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Foi no laço, mas Cabo Verde seguiu fazendo sua história épica na Copa Africana de Nações

Com gol de pênalti aos 43 minutos do segundo tempo, Cabo Verde bateu a Mauritânia por 1 a 0, pelas oitavas de final

Cabo Verde correu muito por mais de 90 minutos, pressionou muito e conquistou a classificação às quartas de final da Copa Africana das Nações. Com gol de pênalti, aos 43 minutos da segunda etapa, a seleção cabo-verdiana venceu a Mauritânia por 1 a 0, nesta segunda-feira (29), no Estádio Felix Houphouet-Boigny, em Costa do Marfim, pelas oitavas da competição.

Essa foi a primeira vez que o país lusófono se classificou para etapa mata-mata da CAN. Na fase de grupos, Cabo Verde liderou a chave B, à frente de Egito, Gana e Moçambique.

Agora, os Tubarões Azuis aguardam o vencedor de Marrocos e África do Sul, na próxima terça-feira (30), às 17h, para saber quem será seu adversário na próxima fase da competição.

Favoritismo não ganha jogo

Cabo Verde era favorito no confronto contra a Mauritânia, principalmente pela boa campanha na fase de grupos, mas não teve vida fácil diante dos adversários. A seleção mauritana apostou em um estilo de jogo bem compactado na defesa, o que dificultou muito a infiltração do trio de ataque cabo-verdiano.

O trio formado por Ryan Mendes, Bebé e Jovane Cabral até tentou criar oportunidades de abrir o placar em jogadas na linha de funto – algumas até ensaiadas na bola parada – mas tinham pouquíssimo espaço para trabalhar. Até por conta disso, abaram perdendo chances preciosas de balançar a rede de Vozinha.

Desta forma, o placar se manteve 0x0 até o intervalo, com o favoritismo de Cabo Verde sendo totalmente bloqueado pelo intenso trabalho defensivo da Mauritânia.

Gol perto dos acréscimos e muita emoção

A segunda etapa não foi muito diferente da primeira. Cabo Verde tinha mais volume de jogo, tinha mais posse de bola (cerca de 60% durante todo o período) e criava as chances mais claras. Porém, a pressão não se convertia em gol. Enquanto isso, a Mauritânia chegou a assustar a meta adversária na velocidade de seu contra-ataque.

Souleymane Anne protagonizou um dos melhores lances dos mauritanos. Aos 13 minutos, ele recebeu um passe preciso e mandou uma pancada de frente para o gol. A bola subiu um pouquinho mais do que o desejado, mas  passou raspando no travessão.

Depois disso, a partida continuou apertada para a defesa mauritana, que mal conseguia respirar sem um ou dois homens de Cabo Verde fazendo a marcação alta. Foram pelo menos três finalizações perigosas dos 20 aos 35 minutos, todas em jogadas abertas pelas laterais.

A última grande resposta da Mauritânia aconteceu aos, 40 minutos, quando Aboubakar Kamara passou por dois defensores na velocidade e chutou da entrada da área. A bola tinha endereço certo no cantinho esquerdo, mas a sorte do goleiro Niasse, de quase dois metros de altura, foi que o zagueiro entrou na frente para bloquear.

Por fim, quase perto dos acréscimos, um lance capital decidiu o placar. Em uma jogada de ataque de Cabo Verde, o goleiro Niasse parou Mendes com um carrinho. O árbitro Mohamed Adel assinalou falta fora da área, mas o VAR corrigiu a decisão, uma vez que o contato aconteceu dentro da pequena área.

O próprio Ryan cobrou o pênalti, chutou no meio do gol, e definiu o placar.

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