Bayern é o time do coletivo, mas também trabalha pela artilharia de Robben
O Bayern de Munique leva a filosofia do seu técnico a campo a cada jogo: um modo coletivo de jogo, muitas trocas de passes e trabalho de todos fazendo muitas funções em campo. Um time que tem essa marca, mas que também sabe trabalhar por um jogador. Se na época que Pep Guardiola dirigia o Barcelona o time sabia trabalhar em alguns momentos em função de Lionel Messi, agora no clube bávaro o time passa a trabalhar por outro camisa 10: Arjen Robben.
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Na goleada fácil sobre o Paderborn por 6 a 0, houve um pênalti. O cobrador do Bayern é Tomas Müller, que faz muito bem esse fundamento. Mas quem cobrou foi Arjen Robben. “Foi um presente de Thomas”, disse o holandês após o jogo. “Nós falamos sobre isso antes do jogo e o nosso capitão Basti [Schweinsteiger] disse que eu estou à frente [na arttilharia] com 14 gols, então se nós tivéssemos um pênalti, que eu deveria cobrá-lo”, explicou ainda Robben. “Eu lembrei Thomas novamente e eu quero agradecê-lo agora”.
Foi o segundo gol de Robben no jogo, que, assim, chegou a 16 gols no Campeonato Alemão, dois a mais que o segundo colocado na lista de artilheiros, Alexander Meier, do Eintracht Frankfurt. O terceiro é companheiro de Robben: Robert Lewandowski, com 10 gols. E não é por acaso que Robben tem esse grande número de gols. Ele é o segundo que mais chuta na Bundesliga, com 79 tentativas, atrás apenas de Karim Bellarabi, que chutou 82 vezes. Na média por jogo, Robben é quem mais chuta com 4,4 tentativas a cada partida.
Há também uma questão tática que ajuda Robben. Guardiola por vezes arma o time em um 3-4-3 quando a equipe tem a bola, tornando Robben atacante. Mais perto do gol, os seus chutes, que são sua marca registrada, se tornam ainda mais perigosos. Tanto que dos 16 gols marcados, um deles é de dentro da pequena área, três de fora da área e 12 de dentro da grande área.
Müller permitir que Robben cobre o pênalti, com a anuência do capitão Schweinsteiger, é só a ponta do iceberg. O que o Bayern faz é priorizar o talento e a capacidade de decisão que que tem em Robben. Ele, que para muitos foi o melhor jogador da Copa do Mundo, tem sido o principal jogador do Bayern de Munique, em um time cheio de jogadores do mais alto nível. Não é pouca coisa.