O início da temporada da Bundesliga parecia indicar uma disputa mais acirrada pelo título, algo que não tem acontecido nos últimos anos – ao menos desde a temporada 2012/13, quando o Bayern conquistou a tríplice coroa e voltou a levantar a taça depois de dois títulos do Borussia Dortmund de Jürgen Klopp. Desde então, foram quatro títulos consecutivos dos bávaros. E o quinto deve chegar. A vitória sobre o Borussia Mönchengladbach por 1 a 0 neste domingo, gol de Müller, levou o atual campeão a abrir 13 pontos de vantagem para o segundo colocado, RB Leipzig, deixando pouco a ser disputado.
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Depois de 25 jogos, o Bayern chegou a 62 pontos contra os 49 do RB Leipzig. O Borussia Dortmund, que venceu na sexta-feira o Ingolstadt, gol do artilheiro Pierre-Emerick Aubameyang, é o terceiro colocado com 46. Aliás, é essa a disputa que deve ocorrer neste momento: a pelo vice-campeonato. O Dortmund é mais time que o RB Leipzig, porém a inconstância dos aurinegros atrapalhou na campanha – e na pretensão de disputar o título também. Em quarto lugar, também bem próximo, vem o Hoffenheim, 45 pontos.
A vitória foi importante também para Thomas Müller. Autor do gol, ele faz uma das suas piores temporadas desde que subiu ao profissional do clube. O gol deste domingo foi apenas o seu segundo na temporada até aqui. Foi o seu jogo número 250 na Bundesliga e o seu 93º gol na primeira divisão alemã.
“Eu acho que vocês viram no primeiro tempo o quanto nós queríamos vencer o jogo”, disse Müller, após o jogo, à TV alemã. “É muito divertido jogar com os rapazes e eu acho que eles ficaram felizes por mim. Foi um bom dia para mim hoje, é claro”, continuou o atacante, que veste a camisa 25 e é um dos grandes nomes do clube nos últimos anos.
Müller foi uma vítima da mudança de sistema tático que o técnico Carlo Ancelotti colocou em campo. Contratado nesta temporada para substituir Pep Guardiola, o italiano geralmente usa um esquema parecido com o que jogava no Real Madrid, em um 4-3-3. Como jogador de lado de campo, Müller rende menos que concorrentes como Douglas Costa, Arjen Robben e Franck Ribéry, sem falar em Coman. Se o time joga em um 4-2-3-1, esquema que o time também se acostumou a jogar, Ancelotti prefere que o jogador centralizado atrás do atacante seja um armador, como Thiago Alcântara, e não um atacante como Müller.
A grande questão é que Müller não rendeu nesta temporada, se não Ancelotti arranjaria um lugar para ele no time. Assim como outros jogadores não conseguem ter o mesmo espaço de antes, como Franck Ribéry, Müller não tem rendido, enquanto Douglas Costa, Robben e Robert Lewandowski jogam muita bola.
Seja como for, ele marcou um gol importante para caminhar em direção ao quinto título de Bundesliga do Bayern. Como um jogador formado em casa e com raízes no clube bávaro, Müller sabe o quanto isso é importante. Cada vez mais.
