Jogador nigeriano é impedido de deixar o Egito e é atacado por diretores
Dirigentes do Aswan, clube que foi rebaixado no Campeonato Egípcio, impediram Raphael Ayagwa de deixar o país após disputa sobre não pagamento de salários
O meio-campista nigeriano Raphael Ayagwa vive uma situação dramática no Egito, segundo informa o Goal Ball. O jogador, que atuava no Aswan, está sendo impedido de deixar o país por dirigentes do clube. O meio-campista alegava que o clube não pagava os salários e foi cobrar o recebimento e os dirigentes querem que ele fique no clube para receber o que é devido.
Ayagwa foi contratado vindo do Lobi Stars, da Nigéria, em outubro de 2022. Ele joga como volante e tem uma carreira já de bastante rodagem, mesmo tendo apenas 24 anos. Ele começou no próprio Lobi Stars e depois jogou pelo Plateau United, em 2017. Depois, foi atuar na Noruega, pelo Lillestrom, ainda em 2018. Voltou ao Lobi Stars em 2019, antes de ir para os Estados Unidos jogar pelo Tulsa, clube da USL, em 2021. Em outubro de 2022, foi para o Egito jogar pelo Aswan.
O Aswan foi rebaixado na última temporada do Campeonato Egípcio, 2022/23, apesar dos esforços de Ayagwa, um dos destaques do time. O time terminou em 16º lugar e foi um dos três times que caíram, junto com El Mahalla, 17º, e Harras Hodoud, 18º.
Ao longo da temporada, Raphael Ayagwa fez 26 jogos, mas não conseguiu impedir o rebaixamento do clube. Segundo o Goal Ball, o Aswan deve parte do salário de Raphael Ayagwa e os clubes querem que ele continua no clube, mas ele recusou a proposta.
🚨Nigerian player Raphael Ayagwa has reportedly been attacked by officials of his former club Aswan.
Ayagwa whose contract with the Egyptian side has ended, is reportedly being owed part of his wages & held hostage by Aswan officials who are preventing him from leaving Egypt. pic.twitter.com/IHPXk4aIhD
— Sportsvilleng (@sportsville9ja) July 16, 2023
Sem pagamento de salário e intimidação
O contrato do jogador, segundo o clube, vai até 2025. Após o fim da temporada 2022/23, o jogador cobrou os salários devidos a ele pelo clube, que teria pagado apenas metade do valor devido. Ele exigiu o pagamento integral, o que o clube recusou.
O jogador fez suas malas e estava indo em direção ao aeroporto para voltar à Nigéria, quando dirigentes do clube começaram a atacar o jogador, alegadamente até ferindo o jogador. O relato é que os dirigentes o empurraram contra a parede e não deixaram que ele saísse de férias depois do fim da temporada, no dia 14 de julho.
Intervenção de autoridades da Nigéria
Com isso, Raphael Ayagwa fez um pedido de socorro à Embaixada da Nigéria no Egito e à Federação Nigeriana de Futebol (NFF). Se acredita que um acordo foi feito, com intervenção dos dois órgãos no país, e que, só assim, Ayagwa foi liberado. O jogador fez uma publicação no seu Facebook no domingo à noite e agradeceu aqueles que o apoiaram nessa experiência traumática no Egito.
“Quero agradecer todo mundo que me apoiou durante a minha saga no Egito. As orações, as publicações, as ligações; o amor foi enorme. Obrigado a todos vocês. Estou de volta para casa com a minha família”, escreveu o jogador.
Agora fica uma incerteza do que acontecerá. Supostamente, ele ainda tem contrato com o clube até 2025, mas caso a falta de pagamento de salários seja comprovada, ele poderá tentar o rompimento litigioso do contrato na Fifa.
