que muita gente leu como um ataque ao agora ex-treinador do BVB: “Sempre tentamos jogar pouco a pouco em espaços estreitos e temos uma taxa de perda de bola enorme. Se funciona, é um futebol lindo, mas este raramente é o caso. Isso exige muita habilidade”.

Ao Bild, Hummels esclareceu que seu alvo não era Favre e afirmou que não acredita que suas palavras tenham tido peso na demissão do técnico. “Já havíamos conversado sobre essas coisas internamente muitas vezes, tanto o elenco quanto a comissão técnica. Na minha opinião, tornar isso público foi o último recurso. Houve momentos em minha carreira em que isso ajudou. O que eu disse não foi sobre o treinador e sua demissão, mas sobre nosso grupo. Não acho que as minhas declarações e as do Marco (Reus) influenciaram quem toma as decisões.”

Desde a demissão de Favre, Edin Terzic assumiu como treinador interino até o fim da temporada, e Hummels destacou aquilo de que o time precisa do técnico para esta segunda metade de campanha: “Precisamos de alguém que traga determinação, paixão e também firmeza. Estamos transbordando de talento. Mas quando nossos adversários são firmes, ainda temos problemas com muita frequência”.

Foto de Leo Escudeiro

Leo Escudeiro

Apaixonado pela estética em torno do futebol tanto quanto pelo esporte em si. Formado em jornalismo pela Cásper Líbero, com pós-graduação em futebol pela Universidade Trivela (alerta de piada, não temos curso). Respeita o passado do esporte, mas quer é saber do futuro (“interesse eterno pelo futebol moderno!”).
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